quarta-feira, janeiro 30, 2019

Green Book - Um guia para a vida

Este filme é uma dramatização da relação acidental entre o músico Don Shirley e Tony "Lip" Vallelonga, um guarda-costas de ascendência italiana que trabalhava no Copacabana Club. Estamos na época alta do segregação nos EUA e o primeiro contrata o segundo para ser seu motorista e guarda-costas na digressão que vai fazer pelos estados do sul. É uma biopic feito com cuidado e legítimo - de acordo com biógrafos oficiais.

A história é isso mesmo, passada e documentada, mas para nós expectadores creio que é uma lição de vida sobre humanização, sobre estabelecer pontes, sobre fazer do impossível possível quando ousamos pisar em território desconhecido. É uma bonita história de amizade, um triste (mas necessário) testemunho do racismo e uma visão positiva e bem disposta do que um homem pode ser quando se ultrapassa. Gostei muito.


17/20

Um homem já não pode mexer na braguilha?

Tenho uma colega que é, no mínimo, inconveniente. É daquelas pessoas que aparece sempre para se meter na conversa alheia porque está a ouvir tudo ou então a fazer reparos tontos sobre um aspectro físico. Hoje a sair da casa de banho ainda a apertar as braguilha, fui brindado com a pergunta «Então? O que é que se passa aí?» Desnecessário, no mínimo. 

sexta-feira, janeiro 25, 2019

Festival da Canção 2019

Estive a ouvir de manhã as músicas que estão a concurso e achei tudo um bocadinho mais do mesmo. Há uma falta de espetacularidade por parte dos portugueses que me deixa incomodado. Uma enorme falta e esforço para atingir um objectivo. O festival é o cliente, então a pergunta devia ser "que ritmos fariam uma música de qualidade que tem oportunidade de ganhar o festival com as suas condicionantes?". 

No ano do Salvador tivemos muita sorte. A Luísa a fazer o que faz sempre produziu uma coisa bonita, um acto de pop intemporal (português suave adaptado ao século XXI). Este ano há umas quantas música que se destacam na minha opinião e o resto podiam ser encaixotado na categoria "música portuguesa do costume", as vozes do costume e as melodias do costume da música ligeira contemporânea em Portugal. 

Aquelas que me encheram o ouvido foram: A dois (dos Calema), Telemóveis (Conan Osíris), Igual a Ti (NBC) e Pugna (Surma). 

A música dos Calema e do NBC são orelhudas, comerciais, pop regular contemporâneo, do que se vê nas tabelas de vendas. é pelo menos actual e cosmopolita (estrangeiros conseguem relacionar-se com as melodias porque estão habituados a elas). Já o Conan Osíris e a Surma oferecem dois objectos diferentes e intrigantes. São sem dúvida os meus favoritos porque são originais. Contudo, o primeiro faz-me sentir a Portugalidade tal como ela é (não aquela coisa fadista ou de alma que fica bem para nos vender lá fora como tranquilos e/ou deprimidos), mas sim a diversidade, o "melting pot" de culturas que desenbocarm neste canto ocidental da Europa desde os descobrimentos. O Conan Osíris, faz-me sentir Portugal na sua canção e uma nova geração muito metafórica nas palavras, que usa o curriqueiro (telemóveis) para expressar um sentimento não corriqueiro. O Andy Warhol fez também isto no passado, mas com a arte visual. 

Conan Osíris é estranho, mas pelo menos é fresco e original. Ah, e é português. Português contemporâneo e real. Ele é tão 2020. 


quinta-feira, janeiro 24, 2019

Nesta altura é que o muro americano deveria ter sido construído


Maria, Rainha dos Escoceses

Este filme é amargo, é claustrofóbico e não há nada a fazer quanto a um final infeliz. É o problema dos dramas históricos (também já sabíamos que o Titanic ia ao fundo no final). Creio que hoje tendemos a esquecer que em séculos passados a vida das mulheres era ainda mais complicada do que hoje. E em países com monarquias instáveis (por via das legitimidades de parentesco) como era o caso da Inglaterra e da Escócia, o poder era mantido com base na força, na intriga e na conspiração. Maria, foi uma vítima de circusntâncias infelizes e de uma corte dominada por homens, sem nenhuma que fosse seu protetor. Se a isto juntarmos movimentos religiosos da época entre prostestantes e católicos, temos a permanência de uma espada sobre a cabeça desta infeliz Rainha que finalmente acabou por cair. Enquanto Elizabeth foi tida como a Rainha Virgem, Maria foi tida como a Rainha Meretriz, um título que foi injusto. Entre a manipulação e as más decisões, Maria perdeu-se para sempre.

À parte da história e aqui com recurso a alguns artifícios narrativos, o filme procura trazer à tona o que significava ser mulher, e os eventuais sentimentos de fraternidade que poderiam existir entre mulheres na época. Apenas uma rainha solitário pderia compreender outra rainha na mesma situação. Se fosse protestante. Talvez o destino da Rainha dos escoceses pudesse ter sido diferente.  

16/20
 

Glass

O último filme da trilogia de M. Night Shyamalan começada com o protegido não é um mau final e deixa em aberto a possibilidade de poder haver uma sequela. De certa forma sinto que o realizador se tornou numa espécie de "Paulo Coelho do cinema", com histórias sobre superação pessoa, sobre o potencial humano e da vontade humana: A crítica não tem sido estupenda, mas não acho que esteja mal. Vê-se bem e levanta algumas questões engraçadas do ponto de vista existencial.  


14/20

segunda-feira, janeiro 14, 2019

Ou nadas ou afundas

«Ou nadas ou afundas» é uma comédia dramática que tem um título bastante feliz em português. É quase como uma metáfora para a vida. Um grupo de homens de meia idade com problemas diversos encontram o seu momento "divã de psicanálise" num grupo de natação sincronizada masculina. O filme é bastante previsível, mas não deixa por isso de ser um "feelgood movie" e há momentos que surpreendem na apresentação das diferentes camadas dos personagens. Às vezes uma pessoa só precisa de se sentir importante para alguém que importa. 

14/20

quarta-feira, janeiro 09, 2019

Chamem-me popular, mas...

Prefiro ter um Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, do que 100 Presidentes Aníbal Cavaco Silva. O mal dos portugueses é serem (em geral) pessoas pequeninas e cinzentas. Um "certo colorido" não é sinónimo de falta de competência. Politicamente e juridicamnete temos o Presidente mais bem preparado da nossa história. 

O Mistério de Silver Lake

O primeiro filme do ano foi um enorme BLHAC. Detesto filmes em que não fazem absolutamente sentido nenhum (no mau sentido). Alguém quis escrever um filme "neo noir" e falhou redondamente. Dizme que é uma comédia de suspense. O supense ok, aceito que esteja lá. A comédia, nem por sombras. Lembrar-me que vi este filme é daquelas alturas em que o arrependimento atinge. 

8/20

terça-feira, janeiro 08, 2019

Luis Filipe Vieira e Cristina Ferreira

Apesar de ser benfiquista nunca simpatizei com o Luís Filipe Vieira. Graças à curiosidade de ver o primeiro programa da Cristina Ferreira (culpem o hype à volta do assunto), acabei por ver uma grande entrevista (por parte dela) e ainda ter uma imagem bem diferente do Presidente do Benfica. Não há dúvida de que as pessoas são como cebolas e apenas temos a percepção social de algumas. Gostei de o conhecer e se isto continua a assim, todos os dias quando chegar a casa volto para trás com a Box para ver quem foi o grande entrevistado. 

Gosto da Cristina Ferreira (tenho vindo a gostar porque aprecio gente trabalhadora e que fala sem tabus) e gosto bem mais do Luís Filipe Vieira. E é isto. Que me façam gostar de muita gente. :) 




quarta-feira, janeiro 02, 2019

Frases que mais gostei em 2018

- Podia embrulhar milhares de presentes no teu papel de vítima.

- O sexo é como a comida. Todos a podem fazer, mas nem todos a sabem fazer saborosa.