sexta-feira, maio 29, 2020

Sindicatos

Os sindicatos deveriam existir para proteger os trabalhadores, mas é 90% ilusão. Os sindicatos são, na sua maioria, grupos que têm de justificar a sua própria existência, não olhando a meios para tentar ser relevantes. Ambições políticas e pequenez de espírito é a tónica geral dos dirigentes. Não são todos lamentáveis, seria injusto dizer que sim, mas são na sua maioria lamentáveis. 

Em época de COVID19 é vê-los sair da toca em busca de estratégias de angariação de associados. E não, eu não sou um homem de direita. Mas os sindicatos não representam a esquerda. Longe disso. No ministério onde estou agora a trabalhar, a desonestidade intelectual dos sindicatos é gritante e não se importam com nada a não ser causar ruído e levar a sua avante, para garantir aplausos dos associados, mesmo que seja com não-questões, e estando a borrifar-se para os custos indirectos (ou simplesmente porque são burros que nem uma porta) que certas tomadas de posição vão ter nos trabalhadores e no país. 

Há tanta gente a trabalhar duro para não permitir que os serviços públicos deixem de funcionar e, porque trabalho não é com eles, os senhores dirigentes tentam desvirtuar tudo o que podem, apenas para serem o Xico-Esperto do momento. O sindicato que conseguiu falar alto. O sindicato que conseguiu parar a máquina do Estado com as suas reivindicações. 

O meu nível de repugnância atingiu níveis estratosféricos. No outro ministério os sindicatos pareciam meninos de escola em comparação. Nunca suportei pessoas desonestas.


sexta-feira, maio 22, 2020

Como é possível?

Hoje estou a sair do trabalho às 19h, tendo entrado às 10h. Um dia que não saio às 21h ou às 22h (entrando às 9h). Espero que o meu babe tenha um vinho fresquinho no frogorífico. É de celebrar. 

terça-feira, maio 19, 2020

É o que dá fazer as coisas a dormir

Tinha de transferir dinheiro para o meu irmão e executei o proposto, mas não me aparecia no saldo. Repeti mais duas vezes e nada. Achei que algo de estranho se passava com a App do banco. Passaram dias e nada. Descobri hoje que tinha transferido o dinheiro da conta da minha mãe. Ia dar-lhe um ataque quando visse que lhe faltavam uns quantos mil euros na conta. Lá percebi a tempo e está tudo resolvido. 

Coisas boas

No meu novo trabalho não são só "espinhos". Gosto muito da auxiliar e das secretárias, pessoas que valorizo bastante e com que sou bastante simpático porque nunca me esqueço das minhas origens. Uma das minhas avós lavava escadas e nenhuma profissão me parece menor (vá... talvez jogador de futebol :-p). Parece que estas senhoras também gostam de mim porque volta e meia recebo mimos, um chocolate, umas bolachas, etc. Hoje foi um pastel de nata para o Dr. Silvestre. Estes pequenos gestos deixam-me feliz. 

domingo, maio 17, 2020

Afinal Ella ainda vive


Ella Henderson - Glorious

Escapou-me o regresso da Ella Henderson (após 4 anos sobre o primeiro CD) porque o EP datado de setembro de 2019 não fez sucesso nas rádios. É o que dá separar-se de uma editora multinacional para querer manter o controle criativo da sua música. Desejo que ela consiga voltar "a dar música" a todos.

sexta-feira, maio 15, 2020

A provar que sou um gajo antigo

Acho que o meu velho amigo Silvestre, está cada vez mais a seguir um modelo de carta ou telegrama. É cada vez menos imediato. Venho cá de vez em quando contar as novidades "da terra" sem muitas complicações. Quem de direito perguntará mais depois, ou espera até à chegada da próxima "carta".

Estou viciado na série The Good Wife

Dizem os mais velhos que nunca é tarde. Apesar da série ter acabado em 2016, descobri-a há umas três semanas e tenho consumido o tempo livre com elas. E parece que alastrou ao Macaquito. Podia ser a típica série de advocacia, mas não é. Há li muito de humano. Nada é linear. Somos bons e maus, dependendo das ocasiões, há milhares de tons de cinzento entre o preto e o branco. Esta série podia ser um ensaio sobre isso, as tonalidades de cinzento. 

Gosto das colaborações da Julia Michaels


Lauv ft Julia Michaels - There's no way





Julia Michaels ft. Niall Horan - What a time

A melhor prenda de anos

No dia 10 de maio fiz 46 anos. Este ano foi tudo muito esquisito. O mundo não é o mesmo lugar do ano passado. Contudo, este ano, o facto mais singelo acabou por ser a melhor prenda. Vi a minha mãe depois de 2 meses sem nos vermos. Pudemos dar um abraço enorme, apertado, cheio de amor, cheio de saudades, cheio de vida. Tive apenas 2 prendas este ano. Um livro e o abraço da minha mãe. Há dias que conseguem ser mesmo perfeitos. 

I'm still breathing

O trabalho tem-me ocupado demasiado, mas ainda respirar. O ser humano habitua-se a tudo, a más horas, a maus horários e à má vida. Aqui a má vida não é borga. Antes fosse. 

sábado, maio 02, 2020

Votantes do Bolsonaro

Quem votou Bolsonaro e ainda não sente vergonha por tê-lo feito, devia ir ali num instante fazer uns gargarejos com COVID19.

A redescobrir Sophie Ellis-Bextor


Young Blood - Sophie Ellis-Bextor

The Witcher

E a primeira série já está. Gostei do ambiente medieval e a história terá tendência a melhorar, uma vez que a primeira série teve aquele sabor a argumento experimental. O Henry Cavill tem o ar  canastrão ideal para o papel. Estamos on.

Isolamento social e as descobertas positivas

Um das grandes descobertas, ou redescobertas, foi olhar com outros olhos para o meu respetivo. Não há dúvida alguma de que tenho um grande parceiro de vida. Tenho tido momentos muito complicados de adaptação ao novo trabalho e ele tem sido verdadeiramente estupendo. Facilita-me a vida ao máximo, tenta que eu me concentre no essencial, tenta que eu confie em mim. Neste processo não pede nada em troca, não faz exigências. E entramos numa espécie de regime, amor com amor se paga. Comigo a tolerar as coisas que normalmente parecem menos toleráveis. O nosso sistema de prioridades mudou completamente. 

A aprender coisas novas

Passou pouco mais de 1 mês e eu anda com as mesmas inseguranças no trabalho, mas pelo menos a dormir um bocadinho mais e a importar-me um bocadinho menos. Uma amiga disse-me que estou muito mais bonito porque estou vulnerável. Que a vulnerabilidade, a insegurança e o medo vão bem comigo. Tornam-me humano, diz ela. Diz que a pessoa que eu era não era tão real. Muito assertivo, sempre seguro, sempre com uma resposta na ponta da língua, sempre a saber quase sempre tudo. Agora sei pouco e isso faz-me mais humano. Percebo o que ela diz, mas gostava de voltar a sentir controlo (quase) total sobre tudo o que faço e digo. Mas estou a aprender.