segunda-feira, maio 31, 2010

Achas que sabes dançar - Gala 1


Tinha de dar uma oportunidade ao programa e dei. Para quem e fã incondicional da versão americana é difícil pensar pequeno. É sempre o que me dizem «Portugal é pequeno, tens de ver as coisas noutra perspectiva». Acho que é isso, em termos gerais, que prende os Portugueses a uma certa mediocridade, esse pensar me pequeno.
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Fiquei agradavelmente surpreendido com alguns dos participantes. Diria que uns 8 até me convenceram bastante. O problema não reside nos miúdos (que teriam uma belíssima oportunidade de crescimento, trabalhando com coreógrafos de renome e sendo apoiados por um júri com experiência profissional e capacidade crítica construtiva), o problema reside na produção "pobrezinha" do programa.
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Não volto a falar da fraca capacidade de expressão do júri. As danças latinas meteram dó, assim como a valsa e eles disseram «muito bem». As contemporâneas e o paso doble que foram as mais bem dançadas tiveram críticas de que faltava magia. Enfim....
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Falta magia às coreografias. Totalmente. Não dignifica o esforço dos bailarinos. O coreógrafo de contemporânea é bom. Conseguiu produzir momentos muito interessantes. As restantes coreografias não primam pela espetacularidade, mas também pouco fazem pela capacidade de dança. .
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O guarda roupa não é espetacular. Assisti a um desfile de polyester que poderia ser tirado de qualquer loja do chinês, a realização é péssima. Talvez o pior do programa. Os planos de tão desadequados fazem perder a perspectiva dos concorrentes e foram várias as vezes que a câmara se perdeu e só havia as luzes do rebordo do palco em vez de quem está a dançar. Na coreografia de grupo a câmara andou tanto de um lado para o outro que não se percebeu nada do que era a dança. Ou o realizador atina, ou os miúdos estão tramados.
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E quando os solos, feitos pelos concorrentes, têm muito mais qualidade que as coreografias feitas por especialistas é porque algo está mal.
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Não percebo o porquê de coreógrafos portugueses de renome não estarem associados ao programa. Será porque pedem muito dinheiro? Ou será que é por culpa de um certo snobismo elitista que caracteriza a nossa classe cultural em Portugal? Ou outra coisa qualquer. Não faço ideia. .
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A melhor coisa do programa é efectivamente o prémio. Espero que o melhor bailarino consiga escapar à enormidade do júri e à ignorância do público em termos de dança (sim porque ver as duas coreografias de contemporânea que resultaram melhor é mesmo de gente ignorante).
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Espero também não ser apedrejado pelos defensores de um «Achas Que Sabes Dançar» à dimensão portuguesa que gostam de coisas pequeninas e amadoras. E não estou a ser velho do Restelo, estou a dizer o que digo porque há ali miúdos que mereciam mais. Miúdos que têm características para evoluir e ter uma carreira. Este programa permite isso, quando em bom.

domingo, maio 30, 2010

Insane in the brain.


Vi ontem o espectáculo Insane in the Brain pela Bounce Street Dance Company (Beto, obrigado mais uma vez). Tive sentimentos mistos durante a peça, mas passo a explicar.
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Gostei imenso da encenação, a estrutura, o argumento (que recria a história do filme Voando sobre um Ninho de Cucos) e a banda sonora. O que me deixou surpreso é que o espectáculo é apresentado como sendo de Hip Hop e Street Dance e foi aí mesmo que o achei mais fraco, no Hip Hop. As coreografias que remetiam para dança contemporânea foram extraordinárias, as de Hip Hop foram fraquitas. Os bailarinos que só dançavam Hip Hop não tinham "power" suficiente. Curiosamente foram os bailarinos com treino clássico (porque se nota quem o tem) que deram mais força ao Hip Hip.
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Fora a questão do Hip Hop, a cenografia é tão interessante, a forma como a história é contada é tão teatralizada, o espectáculo entretem sem dúvida. E saí-se com uma sensação de que se viram coisas muito boas, dá para esquecer algumas cenas de coreografia street menos conseguida. A cena das camas fica na memória e não há mais nada.

sábado, maio 29, 2010

O que se pode fazer com um corpo? Dançar magistralmente...

Make you feel my love - Complexions Contemporary Ballet

sexta-feira, maio 28, 2010

Usos e abusos do Photoshop

Toda a gente sabe que o Photoshop é o melhor tratamento de beleza que se pode pagar. Não dói, não custa e é só pagar ao artista.
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Mas já agora às vezes os artistas abusam e esquecem-se de alguns pormenores, como o de não apagar o umbigo das modelos. Se alguém encontrar o umbigo da Pamela Anderson num PC perto de si é favor de devolver.

Vídeos loucos da GaGa inspiram gente mais louca (good fun...)

Deserto, Deserto


Ontem foi dia de teatro e lá fui ao Teatro Experimental de Cascais (TEC) ver a peça «Deserto, Deserto» do Jean Pierre Renault. Gostei imenso. O mérito será essencialmente dos actores que foram brilhantes.
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A peça usando-se de um certo surrealismo e sentido do absurdo, coloca em cena no deserto Buster Keaton, Harpo Marx, Jacques Tati, Karl Valentin, Liesl Karlstadt e Totò. Seis grandes actores cómicos do princípio do século XX. Esse deserto, para mim, é o limbo em que se encontra o teatro e, de certa forma, o cinema na sua glória e tragédia (tal como a vida dos actores retratados). Questiona-se a morte depois da morte, o esquecimento. É também uma experiência de meta-teatro.
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Não é uma peça fácil de entender (só hoje é que me bateu o recriar dos 7 dias da criação), mas é desempenhada de uma forma tão honesta e pura pelos actores que acabamos por ser levados nessa viagem com eles. Todos os actores estão de parabéns, mas a Anna Paula e o Santos Manuel cativaram-me especialmente.
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Só não gostei de um elemento cénico no final. Um apontamento que era desnecessário quando os actores nos tinham completamente na mão. Foi uma opção do encenador e achei demasiado "anos 80", não era necessário com tão brilhantes actores.
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Quem quiser ver a peça tem até 30 de Maio no TEC.

Poder podia...

Se eu podia viver sem lentes de contacto? Poder podia, mas via mal como o caraças...

quinta-feira, maio 27, 2010

Fotografias

A boa fotografia é aquela que tem uma vida para lá da imagem, que é densa e e texturada. Estava à pouco a olhar para uma foto que me tiraram este mês no Alentejo e só consigo pensar que é quase uma experiência fora do corpo. Sou eu a olhar para mim, tal como eu olho para os outros. E não há sorriso, não há "cara de foto". Reconheço-me de tal forma que quase me pergunto se a fotografia me reconhece de volta.
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Aviso à navegação: Esta tendência que tenho para escrever coisas que não interessam a ninguém está a crescer (suspiro)

Em preparação...

... para ir correr à beira-mar para o paredão de Oeiras. E mais logo uma ida ao teatro.

Eu e as tecnologias...

Hoje quando cheguei ao trabalho não tinha Internet. Telefonei para colegas de outras salas e todos tinham Internet. Pensei «que porcaria de PC». Fiz o restart ao PC e continuei sem Internet. Levantei-me para ir ter com o gestor informático e reclamar, quando vi que o cabo da Internet tinha sido desligado pela senhora da limpeza. Há coisas tão simples de resolver e eu sou tão bronco...

Gaita!

Uma das melhores vizinhas do prédio vai colocar a casa à venda. Terei um novo vizinho do lado. Isto de novos vizinhos deixa-me sempre ansioso.

Contradições

Às vezes é tão importante receber aquele convite que se quer recusar. Que tolice.

Estômago





Um filme cujo cartaz diz «uma fábula nada infantil sobre, poder, sexo e gastronomia diz quase tudo. O filme, bem divertido, relata-nos a evangelização culinária e urbana de um caipira vindo do Ceará. Por mais inocentes que sejamos o mundo arranja sempre uma forma de nos corromper, nem que seja pela via do amor. A culinária respira-se, sente-se, é uma arte e por ela se vive e se morre. Ou simplesmente pela comida.




15/20

quarta-feira, maio 26, 2010

Sim, ando a gostar da música dele...

Whataya want from me - Adam Lambert

Bolas...

Eu sou um tipo que acumula muita electricidade estática ao ponto de levar choques enormes quando fecho a porta do carro, ao ponto de ficar azul. Soube hoje que é perigoso estar perto de gasolina quando se acumula demasiada electricidade. A boa notícia é que basta apenas tocar com a mão no chão para descarregar... ufff.

Duras verdades...


Mother - Uma força única

Este filme lembra-me, formalmente, o «Old Boy» de Park Chan-Wook. Os cineastas sul coreanos têm uma liguagem extraordinária na criação de suspense. As narrativas vão-se construindo e descobrindo. Nada é feito ao acaso e em nenhum momento o filme está "a descoberto".
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Em Mother, uma mãe investiga por sua conta o assassinato de uma rapariga pelo qual o filho (com atraso mental) foi condenado. A actriz principal é extraordinária e transporta-nos com ela nesta viagem vertiginosa pela inocência do filho. Tudo é credível, tudo é reconhecível. Queremos tanto como ela que encontre o verdadeiro assassino. Não olhando a meios, acaba por fazê-lo. Uma mãe coragem, um mãe sem limites. E depois?
17/20

terça-feira, maio 25, 2010

Lembranças

Já não me lembro da última vez que comi uma laranja.

Fogo cruzado...

Era uma vez três amigos. Um faz bastante mal ao segundo e o terceiro fica dividido entre a amizade que tem pelos dois. Como posicionar-se? Para mim as coisas são, às vezes, demasiado radicais. Não consigo ser amigo de pessoas que fazem mal a outras, sem manifestar qualquer remorso ou respeito. Não teria problema neste caso, se as coisas fossem claras. Fez muito mal e é claro o modo como o fez? Ficamos conhecidos. Amigos não. Nem toda a gente pensa desta forma e até acho bem que assim seja. A cada um o que é próprio de si. Também me é próprio uma certa tendência parva para me desvincular de quem continua a amigo de pessoas que nem sempre se "portam bem".

Identifico-me muito com isto...

O dia está cinzento...

O dia está cinzento e eu acordei doente. Ontem à noite apanhei frio e algum chuvisco. É oficial, sou mesmo um pêro podre. Ainda há dias saí de uma e já estou a entrar noutra maleita. Bahhhh...

segunda-feira, maio 24, 2010

Versatilidade de uso...

Mortes nas praias.

Tenho estado a ter argumentações diversas com pessoas que me dizem que as mortes nas praias acontecem porque o Governo ou os concessionários dos bares de praia não pagam vigilância fora da época balnear. Na minha ideia, quando não há vigilância na praia a responsabilidade é nossa. E as pessoas não são responsáveis o suficiente. Mesmo quando está bandeira vermelha eu vejo as pessoas a ir ao banho e nadar.
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Se o mar está mau, uma pessoa molha-se, não vai nadar pelo mar adentro. Eu não passo da água pela cintura se a bandeira estiver amarela e nado bem. Que responsabilidade tem o Governo e os bares se as pessoas não têm respeito pela sua própria vida? Porque é que tem sempre de haver alguém a olhar por nós? Porque é que temos de ser sempre desresponsabilizados de tudo? Ir ao mar não é uma questão pública, é uma decisão privada tomada por quem tem calor. O uso do mar é que é mal feito. Será assim tão complicado perceber que o mar está a puxar? É preciso uma bandeira para o dizer? Quantas são as vezes em que vejo bandeira verde quando devia estar amarela e amarela quando devia estar vermelha. Se uma praia está vigiada, ok, temos ajuda. Se uma praia não está vigiada estamos por nossa conta e risco a desafiar a natureza. O mar é poderoso. Os meus pais ensinaram-me a ter respeito por ele e acho que não é por eu ser um "nativo" da Costa. O respeito por coisas mais fortes que nós pode salvar-nos.
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Certa vez fui provocado no trânsito por 5 gajos dentro de um carro. A minha vontade era dar uma murraça num, mas eles eram 5. Olhei para o lado, não vou insistir contra aquilo que é mais forte que eu. Estaria a ser um idiota. Se fosse só um tinha respondido. Preservação. Estava por minha conta a e risco. Acho que com o mar deve ter-se o mesmo respeito.
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Não estou livre de acidentes. Sou humano e falho como qualquer outro. Mas posso tomar um mínimo de cuidado para diminuir as probabilidades de acidente, isso acho que posso.

domingo, maio 23, 2010

Conversa. XLIII

D.: Ai porra que já me aleijei na vesícula...
Silvestre: As pessoas magoam-se na vesícula?

Conversa. XLII

Batata: O que é isto?!
D.: É o meu salame, eu sei que parece um cagalhão mas é muito bom.

sábado, maio 22, 2010

Mudanças

Não ia ao Trumps desde o ano passado. Será possível um lugar mudar tanto em 6 meses mais coisa menos coisa). A média de idades deve rondar agora os 22 anos. Tinha tanta coisa para dizer áquela juventude toda: desodorizante, perfume, champô, água de colónia, sabonete, sabão. O fosso geracional começa a sentir-se. Tem piada, no meu tempo de "vintinho" quando eu saia à noite ia sempre muito limpinho e chegava a casa sem cheirar a latrina. Sinais dos tempos... ou do local. Risco em cima nos próximos tempos.

sexta-feira, maio 21, 2010

Volto a insistir no mesmo

Algumas colegas olham-me de lado por eu ir lavar as mãos ao WC das senhoras que fica mesmo ao lado do meu gabinte. Eu acho bem pior haver uma(s) senhora(s) que utiliza(m) o WC dos homens que utilizo e não puxa(m) o autoclismo convenientemente estando naquela altura do mês. A experiência é bem pior. Assim de repente arriscava a dizer que sou mais agradável à vista que o restante. Grrrrrrrrr...

Profissões de merda...

O que acontece quando pedimos uma informação numa repartição pública...

YEAH!!!!







O primeiro CD a conseguir impressionar-me este ano. É épico, é nu-soul, é r&b, é jazz, é pop, é motown, é cinematográfico, é momentaneamente rock, é texturado, é funk, é ambient, é The ArchAndroid da Janelle Monáe.

quinta-feira, maio 20, 2010

Ervas daninhas


Alain Resnais é um mestre. Leio isso em todo o lado. Sou franco nunca tinha visto nenhum filme dele, apesar de conhecer alguns títulos de novo. Há pormenores deliciosos que me fizeram divertir bastante durante o filme. Outros, em especial o final, resvalaram para um intelectualismo francês, que os nossos "intelectuais" também adoram. Eu não. Deve ser porque sou um rapaz simples do campo. Detestei o final. Houve um filme que conseguiu irritar-me da mesma forma com o final (ainda um pouco mais) que foi «Um Segunda Juventude» do Francis Ford Coppola, contudo, ao contrário deste, o filme do Resnais tocou-me diversas vezes, brincou de alguma forma com a condição humana antes de me fazer perder o pé. Por isso não posso dizer que saí da sala insastifeito, apesar do final. Para quem quer ter uma experiência "intelectual", está no King.


14/20

Aquário


Um filme sobre o "white trash" suburbano inglês. Os criadores do Little Britain conseguiram brincar com este sítio onde nascem as Vicky Pollards, mas quando a abordagem é realista, o resultado final é bem mais cru e claustrofóbico. Como escapar a uma realidade que quase nos persegue nos genes? Mães adolescentes desistentes da escola, dão à luz filhas com o mesmo percurso, que se perdem pelos mesmos sonhos. Há espaço para sensibilidade? Para gostar? Ou só para a agressividade reservada á sobrevivência. É possível sair do aquário? O argumento é simples, mas construído com mestria. A interpretação da actriz principal, Katie Jarvis, é muito forte e não sabemos se simpatizamos com ela se a detestamos, como detestaríamos alguém com aquele comportamento. Mas há momentos de pausa, momentos de respiração onde vemos as pessoas por baixo da sujidade que o meio transmitiu. É um peixe num aquário.


16/20

Ideias para contornar a crise


Dias...

Há dias em que morremos de saudades de... nós mesmos. Saudades de quem fomos num particular momento/período das nossas vidas. Tenho saudades de várias "encarnações" minhas e sei da impossibilidade de repeti-las, essencialmente porque a vida é um processo cumulativo e a experiência e o conhecimento adquirido em cada dia que passa impede-nos de ser iguais ao que já fomos. Talvez saiba um pouco mais do que sabia na altura, mas tenho saudade desse certo "não saber" que inspirava as acções do momento.

The beautiful Lizz Wright

Hit the Ground - Lizz Wright

quarta-feira, maio 19, 2010

Produtos dietéticos no Minipreço

Os sacos de batatas para cozer são dietéticos. À velocidade a que apodrecem, compramos 2 kg e conseguimos comer pouco mais de 1kg. Quem não quer engordar à custa de batatas é comprá-las no Minipreço.

Silvestre na cozinha...


A caminho de um pudim de pão e de uma salada de frutas com bolacha de aveia.

Lá que faz sentido faz...

Saudade de música cool para dançar...

Alright - Jamiroquai

E de repente faz-se luz...

No outro dia disseram-me que a Lady GaGa era uma espécie de Marylin Manson versão pop. Na altura achei descabido. Mas não é. De facto existem semelhanças. O próprio reconhece. O meia curioso é que de repente artistas dos mais diferentes quadrantes reclamam ser inspiração da Lady GaGa: Madonna, Kiss, Grace Jones, etc... É sinal de que se é relevante. Ainda não vi a Madonna vir dizer que já foi como a Ana Malhoa no passado.

Prendas de aniversário.















As prendas de aniversário que mais gostei este ano:
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Uma caixinha de música com o «The sound of Music». Para quem não sabe sou completamente fã de caixinhas de música. Posso ficar uma hora a ouvir a musiquinha nonstop. E um CD com as duas primeiras séries da Ovelha Choné (com direito a caixa personalizada). De acordo com várias pessoas, mais choné que eu só a ovelha, daí a ideia do presente.

terça-feira, maio 18, 2010

CV Europeu

Quem obriga a concorrer a um emprego usando o modelo Europeu deve querer que haja logo uma um elevado número de desistências. Irra! Que coisa mais pesada e indigesta. Mas já está...

Comida para a boca e para o espírito.

Casa de jantar arrumada, sobras no frigorífico e loiça na máquina. Depois de uma salada crocante de cogumelos frescos com mel e vinagre balsâmico, de lombos de pescada com molho de castanha e cebolinho acompanhados de arroz de frutos secos, de pudim merengado com doce de framboesa, de taças de frutos silvestre em natas e iogurte grego, de uma bela noite de conversa com amigos, é hora de ir dormir. E vou feliz.

segunda-feira, maio 17, 2010

Medidas extremas...

Fim de semana alentejano

De facto o Alentejo é um sítio onde o tempo passa devagar. Ainda bem. É passar 4 dias sem stress de nenhum tipo. Adorei estar no monte. É uma casa de família, não é uma pousada ou um hotel e tem os traços/marcas das gerações que por lá passaram. Foi como ir visitar a casada tia-avó que vive em Mértola. Há planície e mais planície para palmihar em torno do monte e está-se muito perto da Mina de São Domingos onde foi maravilhoso voltar. Na memória trago as imendas paisagens douradas, as árvores esparsas e o incrível silêncio fora o som dos pássaros e dos insectos. Outra experiência... o céu. Não sabia que existem tantas estrelas no céu. Estar no meio de um campo aberto sem luz nenhuma é meio caminho para a descoberta. O resto, é só olhar para cima.
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As fotos seguem-se nos próximos dias.

quinta-feira, maio 13, 2010

Monte Alentejano para dois...

Lá pela hora do almoço, eu e o Batata já devemos estar pelo Monte Alentejano. Vai ser bom sair da cidade até domingo.

quarta-feira, maio 12, 2010

As pessoas são incoerentes (haja humor)

Hoje sinto-me um bocado aborrecido/entristecido. Acho que tem a ver com esta euforia do Papa e com a falta de raciocínio crítico das pessoas em geral. Vale o facto de ter sentido de humor e talvez seja por isso que passo a maior parte do tempo na palhaçada. Quando é para falar a sério é sempre complicado porque as pessoas não se permitem "voar" ir um pouco mais longe.
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Hoje anda para aí uma corrente a falar sobre a solidariedade com o genocídio aos judeus. No Facebook existe um grupo que quer chegar aos 6 milhões de simpatizantes para igualar o número de pessoas mortas. Acho bem a solidariedade, mas a lembrança do genocídio serve para evitar novos erros e o que eu reparo é que a maior parte das pessoas nem quer saber do genocídio que se vive no Darfur. Isto deixa-me aflito, já existem cerca de 450000 vítimas entre mortos e estropiados (sim corta-se as mãos aos homens para que não possam pegar em armas), já para não falar das mulheres violadas (que começa a ser difícil encontrar alguma que tenha sido violada apenas uma vez). O genocídio dos judeus serviu para quê? Para hoje termos peninha? Ou para se aprender e não deixar que o facto se repita de novo?
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Acontece que está a repetir-se. Em áfrica, sobre populações desvaforecidas. Limpeza étnica total. A ONU sabe e não faz nada e as pessoas continuam a falar dos judeus e a derramar a sua piedade e solidariedade para com eles. Os outros são só "os pretos em áfrica". Tenho mesmo pena que assim seja. E falar seriamente disto nem sempre é fácil. A "piedadezinha" é um conceito fácil de entender, «sociedade civil», «movimentos civis», «humanismo» são mais complicados. Quando não se consegue falar disto e de conceitos semelhantes, a palhaçada resulta sempre.

terça-feira, maio 11, 2010

Mais uma sugestão de cartaz...


Sugestão de cartaz para a visita do Papa...

via: O Feminismo Está a Passar Por Aqui...

Jantar de aniversário

Depois de ter sido "intimado" pela mãe a festejar o aniversário com um jantar em família. Lá resolvi ir ao famoso restaurante buffet chinês/japonês/português/e o que eles se lembram no dia. Problema: o restaurante fica mesmo em frente à Nunciatura Apostólica. Estacionamento era mentira e várias ruas estavam cortadas. Grrrrrrrrrr... O Papa não se podia ter alojado no Pestana Palace na Ajuda? Se é bom para a Madonna e para o Figo também podia ser para ele, e não chateava nada o trânsito em Lisboa.
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Mesmo assim consegui chegar às 19.35 e foi um jantar muito bem passado. A minha sobrinha estava linda e às 21.20 já estavamos na rua porque a senhora D.Leonor tem de estar na cama até às 22h e ainda tinha de ir de pópó até à margem sul. Já atende o telemóvel (finge) e diz «tá lá» depois lambe-o e mete-o na boca, mas esta parte não interessa nada.

segunda-feira, maio 10, 2010

Prenda de anos anticipada

A minha mãe enviou-me um email. Ontem abri-lhe uma conta no gmail, expliquei-lhe como se usa e deixei escrito no papel. Ela ficou um bocadinho confusa com a informação, mas disse que depois olharia de novo para aquilo. Para entusiasma-la a ir consultar o e-mail enviei-lhe um. Ao telefone disse-lhe que tinha um e-mail na caixa, ela foi ver e leu. Pedi-lhe para me responder de volta, mas ela não sabia onde estavam os botões. Tudo bem, disse-lhe que depois lhe ensinava quando lá fosse a casa. Duas horas depois, recebi um e-mail dela. Lá percebeu sozinha como se fazia. Se pensar que ela tem quase 70 anos, a 4ªclasse e que foi doméstica a vida toda o feito é extraordinário. O que fiquei a sentir dever ser o que os pais sentem quando os filhos aprendem a ler sozinhos. Estou contente e orgulhoso. Bela prenda.

A bolsa subiu 9% de manhã...

Há quem diga que é resultado da aprovação do mega fundo de apoio à Grécia. Eu acho que tem qualquer coisa a ver com o facto do Benfica ter sido campeão. Até o Papa fala dos ensinamentos de Jesus. O Benfica é mesmo universal... :-p

Completados.


Obrigado mãe. Obrigado pai.

domingo, maio 09, 2010

Perspectivas

O Batata tem esta ideia de que toda a gente é necessária. Mesmo as pessoas más fazem parte de um processo de aprendizagem para outras, todo o mal que produzem e inflingem serve para fazer avançar a consciência individual ou colectiva . Eu gostava de ser assim tão evoluído. Há pessoas acerca das quais penso que não fazem falta nenhuma. Acho que o sofrimento deve ser eliminado e quem é especialista em produzi-lo podia/devia desaparecer. Há pessoas que bem podiam deixar de existir, faziam um favor aos que ficam.

4 anos e tal depois...

Voltei ao Lux e em boa companhia (que é o melhor de tudo). O colectivo Horse Meat Disco deixou-me a pensar que queria ouvi-los de perto. Em cheio. A música estava óptima e havia muito espaço para dançar.

Eu amo-te Phillip Morris


Tinha uma grande expectativa com este filme, achava que ia ver o Jim Carey num registo próximo do Despertar da Mente ou do Truman Show. Enganei-me redondamente. Do filme gostei imenso da interpretação do Ewan McGregor. Não creio que o resto tenha sido feito da forma mais competente. Embora esta comédia romântica pretendesse ser alternativa o resuultado acabo por ser muito "mainstream". Vale a pena ver o filme apenas para conhecer a história do maior burlão que o Texas já conheceu, que por acaso até era gay e que por acaso até se apaixonou pelo Phillip Morris. Como ele ludibriou o Estado é verdadeiramente assombroso. O resto é medíocre. Não me divertiu por aí além, por vezes até me distraí do filme.


12/20

sexta-feira, maio 07, 2010

A todos...


Um fim de semana no mínimo original. Have fun...

Quase quarentão.

Tenho esta teoria de que se 3,6 se arredonda para 4, então 36 pode arredondar-se para 40. Nesta ordem de ideias estou quase quarentão. Na segunda-feira torno-me quarentão. E para não variar é mais um ano em que planeio uma festa de arromba para depois chegar a um mês antes e nao me apetecer fazer nada. Este ano nem o jantar com a família apetece. No ano passado fui surpreendido com várias "iniciativas externas" e até gostei disso. Mas no que respeita a organizar alguma coisa eu tenho preguiça. Portanto, vem aí um quarentão preguiçoso. Fora de brincadeiras, acho que perdi mais a vontade de festejar o aniversário desde que me tornei uma pessoa em paz com a vida. Há tantos motivos para celebrar todos os dias, encontros para ter, que celebrar um número acaba por perder o significado. Depois dos 85 já não vou pensar assim, ah pois não :-p

Nunca pensei defender este tipo...

A realidade é que, no que respeita os escândalos de pedofilia na igreja católica, toda a gente cai em cima do Papa Bento XVI, mas o maior responsável pela omissão de factos e perdões incompreensíveis a padres criminosos foi o Papa João Paulo II. Fico a pensar se isto não tem a ver pura e simplesmente com o valor da imagem.
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O Papa João Paulo II era carismático e tinha ar de avô gordinho e rosado (o tipo de avô que gostamos de ver na publicidade). O Papa Bento XVI tem o ar maléfico do Imperador do Star Wars e tem o carisma de um tupperware da loja do chinês. O Papa João Paulo II sai branqueado da história porque corresponde à imagética positivamente valorizada na nossa sociedade.
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Antes sê-lo que parecê-lo ou antes parecê-lo do que sê-lo? Eis a questão. Não obstante com a excepção do Papa João XXIII (que foi revolucionário na remodelação da igreja e uma mente jovem e progressita) os Papa deixaram sempre muito a desejar.

quinta-feira, maio 06, 2010

Boa música

Ambling Alp - Yeasayer

Quando estiverem sob stress psicológico...

Não se esqueçam de roubar qualquer coisa como o Ricardo Rodrigues do PS, mas se estiverem a ser filmados o melhor é roubarem a câmara, é mais eficaz.

quarta-feira, maio 05, 2010

Ah pronto, se é só isso...

Como saber se é amor verdadeiro...

Premonições?

Ontem não me apeteceu ir ao treino de rugby. Só me vinha à cabeça que me podia aleijar. Fui antes fazer um aula de hip hop. Hoje fiquei a saber que, ontem, dois colegas da equipa partiram o nariz.

terça-feira, maio 04, 2010

1989 e dançava-se assim...

Pensa-se pouco...

As pessoas confundem não concordar com não gostar. E o domínio da opinião não é necessariamente o domínio da acção. Se eu não concordo, isso dá-me o direito de impedir, a terceiros, algo que não acho bem para mim? E quando não há um argumento lógico por trás? Não se deve fazer porque alguém não acha bem, mas quando pedimos sustentabilidade do raciocínio ouvimos apenas «Não sei explicar porquê, mas não acho bem. Pronto.»
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Ouvi um argumento contra os gays adoptarem que consistia na seguinte perplexidade «já imaginaste uma criança com um pai bicha?» Já imaginei sim, deve ser tão difícil como para uma criança que tem um pai corcunda ou uma mãe obesa ou um pai demasiado magro ou pais que se vestem mal. São características. Um pai magro e um pai obeso podem dar amor a uma criança e um pai bicha também.
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Chateia-me um bocado tentarem ganhar a minha simpatia distinguindo-me das "bichas". Acho que é uma manobra pouco honesta. No fundo o que nos faz gays a todos é comum, gostamos de homens. Ponto. Não me sinto superior a nenhum gay que é "bicha" (sinto-me superior perante a pobreza de espírito e a estupidez humana). Quanto a comportamentos sei apenas o que não quero para mim, mas a meu ver ser-se efeminado não influi nas capacidades parentais de quem o é. E voltamos sempre ao mesmo, o que é importante não é dar uma estrutura estável à criança no agregado? Pessoas analfabetas não criaram sempre filhos analfabetos e por aí fora.

segunda-feira, maio 03, 2010

Este fim de semana

Tive mais uma vez a prova dos matizes que a nossa vida adquire e que a vida em geral tem. Os reajustes têm de ser constantes porque os contextos de acção podem mudar a qualquer instante quanto menos se espera. Há momentos fáceis, momentos difíceis, para nós ou para os que nos rodeiam. Pelo meio tem de existir um jogo de cintura para manter a tranquilidade, para apoiar os que de nós necessitam, para cumprir as nossas próprias necessidades, para dar amor aos que amamos e para expressar o nosso amor-próprio. Tudo se faz, se aceitarmos que esta é provavelmente a característica mais intrínseca à vida - a sua imprevisibilidade. Não obstante a vida é maravilhosamente coerente na sua imprevisibilidade.

Pessoas que fazem falta

Não consigo passar uma semana sem a senhora da limpeza.

Insólitos...

Em Faro mulher nua perseguiu jovem que se recusou a ter sexo com ela depois de o tentar seduzir. O rapaz já lhe tinha dito que eram «só amigos». Este «só amigos» deixa-me a pensar em três coisas: ou rapaz é um romântico incurável apaixonado por outra ou ela é mulher é feia de cair ou o rapaz é gay.
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a notícia toda aqui

Humpday

Um filme destes não poderia ter sido feito por um grande estúdio sem perder as qualidades que o tornam especial uma certa aspereza, a filmagem pouco polida, os cenários do mais normal que se pode imaginar. É tudo isto aliado a um argumento extraordinário sobre as emoções/relações humanas dá um filme brilhante.
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O que acontece quando dois amigos completamente heterossexuais acham que o projecto de fazer um filme gay em que têm sexo um com o outro é a solução para desbloquear problemas na sua forma de encarar e viver a vida? Um filme absolutamente hilariante e inteligente, a explorar a essência da masculinidade e da amizade masculina no seu âmago.
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18/20
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ps. finalmente quebrei o enguiço do Indie Lisboa

Lavagem

Diz que chorar lava a alma. Rir também e eu sou fã da limpeza a seco.