O Clyfford Still também foi um estudioso da côr. Muitos o enquadram no estilo de trabalho de Mark Rothko. Na minha perspectiva pessoal, o trabalho de Rothko era mais 'onírico' e menos rude. A técnica de pintura é muito mais agressiva no trabalho de Still. Mas é interessante, para quem gosta de 'rough edges'.
terça-feira, fevereiro 27, 2007
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
Os Óscares
É difícil não falar dos óscares. Difícil foi tentar ficar a ver os óscares em directo, estava com uma carga de sono e lá fui eu para a caminha.
Ainda não vi o Departed e não faço ideia sobre a qualidade do filme, mas fiquei contente do Babel ter 'sucumbido'. Os prémios foram divididos de forma simpática e sem grandes contestações ou surpresas, creio. E a academia quis limpar a consciência com o Scorcese (a academia tem destas coisas).
Até que enfim que vejo um alien ter algum reconhecimento nos óscares, ou seja, Little Miss Sunshine é um objecto estranho, mas maravilhoso e ganhou o melhor argumento original e o melhor actor secundário (Alan Arkin). Pode ser que isso inspire a produção de mais objectos deste teor.
A Jennifer Hudson ganhou para a melhor actriz secundária. Fiquei contente. Se puderem vejam o Dreamgirls. Vale a pena dar um espreita ao desempenho e à voz da rapariga (ui... ela canta como já não se via há algum tempo).
E para o ano há mais.
Ainda não vi o Departed e não faço ideia sobre a qualidade do filme, mas fiquei contente do Babel ter 'sucumbido'. Os prémios foram divididos de forma simpática e sem grandes contestações ou surpresas, creio. E a academia quis limpar a consciência com o Scorcese (a academia tem destas coisas).
Até que enfim que vejo um alien ter algum reconhecimento nos óscares, ou seja, Little Miss Sunshine é um objecto estranho, mas maravilhoso e ganhou o melhor argumento original e o melhor actor secundário (Alan Arkin). Pode ser que isso inspire a produção de mais objectos deste teor.
A Jennifer Hudson ganhou para a melhor actriz secundária. Fiquei contente. Se puderem vejam o Dreamgirls. Vale a pena dar um espreita ao desempenho e à voz da rapariga (ui... ela canta como já não se via há algum tempo).
E para o ano há mais.
sábado, fevereiro 24, 2007
A minha casa
Já vos aconteceu emocionarem-se simplesmente por terem alguém especial na vossa vida? Hoje foi um desses dias. Hoje, depois de 90 minutos de reunião de condomínio cheguei a casa e tinha alguém à minha espera. Alguém que não me abriu, apenas, a porta da minha casa, mas a porta do nosso lar. É tão bom quando alguém quer fazer um lar connosco. É tão bom quando alguém na nossa casa é também a nossa casa.
Half Nelson - Enclausurados
Este ano está nomeado para os óscares um actor de quem nunca tinha ouvido falar, vai daí, resolvi ir ver o filme pelo qual estava nomeado. Foi uma surpresa. É um filme quieto, quase lento. Mostra que uma mensagem pode ser passada de uma forma simples... e que mensagem. O filme fala de trajectórias desviantes. Mas no fim, é bom perceber que dois "objectos desviados" podem embater um no outro com a força exacta para quem voltem a um caminho seguro. O Ryan Gosling mostra que actuar não é usar todos os recursos, é usá-los na medida certa.
(16/20)
(16/20)
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
Uma dupla de sucesso
O jantar de ontem estava muito bom e a decoração da casa estava linda.
Conclusão nº1
Ninguém cozinha como eu e ninguém decora uma mesa e uma casa como tu.
Conclusão nº2
Não somos grandes exemplares de modéstia...
Conclusão nº1
Ninguém cozinha como eu e ninguém decora uma mesa e uma casa como tu.
Conclusão nº2
Não somos grandes exemplares de modéstia...
Alexandre V
Coisas de família
A família é, talvez, um dos dados mais adquiridos que temos. Nós nascemos e ela está lá: pais, avós, tios, irmãos, etc. Tenho uma família enorme, mas não somos dados uns aos outros. Não somos um clã como eu gostaria, mas antes um conjunto de pequenos núcleos que se encontra em casamentos e funerais. Por isso, acabo por radicar na família próxima. Mas mesmo na família próxima as coisas nem sempre são simples. A ligação aos pais é sempre mais fácil de manter, mas com os irmãos pode ser mais problemática. As vidas que vivemos podem acabar por distanciar-nos. Escolas diferentes, grupos de amigos diferentes, gostos diferentes, acabam por construir um estilo de vida diferente para cada um, o que pode gerar incompatibilidades de convivência.
Acho que isso aconteceu um pouco entre mim e o meu irmão mais velho. Não há dúvidas sobre o que gostamos um do outro, mas por sermos tão diferentes, pensámos sempre que o outro ia achar uma seca estar a fazer alguma coisa connosco. Acabámos por nos acomodar e a deixar que esse 'fosso diferencial' se fosse adensando. Às vezes existem pontos de contacto que podem ser aproveitados para uma base de construção. É isso que quero fazer agora. O meu irmão formou a família dele, eu estou a formar a minha. Temos isso em comum. E há um núcleo maior onde as duas devem ser incluídas e onde ambos somos partes imprescindíveis. De repente, o meu irmão vê-se metido na minha vida e percebe que afinal eu também posso estar na dele. É um novo começo.
Acho que isso aconteceu um pouco entre mim e o meu irmão mais velho. Não há dúvidas sobre o que gostamos um do outro, mas por sermos tão diferentes, pensámos sempre que o outro ia achar uma seca estar a fazer alguma coisa connosco. Acabámos por nos acomodar e a deixar que esse 'fosso diferencial' se fosse adensando. Às vezes existem pontos de contacto que podem ser aproveitados para uma base de construção. É isso que quero fazer agora. O meu irmão formou a família dele, eu estou a formar a minha. Temos isso em comum. E há um núcleo maior onde as duas devem ser incluídas e onde ambos somos partes imprescindíveis. De repente, o meu irmão vê-se metido na minha vida e percebe que afinal eu também posso estar na dele. É um novo começo.
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Pessoas
Sem nunhuma ordem em especial, estas são pessoas que estão na minha vida (mesmo que já tenham passado) porque são amigos ou porque são amores ou porque são pessoas que admiro ou porque são pessoas que me inspiram bons sentimentos.
José, Eugénia, Paulo M., André, Sandra, Joana, Alexandra, Alexandre, Carlos, Barbara, Maria, Nuno F., Orlando, Sílvia, Rose, Xana, Irantzu, João, Paula, Dora, Isabel, Margarida, Elisabete, Gonçalo, João Pedro, Susana, Vítor, Nuno G., Pedro A., Pedro V., Daniel, Francisco R., Andrea, Débora, Cláudia, Zeca, Manuela, Maria D'Aires, Rita, Bruno, Francisco, Leopoldo, Betinha, Ana Sofia, Ana Cristina, Xana L., Castilho, Denise, Filipa, Graça, Isabel J., Joana A., Kylie, Paula T., Pedro S., Sandra M., Russo, Sónia, Vítor G., Vanessa, Sandra P., Tânia, Teresa, Ana P., Ana L., Lurdes P., Rui, Vítor Hugo P., José Luís, Sara, Lucília, Maria João, Palmira, Estrela, Vitor Hugo O., Nuno R., Anabela, Marta, Helena, Florival, Fernando B., Bette, Vanda S., Luís, (...)
José, Eugénia, Paulo M., André, Sandra, Joana, Alexandra, Alexandre, Carlos, Barbara, Maria, Nuno F., Orlando, Sílvia, Rose, Xana, Irantzu, João, Paula, Dora, Isabel, Margarida, Elisabete, Gonçalo, João Pedro, Susana, Vítor, Nuno G., Pedro A., Pedro V., Daniel, Francisco R., Andrea, Débora, Cláudia, Zeca, Manuela, Maria D'Aires, Rita, Bruno, Francisco, Leopoldo, Betinha, Ana Sofia, Ana Cristina, Xana L., Castilho, Denise, Filipa, Graça, Isabel J., Joana A., Kylie, Paula T., Pedro S., Sandra M., Russo, Sónia, Vítor G., Vanessa, Sandra P., Tânia, Teresa, Ana P., Ana L., Lurdes P., Rui, Vítor Hugo P., José Luís, Sara, Lucília, Maria João, Palmira, Estrela, Vitor Hugo O., Nuno R., Anabela, Marta, Helena, Florival, Fernando B., Bette, Vanda S., Luís, (...)
Alexandre IV
O Alex está poooooooooooooooooooodre de giro, com umas bochechas bem redondinhas. O puto faz-se. Assim que a mamãe dele liberar mais umas fotos aqui ao padrinho (isto porque o padrinho insiste em esquecer-se da máquina sempre que lá vai a casa) o Alex voltará a espelhar o seu charme aqui no BdS.
O meu Carnaval
O Carnaval passou-me ao lado como em todos os anos, mas na 2ª feira lá fui dar uma voltita ao Bairro Alto com a cara metade e uns amigos. A noite começou com uns shots de vodka e fruta (manga, morango e kiwi) e depois de andar de sítio fumarenthho em sítio fumarento e de ver todas as possíveis e imaginárias encarnações da Madonna pelas ruas do Bairro Alto (foi a máscara do ano aqui no burgo) lá fui parar ao Bicaense. Como sempre o Bicaense estava cool. A música 80's kitch cumpriu e eu lá dei o pézinho de dança de que andava a precisar. E assim se passou a noite...
O carnaval
Para dizer a verdade, não acho muita piada ao Carnaval. Contudo, nos últimos dias, perante a argumentação de algumas pessoas que também não acham piada ao Carnaval, apercebi-me de que tinha de vir em sua defesa. O argumento que mais me irrita é aquele que diz «não gosto do Carnaval prque não gosto de máscaras e de pessoas a fingir o que não são». De repente realizei que o Carnaval é uma das alturas mais genuínas do ano, na medida em que muita gente, com a desculpa do 'disfarce' assume posturas e comportamentos que gostaria de assumir na sua vida de todos os dias, essa sim uma verdadeira ode às máscaras. Com esta perspectiva reabilitei um pouco o Carnaval ao meus olhos. Continuo a não lhe achar muita piada, mas atribuo-lhe uma certa função social de "momento de descompressão". Este ano, confesso que tive uma enorme vontade de andar a brincar com bisnagas e molhar a malta toda. Ainda pensei em comprar uma bisnaga e trazer para o trabalho. Mas aposto que hoje, 4ª feira, já todos estariam com a sua persona de todos os dias e eu ainda levaria com um agrafador na cabeça.
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
Revoluções
Sinto-me em revolução. É a vida profissional que está a mudar, é a casa que vai ser redecorada, é a vida afectiva que teima em se equilibrar, é a vida familiar que ganha uma dimensão diferente, é o quotidiano que se redifine, sou eu que de repente não estou sozinho, é esta obrigatoriedade de pensar no outro e não apenas em mim. Uffff...
A filosofia do piropo
Ontem recebi um dos piropos (?) mais estranhos de sempre. Estava eu nas Amoreiras a ver livros quando duas moças comentam a meu respeito «Este rapaz é tão bonito, tão bonito, que até enjoa». Confesso que não percebi muito bem se devia ficar contente ou não. Tenho de aprender um pouco mais sobre a filosofia do piropo.
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Jay Milder
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Diamante de Sangue
Este filme perturbou-me (aliás, como quase todos os filmes/documentários que mostram a realidade dos países africanos). O filme, apesar de americanizado " à la Hollywood" e moralismos românticos à parte, consegue aflorar a densa malha de interesses que contribui para que África continue a ser um continente explorado, vítima do imperialismo ocidental. Há que manter a guerra e a barbárie em África como garante do tráfico/saque das suas riquezas. Quantos aos actores nada a salientar sobre o que já se sabe. O Leornardo DiCaprio cresceu como actor, a Jeniffer Conolly é sempre agradável e o Djimon Hounso é um excelente actor que devia ter mais oportunidades(nem todos os ex-modelos são só caras bonitas). Gostei imenso da fotografia do filme.
(15/20)
(15/20)
Dreamgirls
Este filme serviu para uma coisa... conhecer o incrível talento da Jennifer Hudson. Temos cantora (ganhou o American Idol nos Estados Unidos) e temos actriz. Há muito que não via alguém interpretar como esta "pequena" interpreta. O resto está bem. É um musical competente, com um excelente guarda roupa e caracterização de época. A inspiração na história das Supremes está lá e a banda sonora aconselha-se a quem gosta de R&B e Discosound.
(14/20)
Dia de S. Valentim
Hoje é dia de São Valentim dia da Amizade e, em alguns países, dia dos Namorados. Por isso, hoje, apetece-me fazer duas coisas:
- Celebrar a amizade e os amigos (ou seja, as pessoas que nos nutrem, que se preocupam, com quem aprendemos, que nos chamam à razão quando a perdemos, que não facilitam quando assim tem de ser).
- Dizer que me sinto humilde perante o facto de ser uma das pessoas que têm um namorado que é um verdadeiro amigo.
Que a minha mão seja a tua mão, a tua mão a minha mão, e as duas um só coração que bata tão forte como o tronco daquela árvore no jardim botânico de Madrid.
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
E Silvestre apresenta... Willem de Kooning
Madrid
Pois é. Amanhã 'vuelo' para Madrid. Estou muito contente. Não ando por aí aos gritos, mas estou muito contente (esta foi para ti «banana»). Continuo a achar que a vida é, de facto, uma coisa maravilhosa e que viver é uma coisa emocionante. É preciso que não nos esqueçamos de onde queremos ir e perceber que existe um caminho a trilhar.
.
Quantas vezes caímos, quantas vezes nos perdemos? Não sei. Varia de pessoa para pessoa. Mas depois de cair, toca a olhar para as estrelas, ver onde pára o Norte, marcar de novo a rota e pernas a caminho. Podemos fazer isto melhor ou pior (ou muito mal), mas é bom saber que a cada dia que passa e a cada passo que damos (quem sabe), estamos mais perto daquilo que sonhámos para nós.
.
Um dia quis ir para Madrid com alguém que amava e, apesar de um grande trambolhão pelo caminho, a vida não me deixou ficar mal. Amanhã vou para Madrid com alguém que amo.
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Infinito Particular
Não te percas ao entrar
No meu infinito particular.
Em alguns instantes
Sou pequenino e também gigante.
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder.
Olha a minha cara,
É só mistério, não tem segredo.
Vem cá, não tenhas medo.
Não te percas ao entrar
No meu infinito particular.
(M.M)
No meu infinito particular.
Em alguns instantes
Sou pequenino e também gigante.
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder.
Olha a minha cara,
É só mistério, não tem segredo.
Vem cá, não tenhas medo.
Não te percas ao entrar
No meu infinito particular.
(M.M)
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Se
Se em algum momento for insensível a ti,
Se em algum momento me esquecer de te dar
Tudo aquilo de que sou capaz,
Peço-te...
Corrige-me. Castiga-me.
Enche-me a boca de beijos
Até que eu não mais possa respirar,
Aperta o meu corpo contra o teu
Até ao limiar da inconsciência,
Faz amor comigo
Até que me abandonem as minhas forças
Amarra-me à tua vida
Com as cordas da tua ternura,
E deixa que elas deixem
Marcas profundas na minha carne.
by Silvestre
Se em algum momento me esquecer de te dar
Tudo aquilo de que sou capaz,
Peço-te...
Corrige-me. Castiga-me.
Enche-me a boca de beijos
Até que eu não mais possa respirar,
Aperta o meu corpo contra o teu
Até ao limiar da inconsciência,
Faz amor comigo
Até que me abandonem as minhas forças
Amarra-me à tua vida
Com as cordas da tua ternura,
E deixa que elas deixem
Marcas profundas na minha carne.
by Silvestre
Alexandre IV
Este miúdo é um doce. Peguei-lhe pela primeira vez na 6ª feira. Confesso que me deu o estado «pés frios», quando a mãe me perguntou se queria pegar-lhe. Fiquei com um certo medo, mas depois de o ter no colo, parece que a dobra do meu braço tinha sido feita para encostar a cabeça dele. Fiquei lamechas, tão lamechas que achei melhor não escrever nada sobre o assunto até que a 'palavreado piroso' se fosse de vez da minha cabeça. Por isso, hoje, cá estou.
Mas é uma emoção. É impossível não ser tocado por este misto inexplicável de fragilidade e força. É um miúdo de sorte. Foi muito desejado e tenho quase a certeza de que vai ser feliz. Há tranquilidade à volta dele, foi naturalizado como se sempre tivesse estado entre os pais, à minha frente. É como se a ideia dele tivesse estado presente desde sempre. Espero que ele goste de música.
Mas é uma emoção. É impossível não ser tocado por este misto inexplicável de fragilidade e força. É um miúdo de sorte. Foi muito desejado e tenho quase a certeza de que vai ser feliz. Há tranquilidade à volta dele, foi naturalizado como se sempre tivesse estado entre os pais, à minha frente. É como se a ideia dele tivesse estado presente desde sempre. Espero que ele goste de música.
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
Frase da semana
«Não se pode salvar o passado, mas pode sempre salvar-se o futuro. É preciso perceber que é possível começar de novo»
Os meus candeeiros ficaram assim
Pecados Íntimos (LIttle Children)
O primeiro grande filme deste ano para mim. Confesso que começava a ficar preocupado, pois pensava que andava a fazer as escolhas erradas. O realizador Todd Feld volta a mostrar como se pode, tão bem, filmar as subtilezas que se escondem por trás dos quotidianos aparentemente tão normais (lembrem-se do intenso «In the bedroom»).
As crianças, filhos dos habitantes do subúrbio, são o ponto de partida e o ponto de encontro dos personagens. Mas ser criança é também o ponto de chegada do filme, pela metáfora das fragilidades interiores de cada um.
O filme chama-se originalmente «Little Children» e os tradutores portugueses têm de começar a perceber que muitas vezes os títulos originais são dados por alguma razão.
(17/20)
sábado, fevereiro 03, 2007
As mulheres são machistas? Algumas sim...
Apesar de ter de respeitar as opiniões alheias porque todos temos direito à nossa opinião, às vezes deparo-me com situações em que não consigo deixar de argumentar em contrário. Assim aconteceu numa conversa de almoço com uma colega a propósito do Referendo ao Aborto. Dizia-me ela:
«Eu não sei se vou votar. Não, não vou mesmo votar porque eu não tenho a certeza do meu voto. Uma mãe é mãe desde o primeiro momento, eu sou mãe e por isso não sei. Estou muito dividida, por isso não voto. Eu, se calhar, até acho que em certas situações as pessoas tem de fazer um aborto, agora de certeza não quero andar - como contribuinte - a pagar os abortos dos outros. É claro que as pessoas vão andar a fazer abortos porque é mais prático assim.
Depois também não concordo nada com essa história de que o aborto é um direito fundamental da mulher e que ela tem direito ao seu corpo. Qual direito? As coisas não são assim. O pai também tem direitos. Se o pai quer ter o filho, a mulher não tem o direito de fazer um aborto. Acho muito mal que a mulher decida sozinha. Acho muito egoísta. Está bem que é o corpo da mulher, mas o pai tem todo o direito de ter o filho».
Quando confrontada com o facto do voto ser um dever fundamental do cidadão ela respondeu:
«Pois, pode ser, mas eu também tenho o direito de não votar. E depois já tanta gente vai votar que não precisam do meu voto para nada. Ter de sair de casa só para ir votar em branco. Eu tenho o direito de como cidadã não ir votar, ou não? Bem, mas com isto tudo que me estão a dizer, já me estão a deixar ficar a sentir mal. Pronto, se o meu marido for votar, eu vou com ele».
Confesso que esta conversa me deixou um bocado angustiado. Custa-me perceber que pessoas da minha idade possam pensar de uma maneira tão redutora e contra si mesmas. Tenho de aceitar, o que não quer dizer que o faça de forma passiva (daí toda a argumentação que tive com ela). E quanto ao voto, ele é de facto a única via que temos de expressar a nossa opinião e de (pelo menos) tentar mudar o estado das coisas.
Quanto ao referendo, sou totalmente a favor do sim. Acho que só se pode ser a favor de todos os abortos ou contra todos os abortos. Eu sou a favor de todos.
Acho extremamente manipulador o argumento de que se está a matar uma vida. E quando se trata de um feto com malformação ou com qualquer doença genética? Não estamos a falar de uma vida também? Ou a higienização da sociedade já justifica a medida? Ou a «caridadezinha» que tanto me irrita também a justifica?
SOU A FAVOR DO SIM!
«Eu não sei se vou votar. Não, não vou mesmo votar porque eu não tenho a certeza do meu voto. Uma mãe é mãe desde o primeiro momento, eu sou mãe e por isso não sei. Estou muito dividida, por isso não voto. Eu, se calhar, até acho que em certas situações as pessoas tem de fazer um aborto, agora de certeza não quero andar - como contribuinte - a pagar os abortos dos outros. É claro que as pessoas vão andar a fazer abortos porque é mais prático assim.
Depois também não concordo nada com essa história de que o aborto é um direito fundamental da mulher e que ela tem direito ao seu corpo. Qual direito? As coisas não são assim. O pai também tem direitos. Se o pai quer ter o filho, a mulher não tem o direito de fazer um aborto. Acho muito mal que a mulher decida sozinha. Acho muito egoísta. Está bem que é o corpo da mulher, mas o pai tem todo o direito de ter o filho».
Quando confrontada com o facto do voto ser um dever fundamental do cidadão ela respondeu:
«Pois, pode ser, mas eu também tenho o direito de não votar. E depois já tanta gente vai votar que não precisam do meu voto para nada. Ter de sair de casa só para ir votar em branco. Eu tenho o direito de como cidadã não ir votar, ou não? Bem, mas com isto tudo que me estão a dizer, já me estão a deixar ficar a sentir mal. Pronto, se o meu marido for votar, eu vou com ele».
Confesso que esta conversa me deixou um bocado angustiado. Custa-me perceber que pessoas da minha idade possam pensar de uma maneira tão redutora e contra si mesmas. Tenho de aceitar, o que não quer dizer que o faça de forma passiva (daí toda a argumentação que tive com ela). E quanto ao voto, ele é de facto a única via que temos de expressar a nossa opinião e de (pelo menos) tentar mudar o estado das coisas.
Quanto ao referendo, sou totalmente a favor do sim. Acho que só se pode ser a favor de todos os abortos ou contra todos os abortos. Eu sou a favor de todos.
Acho extremamente manipulador o argumento de que se está a matar uma vida. E quando se trata de um feto com malformação ou com qualquer doença genética? Não estamos a falar de uma vida também? Ou a higienização da sociedade já justifica a medida? Ou a «caridadezinha» que tanto me irrita também a justifica?
SOU A FAVOR DO SIM!
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
STOMP
Foi bom voltar a ver o STOMP ao fim de 5 anos. O espetáculo não mudou, mas a emoção é a mesma. Acho que a parte humorística está melhor, a percussão é igual a si mesma. E mais uma vez é uma pena ver que os portugueses não têm muita noção de ritmo. Mas foi bom, foi um espetáculo quente e cheio. Gostei de saber que gostaste, gostei de ver o teu ar contente no fim do espetáculo. Gostei de chegar a casa e petiscar do teu requeijão light com pimenta moída na hora. Venha o próximo!
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