- O LIVRE cresceu e é bom perceber que um partido que procura evolução e progresso, de forma limpa, ganhou mais expressão. É uma luminária de esperança, mas ténue.
- O PS sofreu uma derrota pesada e o Pedro Nuno Santos demitiu-se. Quem bom. Já vai tarde. A arrogância nunca foi boa companheira de ninguém.
- O PCP mantem-se vivo. Não sei como.
- O BE quase desapareceu. Não creio que esta formação faça alguma sentido ou acrescente valor como estão.
- O PAN continuou vivo. Ainda bem, é o partido que mais leis propõe e que mais leis aprova. Uma pessoa sozinha que trabalha mais que grupos parlamentares inteiros.
- O JPP entra na assembleia. Que bom, um partido de origem popular, sangue novo.
- A AD vence e ganha alguma expressão. Começa aqui o meu incómodo. Quando olho para a história, há grandes homens de direita espalhados pelo mundo. Mesmo no PSD existiram grande homens e mulheres, que não sendo ideologicamente parecidos a mim, eu respeito pela sua honestidade e retidão (Mário Sá Carneiro, Manuela Ferreira Leite, Fernando Nogueira, etc.). Mas este PSD é dos chico-espertos, dos incólumes e isso é dececionante.
- O CHEGA cresce e quase se torna a segunda força política. O Chega é um partido cheio de deputados a responder na justiça por crimes (15 casos). É um partido que incita o ódio e a desinformação (um pouco o que se fazia na ditadura criar ódios para desviar a atenção do que é importante).
Porque é que eu fiquei mesmo desanimado e desistente com este resultado das eleições? Porque o votante do CHEGA é a pessoa que está de mal com a vida, amarga, infeliz, ressentida e que culpa de todas as suas misérias as pessoas/grupos de quem não gostam. Há demasiada gente amarga no meu país.
Não me parecem que sejam amarguradas, conheço muitas que votaram BE em 2015 e ontem votaram Chega
ResponderEliminarSabes o que são Okupas e quem os defendeu na Margem Sul?!
Qual a novidade para o Chega ter entrado em Setúbal e todo o Alentejo?!
Eu acho que sim que são pessoas de mal com a vida e amargas. E achas que quem antigamente votava no PCP e no BE não eram pessoas amargas e de mal coma vida? Havia um equívoco bastante grande sobre quem era o eleitorado de partidos mais "radicais" de esquerda. Essas pessoas passaram de um PCP para o Chega porque é mais antissistema. No Chega ou no PCP eram pessoas de mal com a vida sim.
ResponderEliminarEu sou da margem sul e cresci em escolas multiculturais, com ciganos, negros, indianos. A grande diferença é que os meus pais nunca foram pessoas de medo. Nem de culpar outros pelas suas faltas. Talvez por isso tenham chegado longe na vida, nunca se deram ao queixume, à inveja, à comparação, ao medo, ao ódio. Deram-se ao trabalho e ao esforço e que bom que assim foi. Não só tivemos uma boa formação moral (eu e o meu irmão), como uma noção de comunidade e ainda desafogo económico. Obrigado aos pais :)
Concordo contigo... As pessoas amargas, de mal com a vida, que culpabilizam sempre o outro pelos seus males têm agora alguém que lhes dá voz e que os alimenta na sua mesquinhez. É triste...
ResponderEliminar