quarta-feira, novembro 11, 2009

Violência doméstica (um caso)

Soube ontem de uma história de violência doméstica que me deixou bastante indisposto, não só pelo acto da violência, mas pela forma como a autoridade lidou com o assunto. Uma mulher foi espancada pelo ex-marido na sua casa, deixando-lhe a cara num bolo e com os dentes da frente partidos. O tipo fez isto em frente a um dos filhos ainda pequeno que lhe pedia para ele não bater na mãe. Os vizinhos chamaram a polícia que entrou em casa da vítima, onde só estava ela toda esmurrada, o marido e os três filhos. Ele com as mãos com sangue. O filho disse aos polícias que o pai bateu na mãe. Trata-se portanto de um flagrante.
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Quando na mesma noite ela saiu do hospital, o tipo estava lá à espera dela a pedir desculpa, que não queria ter feito o que fez. Não há prisão preventiva para esta gente? Foi um flagrante. E ela sai do hospital e ele está ali soltinho à espera dela? Mas que cena é esta? Se lhe quisesse dar outra sova dava.
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Há coisas que me ultrapassam. O tipo deu-lhe uma sova com base em ciúmes, quando até estão separados, e porque lhe vai ao telemóvel e interpreta mal uma mensagem que lá estava. Teve um acesso de insanidade temporária provocado por ciúmes. E fica por isto mesmo? Ela ficou toda partida e ele anda ao fresco. Há outras questões que me passam pela cabeça, os amigos dele continuam todos a falar com ele como se nada fosse? A família vai dizer «coitadinho foi um momento mau, mas ele não é assim»? Fico enjoado.

6 comentários:

  1. Enfim, é o pais que temos.
    Que nojo de homem.

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  2. Engraçado referires o facto de os amigos dele continuarem a falar-lhe como se nada se tivesse passado...
    Eu cortei relações (ou melhor, fui "cortada") com a minha familia inteira por causa de uma situação semelhante: não consegui fazer de conta que é verdade a triste frase do "entre marido e mulher ninguém mete a colher", simplesmente não fui capaz de me calar perante uma situação de violencia brutal e estupida contra uma mulher (grávida).
    Erro meu?
    Engraçado ou triste o ponto a que chegamos em que é preferivel enterrar a cabeça na areia do que ter uma "chatiçezita" e defender o que é justo...
    (Eu não me arrependo.)

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  3. LM: Fizeste bem. Na minha família aconteceu o mesmo há muitos anos (ainda eu não era nascido) e só soube da história com uns 14/15. Fiquei parvo como toda a gente atribuiu isso a um "mau momento" dele. Ele repetiu o "mau momento" com uma brutalidade nunca antes exercida uns 20 anos depois. Ao ponto da mulher ser hospitalizada. A família continuou a achar um "mau momento". A mulher divorciou-se (até que enfim) e eu perdi qualquer tipo de sentimento por esse familiar. É uma pessoa qualquer para mim.

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  4. Infelizmente a violência doméstica é algo muito comum na nossa comunidade. E por vezes a lesada nem com o apoio da familia pode contar, pois muitas vezes os atacantes são protegidos. Saiu creio que há 3 semanas uma reportagem na sábado sobre violência doméstica na alta sociedade, fiquei deveras chocada com algumas situações. Infelizmente muitas pessoas ainda apoiam essa teoria "entre marido e mulher não se mete a colher" para não se envolverem.
    Lamentável!

    AR

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  5. Alguma coisa ela fez...(bricadeira de mau gosto)
    Realmente é triste estas noticias, e o mais triste é saber que não é um caso isolado.

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  6. A pena para estes individuos deveria ser porrada em igual medida aquela que deram às mulheres. Um murro=um murro, duas chapadas=2 chapadas e assim em diante. Aplicadas sempre por mulheres que não as suas claro. Havia de ser lindo lol!!!

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