A Conga é uma festa de inspiração gay, onde (logicamente) se encontram muitos gays e respectivos amigos e amigas (fag hags). Eu adoro dançar. Por isso vou à Conga, onde ainda passa música com voz, mais ou menos alternativa, por DJs mais ou menos alternativos. Algumas são maravilhosas de boas e outras nem por isso. Mas vou a quase todas porque gosto de me divertir, o que até consigo fazer sozinho se a música estiver boa (sou aquele rapaz de olhos fechados e com um sorriso na cara a dançar como se estivesse muito feliz, o que é verdade). Se tiver acompanhado com amigos que gostem de dançar e com quem tenho confiança. Quem está à volta pode assistir a muita interacção e muito "roce".
Estive a ler um post de um blogger que também esteve na Conga (sim Namorado, és tu. Foi cool poder dar-te um abraço) e fiquei com a mesma sensação que tenho quando gays vão a discotecas ou festas gay. Quando fazem o resumo da noite o tema é sempre o pessoal nos engates, as cenas provocantes, quem desprezou quem, quem beijou quem, a idade de quem estava, o sexo em lugares mais ou menos visíveis, etc.
Eu fui. Vi várias pessoas.Vi fantasmas do passado. Vi gente que não via há muito tempo vi gente que vi na semana passada e fiz o que fui lá fazer. Dançar. Nem vi o espectáculo das Drag Queens porque não acho piada aos espectáculos. Aproveito para beber ou para para ficar na conversa. Depois volto a dançar. Se a música está boa fico até ao fim. Se está má fico até às 3h e vou para casa. A Conga ainda é o único sítio onde consigo dançar com gosto (bom, as festas da Checkpoint também, mas como ninguém dança, acabo por dar nas vistas e vêm sempre pedir-me droga).
Fui ao Lux no dia 19 para ver o Vibe e a música estava tão má que só dava para mexer como se eu tivesse tomado Valium. Vim para casa às 3h. O Construction é a coisa mais azeiteira desta vida. Só me apanham lá em aniversários de pessoas importantes (que têm esse defeito, gostar de pepineira). O Trumps tem piada, mas começou a banalizar um bocado a música e há que ter sorte. As discotecas onde vou com amigas hetero, são para "inglês ver". A noite está um bocado seca. Que saudade dos aos 90. Quem tem a minha idade sabe como era bom. Quem está nos 20s nunca vai saber. Não havia youtube, nem whatsapp e afins. Por isso as pessoas dançavam, não ficavam a a noite agarradas a um telemóvel ou faziam por se divertir (agora não se esforçam muito porque têm sempre o Facebook para se entreterem).
Fui à Conga e sai de lá de corpinho exercitado. Dormi como um anjo. E lembro-me de algumas pessoas a beijarem-se na boca, mas acho tudo normal. O meu irmão também beijava a minha cunhada na rua. E os meus amigos hetero também se beijam nas discotecas. De resto, tirando o facto que uns gajos pastilhados me entornaram uma garrafa de agua fria nas costas a noite esteve sempre de me aquecer o coração.
Venham mais Congas com a mesma música. O Silvestre sai para se divertir.Quem estiver no mesmo espírito, que se junte na próxima. Eu serei fácil de identificar :-p
4 comentários:
É estranho ler este texto, perceber que estivemos no mesmo sítio, e não fazer ideia de quem és! Estranho e ao mesmo tempo bom :)
Fiquei curioso com essa Conga.. =) Também gosto muito de dançar mas não sozinho e a música tem de ser boa. Se tiver esses dois ingredientes é até ao limite :)
Vocês de Lisboa são uns sortudos. Se soubessem a falta de sítios com musica decente para dançar no Porto!!!
Gosto o Lusitano mas tanto tem musica boa como não, é um tiro no escuro.
O Gare tem boa musica mas abre muito tarde.
Ambiente gay e boa música garantida, não há. ..
90's. Always. Já perdi o interesse na noite. Tantas outras actividades boas para fazer...
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