sexta-feira, dezembro 19, 2014

Romance ou estupidez natural?

Quando é só para relação física (vulgo "quecas") o grau de exigência resume-se a querer alguém atraente, com boa energia e simpatia. Já quando o objectivo é buscar alguém para partilhar uma vida inteira (porque eu é logo assim, ou tudo ou nada) tendo a complicar e introduzir uma quantidade de variáveis de proximidade e compatibilidade para garantir (dentro da previsibilidade possível) que essa relação possa ter sucesso que desejo.

Já falei aqui de como levo 19 anos de namoros às costas  (com 5 pessoas diferentes) e desta vez (embora nas sociedades contemporâneas as questões afectivas tendam a ser cada vez mais fragmentadas pela natureza transitória dos consumos) gostaria de ter pelo menos 19 anos com a mesma pessoa. 

O tiro tem estado a sair ao lado porque a variável idade que me parece ser bastante simpática como garantia de compatibilidades está a sair-me mal. A última coisa que me aconteceu foi o interesse efectivo de um rapaz de 24 anos (até agora o mais velho a manifestar interesse tinha 33). 

De qualquer forma, ando estranho com este assunto. Estou numa fase estranhamente romântica, se penso em alguém como possibilidade afectiva, mas a pessoa quer começar pelo sexo para testar as compatibilidades, perco o interesse ou perde ela porque eu estou a começar pela outra ponta. 

De momento apetecia-me simplesmente, estar com alguém que lhe apetecesse estar comigo repetidamente, mesmo sem a promessa de cama e posteriormente sentir que temos uma atracção tão forte que faz sentido ir mais longe.

Estou ou não estou a ser lírico?

Quem sabe daqui a uns tempos baixo a fasquia. Mas agora apetece-me. Só porque sim.

6 comentários:

Pedro disse...

Nem uma coisa nem outra. Eu não levo 19 anos de namoro (tira praí uns 7 ou 8) e nem sempre com a mesma pessoa (coisas que acontecem).
Nestas coisas não há receita certa, acho que tens de seguir o teu coração.
(embora eu goste sempre de provar a fruta antes de a levar para casa...)

silvestre disse...

Não há receitas para dar certo, é verdade. Mas nestes últimos tempos não me apetece levar fruta para casa só porque gostei de a comer (como já aconteceu :-p)

Anónimo disse...

Concordo com esta tua fase Silvestre. acho que uma das razões porque as relações (não todas) são tão breves, tem a ver com isso (posso estar enganado) - começar pela cama. Enquanto dura o encantamento da novidade está tudo bem. Quando a chama começa começa a estabilizar começas a dar mais atenção ao todo e a descobrir que afinal... nem tudo é como a imagem que construiste, e que o que te separa é mais do que o que te aproxima...
abraço
João

Anónimo disse...

onde me candidato?

Renato Miguel Araújo disse...

no que me toca já decidi que só pensarei em investir em alguém que entenda o seguinte:
"quero dormir contigo e quero que o único que se toque seja o nosso hálito."

queo exatamente isso, querer tanto que fisicamente já não aguentamos mais.

silvestre disse...

Parece que afinal não estou sozinho :) yeeeiiii há esperança!