A D. Virgínia da cantina é muito bonita. Deve ter uns 50 anos, bonitas maças do rosto, olhos grandes e pestanudos, pelo menos 1.75m de altura. Faz-me lembrar bastante uma versão envelhecida e mal cuidada da Luísa Beirão. Só o cabelo grisalho mal amanhado pintado já lhe revelava o brilho. Pergunto-me como teria sido a vida dela se não tivesse nascido numa família humilde e tivesse tido a oportunidade de ter uma educação. Algo me diz que teria sido uma daquelas pessoas para quem dá gosto olhar. Pelo menos, é uma pessoa com quem dá gosto conviver. E isso acaba por ser o mais importante.
3 comentários:
Por vezes faço a mesma questão.
Como homens de cultura, ambos sabemos que é inegável o contributo da educação para o desenvolvimento de uma pessoa. Mas este contributo é semente, não terreno. A história está cheia de exemplos horripilantes de homens eruditos verdadeiros monstros humanos, e ao nosso lado moram humanos incultos dotados de uma sageza e generosidade de caráter que nos faz abençoar cada passo que damos no seu terreno. Nesse sentido, a questão e a suposição não fazem sentido lógico. Em última análise, não é a educação que dá o real valor a uma pessoa. Será, quanto muito, um valor acrescido quando bem germinado em terreno bom.
Tem piada que aquilo que eu mais penso quando olho para ela é que poderia ter sido modelo. Se ao menos alguém tivesse reparado nela dessa maneira.
Oh... So sweet of you.
Pois na altura... só mesmo para aquela cena que existia da mulher modelo doméstica, perfeitinha, talentosa e serviçal. Mas pronto, houve alguém que reparou nela ontem/hoje, e fez outro alguém falar dela também. I love the universe.
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