Este filme não foi fácil para mim. Comecei a vê-lo, por duas vezes e abortei. A fragmentação que me parecia difícil de digerir enquanto "liberdade artística vanguardista" é na realidade a viagem pela demência de um homem de 80 e poucos anos. Este homem teve uma vida, filhas e está a ficar incapacitado.
No final, faz-se luz para o expectador. Está muito bem feito e exemplifica a luta de quem está a ficar com uma mente frágil e, ao mesmo tempo, a luta de quem acompanha (neste caso a filha).
É uma viagem emocional pesada. Acho que há bastante tempo não chorava assim no final de um filme. Achei lindo exemplo de conforto final, aquele que nunca deixa de ser o mais bonito dos confortos.
17/20
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