segunda-feira, março 12, 2018

Eu, Tonya

Este filme é antes de mais um veículo para  as brilhantes interpretações de Margot Robbie e Allison Janney. Está muito bem feito como objecto que pretende levantar hipóteses sobre o que realmente aconteceu durante a vida de Tonya Harding e o seu suposto (ou não) envolvimento com o ataque a Nancy Kerrigan. Existe uma elevada ironia que brinca com as diferentes versões da história que, de uma maneira ou outra, estão presentes ao mesmo tempo no filme. Há também uma espécie de levantamento sociológico sobre uma América pobre e feia que a restante América classe média tenta evitar. O filme de proporções dramáticas resulta bastante cómico, exactamente para manter a qualidade de neutralidade, que mesmo assim confere alguma absolvição a Tonya Harding, de quem a a América continua a querer distância, por não querer ver nela um retrato de si mesma.

16/20

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