quinta-feira, janeiro 25, 2018

Roda Gigante

Definitivamente eu e os críticos do Público não estamos nunca em sintonia (ou raramente estamos). O último filme do Woody Allen não me agradou. Podia ser apenas por a história ser feia (no sentido ético do termo) e pelas personagens serem feias e para lá da redenção. Mas ver a Kate Winslet dirigida daquela forma, foi triste. Normalmente existe um personagem por filme que é o Woody Allen. Desta vez são dois. A Kate Winslet e o Justin Timberlake. Não gostei mesmo da direcção artística. Quanto à história, é muito triste. Pessoas mal amadas e quebradas podem provocar danos intensos a quem com elas interage. Há aqui a procura de um caminho que misture o clássico, as grandes tragédias gregas e a tradição de melodrama hollywoodesco, mas falha no produto final. Pareceu-me um grande desperdício de recursos. Gostava mais de ter lido esta história em livro. Até a banda sonora (por vezes) era desadequada à textura emocional da cena. O valor do filme é a história e o que poderia ser, mas a meu ver é pouco.

12/20

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