terça-feira, outubro 08, 2024

Inversão de papéis

Depois de uma "string" de dias verdadeiramente fantásticos, o Bruno perguntou-me se eu estava apaixonado por ele ou se estava apaixonado pelo que ele me podia entregar dentro de uma relação. 

É lógico que há um enamoramento, e gosto realmente das características que tem, a sua inteligência,  a sua doçura e gentileza, o físico, a cultura que tem e o facto de ser honesto. Mas ele sente-se desconfortável e acha que é a segunda opção. 

Para mim foi um baque terrível. Isto era o que eu sentia pelo meu ex, que ele gostava de mim apenas pelo que eu lhe proporcionava (o que não era falso). Ver-me nesta inversão de papel foi duro, até porque não corresponde à realidade.

Isto deixou-me muito inseguro. Têm sido dois meses muito intensos, primeiro finalizar uma relação por causa de uma traição, depois fazer esse luto e logo de seguida reencontrar alguém que tem o carácter que sempre desejei e deixar essa pessoa entrar.

É natural que ele tenha medo que eu esteja apenas a curar o que se passou com o Beto, que ele seja o "rebound"  (tem mesmo receio de estar a dar-se e eu depois dizer "afinal não era isto sorry"). Mas a questão é que eu o respeito a sério e o acho uma pessoa com imenso valor. 

Temos mesmo de perceber como podemos evoluir daqui, ele tem a sua história e eu tenho a minha. Podemos estar a deitar abaixo uma coisa boa por questões de "pele fina". É muito importante que o medo não nos boicote.

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