Todos nós temos uma mãe. E há aquelas frase «quem tem uma mãe tem tudo», «o amor de mãe é incondicional». Pessoalmente acho que não é verdade. Acho que há muitas mães que são péssimas e as que simplesmente não amam os filhos. Às vezes um filho é uma coisa que acontece na vida de uma pessoa, seja porque razão for. Não me cabe a mim julgar essas mães e também não quero falar disso, porque analisar o que escrevi até agora dava pano para mangas. O que quero fazer é simplesmente falar de uma mãe que conheço bem... a minha.
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A minha mãe não é apenas minha mãe, é minha amiga. É alguém com quem eu posso discutir uma série de coisas, às vezes difíceis para ela. Já tem 65 anos e é conservadora, mas tem uma coisa incrível, um enorme amor pelos filhos. Este amor faz com ela trasncenda muitas vezes os seus preconceitos e obriga-a muitas vezes a rever a sua escala de valores forjados por uma educação muito rígida. Esta mãe, tem saudades do seu tempo. Mas percebeu que o tempo em que vive é outro e que novas questões se levantaram. Mesmo que não as compreenda, ou que com elas não concorde, ela respeita. E faz tudo para acompanhar, na medida do possível, estes tempos tão estranhos. Porquê? Porque não quer perder o pé. Quer acompanhar os filhos, quer ser capaz de estar ao nosso lado, assim nós precisemos, e ter algo para dizer sempre que tiver de nos ajudar.
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Nem sempre tudo corre às mil maravilhas entre nós, mas a nossa relação não podia ser mais genuína. Não é uma relação que se aguenta com base na formalidade Pais vs. Filhos. A nossa relação é informal, mas é verdadeira. Esta mãe com quem às vezes me chateio e aborreço, sabe tudo sobre mim. E acima de tudo sabemos uma coisa, para lá das brincadeiras, das parvoíces, das chatices e, por vezes, das palavras duras, uma verdade ressalva. Podemos sempre contar um com o outro. Sempre!
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