Comprei este livro porque sim. A capa era feia mas o título chamou-me à atenção. Pareceu-me que seria algo de visceral, vulcânico. Comecei a lê-lo e não gostei minimamente do tom. Pensei que a autora era outra "menina-autora dada a romances escritos com palavras giras pseudo-intelectuais". É um livro rápido na leitura e o estar no metro fez-me continuar e entrei, finalmente, no lugar maravilhoso que é este livro. Tinha-me enganado. Todavia este livro não é vulcânico, é antes uma tempestade de neve num terreno rochoso. Triste e frio, e muito bonito porque o vemos de fora. É uma viagem ao inferno das melancolias interiores. Lê-se sofrimento como uma peça de música clássica. O adágio de Samuel Barber seria uma boa banda sonora. Patrícia Reis merece todo o meu respeito. Dos 5 autores portugueses que li este ano, está certamente no pódio.
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