(Via Lusitânia Insólita)quinta-feira, abril 30, 2009
Ouvi ontem na rádio que...
A Associação Nacional de Travestis quer o Rebecca. A sua versão do Magalhães.
quarta-feira, abril 29, 2009
Um novo conceito de aprender contacto físico...
As «Cuddle Party» são um novo tipo de festa a ganhar uma enorme popularidade nos EUA. O conceito é simples, trata-se de um workshop onde as pessoas vão para redescobrir o afecto e o toque não sexual, e explorar os seus limites no que respeita a comunicação, intimidade e afectividade. Quem tiver alguma curiosidade sobre o assunto, encontrará informação em http://cuddleparty.com/.
Histórias de família - I
Vinha eu no carro para o trabalho e começou a tocar uma música da Natalie Merchant sobre uma relação de 50 anos que acaba com a morte da mulher. Fiquei a pensar se ainda é possível existirem relações em que as pessoas se consigam amar por 50 anos. Veio-me imediatamente à cabeça a história dos meus bisavós paternos.
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Os meus bisavós casaram-se com 17 anos, deixaram de ser virgens um com o outro. Tiveram 13 filhos (nem todos chegaram à vida adulta). Viveram juntos mais de 60 anos e sempre foram inseparáveis. Entretanto a minha bisavó ficou doente e morreu. O meu bisavô foi ao funeral e quando chegou a casa, tirou a roupa, deitou-se na cama e disse aos filhos que gostava muito deles mas que a vida dele já não fazia sentido sem a mulher e que queria ir ter com ela. Não se alimentou mais e morreu ao fim de 9 dias.
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Será que no mundo ocidental de hoje é, ainda, possível desenvolver uma relação destas?
Rui Reininho no meu prédio?
Esta manhã estava eu a descer as escadas do meu prédio quando, no segundo andar, se abre uma porta e sai o Rui Reininho. Eu disse «bom dia» e ele gagajou um «b-b-om dia». Mais estranho do que encontrar o tipo no meu prédio foi o ar aparvalhado/comprometido dele.
terça-feira, abril 28, 2009
Coisas que me parecem bem
Uma colega de emprego disse-me «sabes do que tens tu ar? Daqueles pais atléticos que andam com os putos numa mochila às costas, ao ar livre». Não sei porquê, gostei da imagem. Até tem o seu "quê" de sexy.
Cristiano Ronaldo e Luciana Abreu eleitos os “Jovens mais sexys de Portugal”
A rede social Habbo.pt que contabiliza actualmente em Portugal mais de 3 milhões de utilizadores registados, elegeu o futebolista e a actriz (?) como os mais sexys de Portugal. .
Os grupos que mais aderiram à votação foram crianças, mitras e velhinho(a)s rebarbado(a)s. As zonas geográficas com maior participação foram a Brandoa, Chelas, Damaia, Pedreira dos Húngaros, Arrentela e Bairro do Picapau Amarelo (na Costa da Caparica).
Hoje comecei bem o dia...carro bloqueado.
E se de repente o seu lugar de estacionamento preferido fosse proibido? Ah pois. Descobri hoje que o lugar onde estaciono há décadas ainda faz parte de um parque de estacionamento de um colégio. Resultado... 50 euros à polícia municipal logo de manhã. O diálogo entre os polícias que estavam a operar o reboque foi fantástico:
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Polícia 1: Vamos levar o Mercedes
Polícia 2: Mas o Mercedes vai ser difícil por causa da posição. Levamos o Toyota.
Polícia 1: Não levamos nada. Se posso levar um Mercedes para que é que vou levar um carro do povo.
segunda-feira, abril 27, 2009
O léxico Silvestrês
Ontem o Batata chamou-me a atenção para o facto de alguns dos adjectivos e/ou expressões utilizados por mim serem no mínimo peculiares. Nunca tinha pensado muito nisso, tal é a forma como estão interiorizados no meu léxico. Alguns são usados na família (saricoté, sarrabeco e rufenho) outros não sei como surgiram, mas vieram de algum lado (pastronço e esbaderfo). Para quem não conhece, podem ser utilizados da seguinte forma:
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- A miúda é toda saricoté
- Este casaco está muito sarrabeco
- Aquele tipo é um pastronço de primeira
- Não ligava nenhuma à aparência andava sempre esbaderfo
- Esta mobília dá um ar rufenho ao quarto
O mundo do Sugus
Depois de muitos anos fora fiz ontem uma nova viagem ao mundo dos Sugus. Comprei um pacote de Sugus com sabor a melão. Que coisa mais deliciosa. Tenho de começar a pensar em substituir os cafés que tomo por dia por Sugus de fruta... nham!
Amália Hoje
Chegou às lojas o disco «Amália Hoje», uma revisitação pop actual da música da fadista por um conjunto de músicos e cantores provenientes dos grupos The Gift, Plaza e Moonspell. .
Espero que tenha bastante sucesso. Em primeiro lugar porque a ideia é muito boa. Em segundo lugar porque é uma boa homenagem 10 anos depois do desaparecimento da cantora. Em terceiro lugar porque a Amália Rodrigues foi, sem qualquer dúvida, a maior artista que Portugal alguma vez conheceu.
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Lamento que tenha sido preciso 1 semana de programas no People&Arts dedicada à Amália Rodrigues para eu perceber ou valorizar o que até então me tinha passado completamente ao lado.
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Amália foi a primeira Pop Star que existiu em Portugal (talvez a única). A maioria de nós não faz ideia da magnitude do seu sucesso internacional. Não creio que existam pessoas capazes desta internacionalização. Amália era especial. É preciso mergulhar na música para perceber a dimensão do ser humano e da sua aura. Era genuína, de uma simplicidade desarmante e fiel ao que fazia. Amália era verdade pura. O seu canto era a sua verdade. Não era mais nada, era só isso que tinha para dar. A sua verdade.
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Era com uma simplicidade desarmante que ela dizia isso mesmo. «Eu sei lá cantar, não percebo nada de música, nunca tive lições de canto, sei lá... é a minha verdade. Digo a minha verdade, aquilo que sinto». Embora tivesse uma dimensão estelar manteve-se sempre humilde. Como dizia «Eu sou uma batata, uma vezes assada, outras vezes cozida, outras vezes frita, mas não passo de uma batata». Só os grandes podem dizer coisas como estas e continuar a ser grandes.
sexta-feira, abril 24, 2009
Circulação correcta nas rotundas
Também digo que respeitar a regra é andar sempre com os nervos em franja com medo de levar porrada dos que não a respeitam. As rotundas são uma tortura para mim.
quinta-feira, abril 23, 2009
Devo estar burro
Resolvi colocar tags em todos os posts que fiz no blog. 250 já estão. Só falta cerca de 1150.
Para quem gosta de quizzes
| This Is My Life, Rated | |
| Life: |  7.5 |
| Mind: |  7.2 |
| Body: |
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| Spirit: |  5.8 |
| Friends/Family: |  4.8 |
| Love: | 6.9 |
| Finance: |  9.1 |
| Take the Rate My Life Quiz | |
(encontrado aqui)
Não percebo lá muito bem como é que eles calculam estas coisas. A parte da família e amigos parece-me um bocado ao lado, mas cool na mesma. No geral, acho que também dava um 75% à minha vida. Confortável, mas com espaço para melhoramento.
Dúvida existencial...
Hoje, depois de quase ter sido colhido numa rotunda (pela sexta vez este mês) pensei «será que devo seguir as regras de trânsito correctamente?». A maioria dos portugueses conduz como se tivesse recebido a carta num brinde do Nestum Figos. Ninguém cumpre as regras de circulação numa rotunda, o que coloca em sério perigo as pessoas que o fazem. Não me apetece sujeitar o Haroldo (que é o meu carro, sim ele tem um nome) a uma batida e também quero evitar as cargas de nervos constantes e a vontade de dar um pêro na cara de alguém...
quarta-feira, abril 22, 2009
Turn your radio on...
«Life is a strange thing
just when you think you learned how to use it
it's gone»
terça-feira, abril 21, 2009
Os Bispos rebarbados voltam a atacar
Ontem, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa desafiou os candidatos às eleições legislativas a apresentarem propostas sobre a família, considerando-as mais decisivas para o futuro da sociedade do que outras questões destacadas nas agendas partidárias e comunicação social. Voltam, portanto, a meter-se no casamento, vida privada e vida sexual das pessoas em geral.
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No fórum da TSF discutiu-se o assunto, mas com uma diferença. As intervenções não eram dos senhores do costume. Eram deputadas do PSD (o meu voto não levam não senhor) e outros senhore(a)s "burgueses" que se entitulavam católicos. Houve disparates que não me deram vontade nenhuma de rir. Primeiro custou-me ouvir pessoas que têm assento na Assembleia a dizer que no seio de uma união de facto não se aprendem os valores morais aprendidos numa família fundada no casamento. Depois custou-me ver que a instrução não é um antónimo de ignorância e estupidez. Pessoas letradas podem ser muito estúpidas. As barbaridades iam piorando, por exemplo, dizendo-se que só no seio da família se aprende o amor, o respeito e o civismo, mas não considerando no conceito as famílias monoparentais, e outras tipologias que não se enquadrem no modelo nuclear estrutural funcionalista.
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Tive de ouvir um senhor dizer que a teoria da igualdade de género é uma deformação marxista para afastar as mulheres e os homens dos papéis que sempre tiveram na família. Deve ter sido doutrinado pelo João César das Neves (professor universitário cretino) que disse numa crónica sua que a mulher dele é feliz a preparar os almoços e jantares. A cozinha e a casa são o mundo onde se sente feliz a preparar o conforto da família. Olha que bom para ela (e fundamentalmente para ele).
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A cereja no topo do bolo foi dizer-se que o Estado não deveria governar separado da igreja. É na igreja que se ensina o bem (padres pedófilos, roubo do dinheiro dos páracos, filhos iligítimos, a inquisição são tudo coisas boas... pleaaaase) e os Bispos têm de proteger os católicos da conspiração do Estado para os desagregar e para desacreditar a doutrina da igreja. O Estado não precisa, a igreja faz este trabalho sozinha.
Gosto disto
Tento acender outras imagens devoradas pelo tempo.
E sei que é por tua causa
que esta noite existe e se repete
a vida inteira.
by Joaquim Cardoso Dias
E sei que é por tua causa
que esta noite existe e se repete
a vida inteira.
by Joaquim Cardoso Dias
segunda-feira, abril 20, 2009
Acasos felizes
Quando entrei na livraria para procurar o livro abaixo (ou outro do mesmo autor ou similar) fui atendido por uma empregada sessentona que de livros não deve perceber assim tanto. Expliquei-lhe que queria um livro do António Franco Alexandre ou do Joaquim Cardoso Dias, alguém que estivesse próximo de um universo emocional onde o Herberto Hélder também se integrasse. Ela respondeu-me que o Herberto Hélder era único que não há poesia igual (olha que novidade). Eu respondi que não há poesia igual, mas que existe um universo poético de referência. E voltei a falar no A. F. Alexandre que ela nem sabia onde estava guardado e se tinham. Só os poetas mediáticos é que ela conhecia.
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Felizmente um rapaz estava a ouvir a conversa e perguntou se podia intrometer-se. Disse-me que gostava do A. F. Franco, em particular do livro «Duende». Falei-lhe do Joaquim e ele também conhecia e depois falou-me do grupo do Al Berto e falou de universos de referência (haja alguém). Deu-me a morada (numa folha de papel) de várias lojas de poesia e de alguns alfarrabistas onde poderia encontrar boa poesia e autores desconhecidos, mas pertencentes ao universo de referência que eu procurava.
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Quando começou a embrulhar o livro pediu desculpas pelo estado em que aquilo estava a ficar. Não sabia fazer emrulhos, nem laços. Eu disse que não fazia mal e que eu tomava conta da situação a partir dali porque sou bom a fezer embrulhos de prendas e afins. Ele agradeceu e eu também. Saí de lá a sentir-me mesmo bem. Há acasos que me deixam mesmo bem disposto. Há uma quantidade de autores a ser descoberta e umas quantas livrarias prontas a vasculhar.
Este fim de semana ofereci este livro
Fiquei contente porque consegui oferecer este livro. É de um autor que escreve coisas de que gosto muito. Mas, às vezes, oferecer um livro não é fácil. O livro te de bater com a pessoa, com alguém que se disponibiliza a senti-lo e a integrá-lo. Isto é tanto mais verdade quando se trata de um livro de poesia. Assim, o livro ficou muito bem entregue e ainda me rendeu uma interacção bastante interessante com um dos empregados da livraria. Hoje começo mais um curso
E hoje mais um curso, desta vez de formação. Durante mês e meio todos os dias. Passa depressa e as possibilidades que se podem abrir agradam-me. Off we go :-)
Fim-de-semana de arromba
Na sexta estava com aquele feeling de que ia ter um bom fim-de-semana. Mesmo o stress que foi para levar o carro do Batata ao Montijo para ser vendido (e voltar de barco para Lisboa) não me arruinou a disposição. Havia festa no Santiago Alquimista e fui lá ter com um grupo de amigos. Às 4 da manhã estava a vir para casa. Dormi que me fartei. E no sábado lá sai para ir comprar um livro de poesia para oferecer a outro amigo que fazia anos. Isso rendeu-me uma história muito gira com o rapaz da livraria (para um outro post).
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A noite de sábado começou bem, o amigo aniversariante gostou do livro (ainda bem porque eu gosto muito do autor em questão) e o jantar em casa dele foi melhor ainda. Gosto de estar em sítios com gente boa onda. Não conhecia a maior parte das pessoas e passou-se extraordinariamente bem. Fartei-me de beber vinho do Porto branco (da garrafa que "escondi" estrategicamente na cozinha :-p). Ainda houve tempo para um pé de dança fora de portas até às 7h da manhã. Às 9h já estava a dormir como um menino bem comportado.
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Domingo fui para o Centro de Arte Moderna da Gulbenkian para uma aula de História de Arte Contemporânea, depois ainda houve tempo para um café com a H. (que soube muito bem) e terminei a noite em S. João do Estoril para mais uma jantarada de grupo.
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Hoje de manhã vinha no carro a pensar que sou um tipo de sorte pela quantidade de pessoas porreiras com as quais tenho oportunidade de conviver. O que é a vida sem amigos?
sexta-feira, abril 17, 2009
Deus Grego
Há cerca de 2 semanas atrás disse à minha monitora do ginásio para não ter pena de mim quando fizesse o meu novo treino. Ela perguntou-me o que é que eu queria exactamente e eu respondi que queria ter o corpo de um deus grego. Ela riu-se, eu sorri. Ela disse «ok». Estou há 2 semanas a fazer o novo treino, que na realidade são dois, e saio do ginásio morto. Já vejo resultados, mas doi-me tudo. Isto de ter um corpo de deus grego dá um trabalho daqueles. Acho que seria muito mais fácil contratar um pintor estilo renascentista. Deus grego em 5 dias.
As minhas parecenças com um elefante
Tenho uma memória de elefante, sou propenso ao desastre como um elefante numa loja de loiças, quando me chateio fico com umas trombas de elefante (talvez maiores)...
quinta-feira, abril 16, 2009
Conversa. XIX
Miúda 1: Estúpida!
Miúda 2: Parva!
Miúda 1: Estúpida!
Miúda 2: Parva!
Miúda 1: Estúpida!
Miúda 2: Parva!
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Nota: Ou as pré-adolescentes têm pouca imaginação ou têm convicções muito fortes.
Miúda 2: Parva!
Miúda 1: Estúpida!
Miúda 2: Parva!
Miúda 1: Estúpida!
Miúda 2: Parva!
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Nota: Ou as pré-adolescentes têm pouca imaginação ou têm convicções muito fortes.
Falar português, quem sabe?
Estava eu hoje a tomar o meu café matinal quando ouvi pela milionésima vez a utilização da palavra «invejoso» no lugar da palavra «avarento». Faz-me mais confusão as pessoas não saberem aplicar as palavras do que darem erros de conjugação. «Pedi-lhe um bocadinho de bolo e ela não me deu é mesmo uma invejosa», invejoso por não dar bolo? Isto é tão recorrente.
quarta-feira, abril 15, 2009
A crise dos 35
Estou a menos de 1 mês de fazer 35 anos. Estou a ser fortemente afectado por este evento. Não me sinto velho, não mudei em nada os meus hábitos dos últimos tempos, mas sinto que já não sou um miúdo. No fundo é isto. Não consigo afastar de mim a ideia de que sou o principal, senão o único, responsável pela qualidade da minha vida. Não há desculpas. Tudo depende de mim em primeira instância. Acresce que continuo com o mesmo deslumbramento pelo mundo e por vontade cada vez maior de conhecer coisas novas, de saber mais coisas, de experimentar mais coisas. A idade não me acalmou. Pelo contrário. Tornei-me mais ávido e o tempo decresce. Percebi que vou a caminho de metade da minha vida e quero mais. Quero sempre mais. E para querer mais há que criar mais recursos, porque quero viver muito, divertir-me muito, viajar muito, aprender muito, partilhar muito, construir muito. Para isso há que rentabilizar e mexer. De repente não quero desperdiçar tempo. Não quero dias mal passados, dias em que não fiz nada porque não sabia o que fazer. Se não fizer nada é porque decido que é um dia de descanso, de paragem. Estes dias sem nada não podem acontecer apenas porque se está acomodado. Lembro-me de que o tempo não passava até eu ter 18 anos. Fiz 20 anos e achava que tinha muito tempo. Passaram 15 anos enquanto o diabo esfregou um olho. Por comparação a outras pessoas já viajei bastante, já me diverti bastante, já aprendi bastante, já gostei bastante, já criei bastante. Mas que se lixem as comparações. O meu "comparómetro" é comigo mesmo, o que faço/tenho vs. o que desejo para mim. O tempo é um recurso escasso e não renovável.
terça-feira, abril 14, 2009
Conversa. XVIII
Mãe: Comprei uns boxers para ti e outros para o teu irmão na Intimissimi.
Silvestre: Porreiro. Mas os embrulhos são iguais, como é que sei quais são os meus?
Mãe: Ah, essa agora... bem tens de abrir, os do teu irmão são os lisos os teus são os folclóricos.
Silvestre: ...
Silvestre: Porreiro. Mas os embrulhos são iguais, como é que sei quais são os meus?
Mãe: Ah, essa agora... bem tens de abrir, os do teu irmão são os lisos os teus são os folclóricos.
Silvestre: ...
Histórias de Cabaret
A primeira comédia assumida de Abel Ferrara não me encheu o olho. O filme era suposto ser meio burlesco, meio série B, meio independente, meio várias coisas. O problema acabou por ser esse. Ficou a meio de me causar uma boa impressão. Não me diverti. Havia demasiado barulho por nada, as personagens eram demasiadas para o tempo de filme e o argumento parecia mais alinhavado do que outra coisa. O que mais me decepcionou foi saber o fim do filme ainda bem longe do final. Aquele sentimento de «está-se mesmo a ver que» chegou demasiado cedo. Tão cedo o Abel Ferrara não me leva ao cinema.9/20
O mundo perverso das adopções...
Há milhares de crianças institucionalizadas e os processos de adopção são difíceis e morosos. Contudo, o que mais me espanta é o número de crianças que são devolvidas às instituições pelos casais que as adoptam. De quem é a culpa? Das pessoas que adoptam e que não estão minimamente preparadas para isso ou dos técnicos que escolhem as famílias e supervisionam o processo de adopção? Para mim é a segunda hipótese tem mais força.
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O Correio da Manhã noticiou a "devolução" (termo utilizado pelo Observatório da Adopção) de um rapaz porque não se dava bem com o cão e o cão já estava na família há muito tempo e o rapaz não. Dois irmãos (de 5 e 7 anos) foram devolvidos ao fim de 12 dias porque não se sabiam comportar e estavam sempre à briga um com o outro. Outro miúdo de 13 foi devolvido porque não tinha boas notas e isso colocava em causa a herança da família se ele não fosse capaz de a gerir mais tarde.
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As razões parecem-me todas desculpas esfarrapadas que nunca se aplicariam a filhos biológicos. É lógico que estas pessoas não são indicadas para adoptar, mas os técnicos deviam perceber isso mesmo. Se são enganados é porque não são bons técnicos ou não tomam as diligências necessárias para ter o máximo de informação. Todas as suas conclusões são baseadas no convívio de 5 dias que as crianças têm com os futuros pais antes de serem adoptadas. O sistema é uma burrice e é tempo de alguém o admitir.
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Pode parecer que estou a puxar a brasa à minha sardinha, mas a adopção por casais homossexuais vem-me à ideia como seria de esperar. Acredito que seriam uma opção muito mais credível do que os cerca de 80 casais que devolvem crianças todos os anos.
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Para quem não sabe os homossexuais podem adoptar, mas em nome individual e não como casal. Desde que não haja a ideia de uma relação sexual entre dois homens ou duas mulheres dentro de casa está tudo bem. Bom, isto daria um outro post. Mas o que é importante reflectir é sobre a cretinice do nosso sistema de adopção e a imbecilidade de uma grande maioria de técnicos que não usa o cérebro e o bom senso, escolhendo seguir apenas o "livro de instruções". É que com estes casos a ocorrerem todos os anos ainda se ouve o Director do Observatório da Adopção a dizer «Vamos estudar as devoluções e perceber se é necessário alterar alguma coisa nos métodos de selecção dos candidatos ou se decorre da imprevisão do período da pré-adopção». Mas é preciso fazer-lhe um desenho?
segunda-feira, abril 13, 2009
Uma história que não devemos esquecer
No dia 12 de Fevereiro de 2008, nos Estados Unidos, Larry King, um miúdo de 15 anos levou 2 tiros na cabeça porque perguntou ao rapaz que o matou (com 14 anos) se ele queria ser o seu namorado. Larry era assumido e toda gente na escola sabia que ele era gay. O assassino sentiu-se publicamente humilhado e com a sua imagem social ameaçada, uma vez que era o rapaz de quem o gay da escola gostava. Resolveu cortar o mal pela raíz.
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Larry encontrou a morte demasiado cedo, por uma razão absurda e estúpida, por ser diferente. O assassino, pela premeditação do crime, foi julgado como adulto e condenado a 52 anos de prisão. Dois miúdos ficam com as vidas arruinadas porque a sociedade faz pouco pela aceitação da diferença da orientação sexual (e outras diferenças). É lamentável que sejam precisos casos destes para chamar a atenção sobre o assunto
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O Larry teve morte cerebral, mas o pai, como última homenagem ao filho que aceitava como era, pediu que o deixassem vivo até ao dia dos namorados. Dizendo qualquer coisa como «o meu filho morreu porque queria dar o seu coração a alguém. No dia dos namorados o coração dele será dado a alguém que precise dele para viver».
quarta-feira, abril 08, 2009
Amy Winehouse agora fuma cascas de banana...
Se encontrar a senhora da foto ao lado a correr nua numa praia das caraíbas é porque ela está sobre o efeito de ter fumado cascas de banana..
Amy Whinehouse em cura de desintoxicação nas Caraíbas, ganhou o vício de fumar os filamentos internos da casca da banana, depois de secos. Só que parece que este tabaco tem um efeito estranho na senhora que depois dispara nua a correr pela praia (como noticia o DN), a agitar os braços e a falar sozinha, o que assusta os turistas. Eu acho que também me assustava se a visse correr nua na minha direcção.
Amizades?
Situação: dois amigos. Um dos amigos está em crise financeira considerando por isso justificável usar a mentira para conseguir que o outro lhe empreste dinheiro para conseguir fazer o que deseja. Para isso inventa a doença de familiares, invoca o desespero de estar longe e de precisar ir para junto de uma mãe que está gravemente doente do coração. O segundo amigo não empresta o dinheiro, não o tem disponível. Mas fica preocupado.
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Passado 5 dias fala com a irmã do amigo em necessidade. Pergunta como está a mãe que estava tão mal. A irmã não sabe do que ele está a falar. Diz que a mãe está óptima, cheia de saúde, aliás tinha acabado de falar com a mãe. Dias depois sabe-se de mais uma mentira.
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Quem mente com a maior cara de pau a um amigo para tirar vantagem dele é porque não respeita minimamente essa amizade, ainda para mais quando foi ajudado tantas vezes por aquele a quem mente. A mim parece-me lamentável. Mas já dizia a minha avó «as más acções ficam com quem as pratica». Vira-se a página. Alguém perdeu um bom amigo. Eu, pelo que vejo, não perdi nada.
terça-feira, abril 07, 2009
Ginásio Blues VII - Os gémeos siameses
Tinha acabado de tomar banho e estava a vestir-me quando um senhor velhinho (estou convencido que há uma aula qualquer para a terceira idade à hora que vou ao ginásio) entrou e se começou a despir. Apenas com a minha visão periférica tive a ideia de que o senhor trazia dois gémeos siameses agarrados aos pés. Olhei directamente e percebi que eram apenas os maiores joanetes que já vi na vida. M-E-D-O...
segunda-feira, abril 06, 2009
Gran Torino
Já ouviram falar em bofetadas de luva branca? Eu hoje levei uma. Não sou um grande apreciador do Clint Eastwood e os filmes que vi dele só serviram para aumentar a minha ideia de que ele é sobrevalorizado. Pois bem, hoje fui ver o Gran Torino porque me apetecia ir ao cinema e hora calhava bem. .
O Sr. Eastwood ofereceu-me o filme que mais gostei de ver este ano e também um dos que mais gostei de ver desde sempre. A personagem dele é o centro e o próprio filme (como no Piaff). Finalmente uma personagem que ele defende com uma credibilidade arrepiante, onde a rigidez da sua actuação faz todo o sentido.
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O argumento é simples, mas o personagem Walt Kowalsky é maior que a vida. Não sei se o Walt vem do mesmo mundo que o Clint. Um mundo onde a palavra dada era palavra certa, onde o respeito se conquista, onde o amor se demonstra e nunca se diz, onde tudo exige trabalho. Se é verdade que este é o último filme do Clint como actor, ele sai com uma ovação de pé. Isto é cinema.
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19/20
Prémio virtual - Manifesto Jovens que pensam
Recebi um mimo da blogger I.D. Pena. É um manifesto de mentes com ideias novas revolucionárias e dirigidas a todos em particular e ninguém em especial (assim dizia). Fiquei contente pelo lembrete :-)
Como não sei se tenho 10 blogues para nomear. Vou cortar a regra da nomeação e deixo em aberto a quem visitar o Blog do Silvestre, a iniciativa de continuar a movimento. As regras são:
1. Exiba a imagem do prémio;
2. Poste o link do blog que o premiou;
3. Indique dez blogs para fazerem parte do “Manifesto Jovens que Pensam”;
4. Avise os indicados;
5. Publique as regras.
As obras da linha vermelha do metro...
Quando comprei a minha casa, juntinho à linha vermelha, fiquei todo contente por saber que teria metro para o Saldanha em Setembro 2007, o que entretanto passou para Junho de 2008, o que entretanto passou para Dezembro de 2008, o que entretanto passou para Agosto de 2009. Será que é desta?
Jornalismo da trampa
Vinha hoje a ouvir, na rádio, a notícia sobre o sismo em Itália. O enfoque sobre a desgraça dos habitantes foi muito reduzido. O principal da notícia é que não existiam vítimas portuguesas até ao momento. Ainda conseguiram entrevistar um rapaz português (que vivia com mais 4 portugueses, todos a fazer o programa Erasmus) agora desalojado por motivo de destruição da casa. A frase final foi «sem casa a meio do ano lectivo, estará o ano de estudo comprometido?» Jornalismo da trampa.
Vi o Isaltino e quase me vomitei...
Ontem fui dar uma volta pelo novo passeio marítimo de Paço d'Arcos e podia ter sido bem mais agradável não fosse o Isaltino Morais andar por lá a passear o seu fatinho completo e a fumar o seu charuto. Nitidamente estava a fazer política e uma operação de charme. Sorria às pessoas que passavam e elas iam cumprimentá-lo com um aperto de mão «Sr. Presidente, como está?».
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O povo português é mesmo estúpido. Como só se interessam pelas notícias de futebol, não têm acompanhado o julgamento e as declarações que o próprio Isaltino faz (com a a maior cara de pau) em pleno tribunal e ficam felizes porque o senhor presidente lhes diz olá. Não se importam que o homem seja um corrupto com total desrespeito pelas leis e pelas pessoas.
domingo, abril 05, 2009
Ele não está assim tão interessado
Finalmente o filme que se precisava para explicar às mulheres como a grande maioria dos homens heterossexuais funciona. Realmente deve haver a hormona da fantasia ou algo assim que dispara quando uma rapariga se interessa por um homem, que muitas vezes não está interessado nela de todo. A boa notícia é que há também tipos porreiraços por aí.O filme é uma boa gargalhada. Tem piadas muito boas e tem algumas mensagens de grande valor, como a sobrevalorização do casamento e as hipocrisias/ficções a ele associadas.
É um «feel good movie» que resulta. Só me chateou um dos finais (das várias histórias que se cruzam no filme). Achei que era demasiado "americanóide" e que contradizia alguns argumentos anteriormente expostos.
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15/20
Dupla Sedução
Foi bom ver a Julia Roberts de novo. Estava à espera de simpatizar com o filme, mas acabei por gostar muito mais do que imaginei poder gostar à partida. Tem suspense, tem acção, tem humor, tem um romance pouco convencional, tem personagens bem representadas e tem uma banda sonora muito boa. Gostei do facto do filme dar uma volta no fim. Não gosto nada quando ao fim de 25 minutos de filme já percebi o que vai ser o final.
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16/20
Monstros vs. Aliens
Estava à espera de mais. A história é um bocadinho básica e a Reese Witherspoon consegue ser terrivelmente irritante. Apesar dos pesares o filme tem alguns momentos giros, porém um bom filme de animação não se faz com uma piada gira aqui e outra ali. Ainda bem que a Idade do Gelo 3 vem aí...
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12/20
sexta-feira, abril 03, 2009
Coisas que me fazem querer dar com uma pá na cabeça dos juízes
Fátima Felgueiras - Absolvida
Avelino Ferreira Torres - Absolvido
João Nuno Pinto da Costa - Absolvido
Avelino Ferreira Torres - Absolvido
João Nuno Pinto da Costa - Absolvido
Personal Top 10s - Kylie
1. 2 hearts
2. Slow
3. Confide in me
4. Can''t get you out of my head
5. Spinning around
6. In your eyes
7. Love at first sight
8. Breathe
9. I believe in you
10. Speakerphone
Conversa. XVII
Vizinho: Não acho boa ideia mandar o dinheiro do condomínio através da caixa do correio.
Silvestre: Não? Assim é mais fácil porque os meus horários são esquisitos.
Vizinho: Pois, mas se os carteiros percebem podem roubar o dinheiro. Antes eram só portugueses, mas agora uns são brasileiros, outros são ucranianos e a gente nunca sabe quem é que entra aqui no prédio...
Silvestre: Desculpe?
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Só tenho pena de não lhe ter dito «mas o senhor não é descendente de ucranianos? É que tem o mesmo ar». Se há uma coisa que me dana é fazerem juízos com base em determinismos geográficos. Até parece que os portugueses são todos iguais. Que conversinha de reaccionário.
quinta-feira, abril 02, 2009
quarta-feira, abril 01, 2009
Miss Universo acha Guantanamo «um lugar lindo e relaxante»
Dayana Mendoza, a actual Miss Universo de 2008, venezuelana, foi a Guantánamo, Cuba, numa visita organizada a 27 de Março para levantar o moral das tropas americanas no estrangeiro.Disse a Miss num post (entretanto retirado) do seu blogue http://www.missuniverse.com/missuniverse/blog.php : “Foi muuuito divertido, nem queria vir embora, é um local tão relaxante, tão calmo e tão lindo”. “Visitámos os campos de detenção e as celas, onde tomam banho, como se divertem com vídeos, aulas de arte, livros. Foi muito interessante".
Eu sei que a miúda é gira e tem um corpaço, mas não seria mau de todo se elegessem Misses que tenham mais do que o neurónio de emergência a funcionar.
(via Público)
Maya na Playboy??!!
A taróloga, apresentadora, relações públicas (desconfio que também dama de companhia, poodle e cotonete nas horas vagas) revelou que a primeira capa da Playboy foi muito fraquinha. Diz ela «As pessoas devem ter respeito pela Mónica Sofia, que foi corajosa em aceitar o trabalho, mas para o número 1 está fraco. A Mónica tem um corpo maravilhoso, mas está em início de carreira. Podiam ter apostado numa pessoa mais velha, uma diva. Acho que eu daria uma melhor capa». .
Ninguém lhe disse que o conceito principal da Playboy é a fotografia de mulheres bonitas e/ou interessantes? Eu sei que as drogas alucinogéneas estavam na moda quando ela era adolescente, mas aos 49 anos...pois. É caso para dizer «Maya larga as drogas, olha o que isso fez à Whitney Houston»
Ginásio Blues VI- A miúda que gosta de chafurdar
Voltei hoje ao ginásio depois de 15 dias sem lá por os pés. Acabei de fazer a meia hora de elíptica e, como costume, fui buscar detergente para limpar o suor que ficou na máquina. Quando voltei estava uma miúda de uns 19 anos com as mãos a chafurdar no meu suor. Ao ver-me voltar à máquina disse-me «desculpe pensei que tinha acabado», ao que respondi «e acabei, mas deixei a máquina toda suada e venho limpá-la». «Não faz mal» disse ela. Eu limpei na mesma. E ela ficou a olhar para mim como se eu fosse uma pessoa muito estranha. Kanojo!
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