Num blogue de esquerda 5Dias (eu também me assumo de esquerda) vi um post a falar da única representante portuguesa no FMI, uma tal de Estela Barbot. O post ridiculariza a dita senhora que, diga-se em abono da verdade, é uma grande tiazorra. De qualquer forma, obriguei-me a ouvir a entrevista e, de facto, o que ela diz faz muito sentido. Pode parecer que olha para a sociedade portuguesa de cima para baixo, mas de facto somos uma sociedade com uma mentalidade pequena. É um facto que preferimos mentiras piedosas à verdade, é um facto que não somos uma sociedade com consciência cívica, é uma facto que somos individualistas, é um facto que não existe sentido de Estado, é um facto que passamos os últimos 10 anos a viver acima das nossas possibilidades.
O facto da dita senhora estar a ser ridicularizada (quando até não está a dizer nada de ridículo, apesar de ser tiazorra e comportar-se como tal), faz-me perder a fé num entendimento entre os partidos e leva-me á questão principal: a chico espertice portuguesa. Nós somos todos mais espertos que os outros que não sabem nada, somos melhores que os outros, mas e ideias? E planos concretos de acção? Somos tão bons, tão bons que não sabemos fazer outra coisa para lá de discutir internamente e/ou olhar para o lado. A Suécia e Finlândia era países miseráveis no princípio do século e veja-se onde estão. Nós continuamos miseráveis há demasiado tempo. Mas vamos continuar a criticar o vizinho do lado em vez de trabalhar com ele. Foi assim que os nórdicos sairam do buraco, trabalhando em conjunto.
Eu era o puto gordo e marrão. Fui muito gozado porque era marrão, porque era gordo, o raio que o parta. Trabalhei que me fartei na escola e trabalhei que me fartei depois para chegar onde estou e em forma. A grande maioria dos gajos/gajas cool que gozavam ficou pelo caminho e muitos continuam ocupados a gozar com quem podem (mas agora com barrigas enormes e cus gordos). Nunca irão passar disso, mas serão sempre melhor que os outros. Quem se ri agora? A Finlândia diz que ajudar Portugal é deitar dinheiro fora. Nos anos 40 Portugal mandou dinheiro para a Escandinávia para ajudar esses países tão pobres. Uns aprendem a lição, já outros...
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