Vou votar no LIVRE. Porquê?
PS e PSD - Partidos cheios de vícios, demasiado constritos pelos favores internos que cada novo líder tem de pagar para se manter como líder.
BE - Partido que me faz lembrar uma casa de pessoas sem alegria, que vestem cores escuras neutras, que não põem sal ou açúcar na comida, que não podem sorrir, que têm de ser inteligentes e sérias em tudo o que dizem e que dormem em colchões de madeira. Tudo em nome da moral.
CDU - É um partido demasiado tradicional, e tão preso ao passado que ainda não percebeu que a Rússia já não é comunista e se transformou numa ditadura de direita.
CDS - Assim uma espécie de PCP, mas de direita conservadora.
PAN - É uma ideia gira, mas uma ideia que não consegue ganhar raízes e tronco.
IL - O partido dos liberais é contra toda e qualquer regulação da economia pelo Estado, sendo que as decisões económicas devem ser tomadas pelos indivíduos e pelas empresas. O mercado regula-se a si mesmo e a sociedade a si mesma. A saúde e a educação são privatizadas e o Estado tem intervenção mínima. Em certos países o liberalismo até poderia funcionar, mas em Portugal, com o fraco grau de integração cívica, com elevado grau de analfabetismo funcional (70%) é receita para o desastre.
CHEGA - É o partido das pessoas mais espertas que já por aqui andaram na política portuguesa. Fazem barulho, criam escândalo, apontam falhas e não fazem trabalho nenhum na Assembleia. O objetivo é capitalizar na raiva que as pessoas sentem contra o sistema, então bora lá fazer as pessoas sentirem mais raiva, para ter um tacho até ao fim dos seus dias. Sensacionalismo puro, para gente burra ou gente zangada ou gente burra e zangada (os mais perigosos).
LIVRE - É um partido universalista, inclusivo, ecológico, progressista e defensor da conciliação. Teve alguns problemas de relações públicas, mas o Rui Tavares apresentou um discurso coerente desde as últimas eleições, e acusou o desgoverno e a injustiça com factos, sem nunca cair no sensacionalismo. Foi talvez demasiado inteligente nas ironias e metáforas do discurso, o que faz com que metade da população portuguesa não perceba.