A minha sobrinha, aos 9 anos, descobriu uma das duras realidades da vida, nas suas próprias palavras:
- Fogo é mesmo difícil ser mulher.
- Fogo é mesmo difícil ser mulher.
O novo filme do realizador John Cameron Mitchell é no mínimo diferente. Penso que estava à espera de um novo «ShortBus» o que não aconteceu. Posto isto, a filmagem está interessante, a época do Punk muito bem retratada, e tem momentos efectivamente muito divertidos, apesar de a maioria dos mesmo ser brutalmente alucinada. Digamos que gostei, mas tive a sensação de que estar sobre o efeito de cogumelos mágicos ou de LSD deve ser o correspondente à experiência de ver este filme. E mais não digo. O argumento é psicadélico elevado à décima potência.
Mais um capítulo do franchise Star Wars, mas ao contrário do «Rogue One» que tinha uma densidade dramática bastante forte. este Han Solo falha em quase todos os sentidos constituindo apenas como uma narrativa paralela sem interesse algum. Não contribui minimamente para a história e também não nos dá nenhuma pista sobre o carácter do personagem. É perfeitamente dispensável. Um filmezinho para as famílias americanas verem enquanto chafurdam em pipocas, depois de comerem um McMenu Big Size.
Este filme (apesar de francês) é inspirado em factos verídicos ocorridos nos Estados Unidos em 2008. Trata-se de um filme interessante sobre a adolescência contemporânea, na análise muito realista a um pacto de gravidez entre um grupo de raparigas e consequente adesão pelos pares, que resultou em quase duas dezenas de bebés no mesmo ano lectivo.
As minhas expectativas eram enormes e o início do filme não me causou o mesmo impacto do que o primeiro volume da série, mas por causa de já não ser uma novidade, ou seja, já tinha visto aquele tipo de humor negro e politicamente incorrecto. Mas o filme foi avançando e o último terço é mesmo muito giro e claro que aconselho toda a gente a ir ver (pessoas maiores de 30 então, é diversão na certa).
Convenço-me cada vez mais de que os cineastas italianos são muito bons a filmar a hipocrisia quotidiana. Depois do brilhante «Amigos, amigos, telemóveis à parte» chega este filmes (do mesmo argumentista) que de certa forma é cómico e barulhento, mas no fundo é um tiro certeiro no estômago de quem vê. Digo isto porque a vida a maioria das pessoas está cheias de pequenas mentiras e estratégias de sobrevivência para se conseguir ser feliz. A infelicidade subtil pode crescer ao ponto de em certas ocasiões rebentar como uma bomba. Este filme fala disso mesmo. A situação criada não é a mais natural, mas as pequenas situações dentro da situação são profundamente humanas. Gostei.
Antes de começar a escrever vale a pena relembrar que sou um fã dos Vingadores e dos X-Men e, por isso, considero todos os esforços que tenho visto uma grande caca. As histórias estão sempre adulteradas, é baralhar e voltar a dar.
Este filme tem qualquer coisa no início que me faz lembrar «A Estrada», um mundo pós apocalíptico sem retorno possível à normalidade. Depois vemos que o que tentam os personagens é exactamente repor essa normalidade. Confesso que de certa forma esperava mais do filme, talvez pela expectativa criada à volta do êxito que logrou nos EUA ou pelo vício em adrenalina gratuita.Mas o filme é bom.