quinta-feira, maio 16, 2024

Profissão: Perigo

Não sendo uma maravilha da sétima arte, é um filme de ação inteligente com uma vertente cómica muito bem conseguida. O Ryan Gosling (além de ser um regalo para os olhos) nunca desilude. O filme tem "stunts" de primeira categoria, ao que não é alheio ao facto de o realizador ser um antigo duplo. O filme é uma ode ao trabalho de duplo, o que me parece muito nobre. A história é boa, faz sentido, e isso é o mais importante. O ritmo é bom e as piadas e as referências cinéfilas são muito bem conseguidas (foi mesmo o que mais gostei). 

Ps. O título original do filme "The fall guy" é um trocadilho giro que se perde no título português.

16/20

Dececionante

Como é que ninguém se preocupa com o que se passa em Gaza? Como é que ninguém quer saber ou tenta perceber o que ali vai. Este logro do antissemitismo invocado pelo Governo de Israel que apenas quer anexar Gaza ao território nacional não olhando a meio para isso. Netanyahu é o maior Nazi que o mundo conheceu desde Hitler, o seu modus operandi é exatamente o mesmo. Isto para mim é um desespero. Sempre que (mesmo evitando) não consigo escapar a uma notícia sobre o conflito. 

Volto a repetir ser judeu não tem nada a ver com o ódio que tenho a este governo de Israel. Um ódio que cresce de dia para dia e que não faz bem a ninguém. Os judaísmo é uma religião de paz, como todas as outras na realidade. Extremistas são as pessoas, que invocam o nome de Deus a seu belo prazer e o ódio étnico a seu belo prazer. O meu ódio é pelo primeiro ministro e por todos os que alinham com ele nesta insanidade (ou a desculpam), muitos milhares de judeus no mundo pedem a paz e muitos israelitas que são calados à força dentro do seu próprio país mais ainda. 

É tudo muito grave e muito triste. Não só este conflito, mas tantos outros no planeta, mas este como outros em África é um genocídio. E o que me choca é o apoio da sociedade ocidental ao genocídio apenas porque os EUA apoiam Israel. Duvido que Barack Obama apoiasse. Enfim. 

terça-feira, maio 14, 2024

Terapia de florais

Entre 2006 e 2023 fiz terapia de florais (essências vibratórias) e foi uma experiência excelente. Quando comecei a namorar o Beto havia algo de estranho nos resultados. Era como se aquilo na me fizesse sentir nada. A minha terapeuta disse-me então que ele estava a regular-me. A energia que os dois estávamos a emitir um para o outro era mais forte que qualquer essência vibratória que eu pudesse tomar. A energia de amor é a mais forte. Ela dispensou-me de mais terapia. Disse que estava a ser redundante, em completo. Que continuasse assim, nesta vibração. E que lhe telefonasse de vez em quando só para dar notícias, porque como terapeuta não estava a precisar dela e ela esperava que eu não voltasse tão cedo a precisar.

Consulta de voz

No fim de novembro de 2022 durante o caos que estava a minha vida amorosa, profissional, a saúde da minha mãe, as obras mal sucedidas da minha casa, fiquei constipado. Logo a seguir morreu uma amiga de cancro no cérebro e eu perdi a voz. Fiquei afónico durante mais de um mês e depois perdi a capacidade de cantar. Foram mesmo momentos muito tristes, porque cantar é uma das coisas que me dá muita alegria, ando sempre a cantar seja onde for. 

Nunca recuperei totalmente a minha voz como era. Fiquei com um problema nas cordas vocais, mas neurológico. Elas não fecham totalmente o que faz com que eu perca os agudos quase todos e o falsete. Fiquei de fazer terapia da fala, mas uma coisa empurra outra e deixei passar demasiado tempo sem lhe dar continuação.  

Agora com a história do The Voice, por ter a voz adulterada, fui finalmente a outra consulta de voz. E a ver se recupero. Aparentemente sim, não sabemos é se em tempo útil para o programa. Mas vou na mesma, porque estou nisto para me divertir basicamente. 

O que fiquei a saber é que sou mesmo um baixo puro, com graves cavernosos. A terapeuta estava entusiasmada porque nunca tinha tido um baixo a fazer exercícios e estava a adorar a vibração no piano e nas paredes quando dava notas muito baixas, porque só tinha experimentado a vibração de notas altas e era completamente diferente. Sente-se mais no corpo e menos nos ouvidos. 

Kanervos

O dia da operação da minha mãe aproxima-se e e um misto de emoções. É a derradeira oportunidade de ela ver.  Não sei como vou reagir se a terceira operação não resultar. Não vou aguentar a deceção dela e a minha impotência perante a resolução da mesma. Por isso, há alturas que estou super confiante e ouras em que fico uma pilha de tensão. Em 10 dias é o que for (mas que seja bom).

50

No dia 10 de maio fiz 50 anos. O dia foi tranquilo, passei-o a passear a pé por Lisboa. Depois fui buscar o Beto e fomos jantar com a minha família próxima, num restaurante muito bonito e com comida deliciosa. Usei o meu Kilt azul para ver se trazia sorte a esta nova década. O bolo de última hora (porque não tinha conseguido ir comprar estava também delicioso. No dia a seguir fui para a aldeia com um casal de amigos e passamos lá o dia a dar uns mergulhos de piscina. Domingo estava a aterrar na Madeira para mais uma estadia longa por cá. E assim se passou. Foi um fim de semana com recordações bonitas.

terça-feira, maio 07, 2024

Só para não me esquecer

Levei a minha mãe (e o meu irmão) a almoçar à Casa Graviola no dia da mãe. A minha mãe estava linda, o sorriso era de felicidade pura. Por momentos até me esqueci que aqueles olhos azuis não veem. Na foto que tiramos para imortalizar o momento, eu e o meu irmão parecemos gémeos - com o esforço que fazemos para não nos parecermos um com o outro, não deixa de ser ironicamente divertido. 

Foi um dia feliz. Que bom que tenho esta mãe e este irmão, que bom que nos temos a todos.

Músicas para o The Voice

Escolhi as músicas abaixo para incluir na inscrição; três por achar que as canto bem e duas por achar que ficavam bem na minha voz, mas agora é uma questão de ver o que eles escolhem (e se me escolhem, que é o mais importante).


Wicked Game - Chris Isaak


Someone that cannot love - David Fonseca


I have nothing - Whitney Houston


If you don't know me by now - Simply red


Ouvi dizer - Ornatos Violeta

segunda-feira, maio 06, 2024

Animal de circo

É muito giro parecer jovem. Eu na realidade fico muito contente quando me dão menos 10 anos, por vezes menos 12 ou 13. Contudo, este sábado estive numa festa de anos temática, vestido de Hermes e a minha idade tornou-se numa espécie de atração. As caras de espanto, a admiração, etc. 

A coisa começou a tornar-se pesada quando me tornei um jogo, vinha uma pessoa com outra pela mão e dizia "diz lá que idade é que ele tem?" e passado um bocado vinha essa pessoa com outra. E a cara de satisfação dos primeiros quando era revelada a idade verdadeira e tinham conseguido enganar o outro. É o que é, às vezes a discriminação positiva chateia. 

E os dados estão lançados

Inscrevi-me no The Voice. Mesmo com os meses meio ocupados até outubro e seja o que Deus quiser. A ideia é ter de novo a experiência televisiva e divertir-me - nada mais que divertir-me. Não quero ser cantor, isso para mim é mais do que certo.

sexta-feira, maio 03, 2024

A felicidade

A felicidade está mesmo em nós. O problema surge quando relegamos a gestão da mesma a terceiros. 
#amorproprio

Fim de semana cheio

Este fim de semana tenho uma festa e mais dois jantares. Fico sempre assoberbado quando tenho muita coisa. Acho que a festa vai ser bastante engraçada. O tema é deuses gregos e decidi ir de Poseidon, porque gosto do mar. Deverei ser o único vestido (ou pouco vestido) de azul. Vou tentar comer pouco nos jantares, algo levezinho. Quando passo três dias a comer fora, fico fora da minha zona de conforto. 

Send in the clowns



Send in the Clowns - Judy Collins


Isn't it rich? Are we a pair?
Me here at last on the ground,
You in mid-air,
Where are the clowns? Isn't it bliss?
Don't you approve?
One who keeps tearing around, one who can't move,
Where are the clowns?
There ought to be clowns?
Just when I'd stopped opening doors,
Finally knowing the one that I wanted was yours
Making my entrance again with my usual flair
Sure of my lines, no one is there.
Don't you love farce?
My fault, I fear
I thought that you'd want what I want
Sorry, my dear!
But where are the clowns, send in the clowns
Don't bother, they're here
Isn't it rich? Isn't it queer?
Losing my timing this late in my career
But where are the clowns?
There ought to be clowns
Well, maybe next year...

quinta-feira, maio 02, 2024

Murro no estômago

Há coisas que são como um murro no estômago. Para mais tarde recordar - online stuff e imaturidade. 

8 dias

Estou a oito dias de fazer cinquenta anos. Acho que consigo perceber porque é que as pessoas entram em modo balanço. Dos dezoito aos cinquenta passou tão rápido. Trinta e dois anos que parecem 10. Parece que foi ontem, mas não foi. Já aconteceu muita coisa, já vivi muita coisa e tenho a noção concreta de que a a segunda metade da minha vida vai passar a correr também (e que não chegará cinquenta anos). Tenho menos tempo e não sei bem em que condições físicas, o que me poderia colocar a apostar as fichas todas nos próximos 10 anos. 

Não obstante. A única coisa que mudou foi a consciência de finitude. Continuo com este estado tranquilo que alcancei em 2023, a mesma vibração de aceitação e de celebração de cada dia. Em 2008 descobri que era muito feliz e assim continuei até 2015 quando uma relação não muito boa me levou a ser um homem deprimido, alienado, vulnerável, à procura de corações nobres, alguém que me resgatasse. Este estado de alma, fez-me cair numa relação ainda mais desastrosa. E a verdade é que ninguém resgata ninguém. Somos nós que temos de ter amor-próprio. E o meu estava num penico. 

A partir de Fevereiro de 2023 comecei a minha regeneração e a pouco e pouco com as experiências felizes e o reatar de algumas amizades (como a do meu amigo médico, que me ajudou bastante a criar momentos leves  e alegres) estava a voltar a pessoa de 2008. Os meses passavam e a vida era sempre mais bonita e mais presente. Interessava sempre o momento presente, o estar aqui e agora. 

Por isso, mesmo agora, que dou conta de como tudo é rápido no fluxo do tempo, não deixo de estar tranquilo. Não sinto que tenha de correr, não sinto que tenha de me multiplicar. A minha prioridade é continuar a ser saudável e simples (mesmo no meio do complexo). O Beto disse-me, quando estivemos juntos a primeira vez, que gostava de mim por eu ser feliz com pouco. A isso acrescento que desejo o que tenho e o que posso ter, não desejo o que os outros têm ou podem ter. A comparação destrói mesmo o nosso sentido de "self". É este espírito que espero continuar a transportar nesta nova década.