Há pessoas que são fantasmas. Tenho essa sensação sempre que vejo alguém que em dada altura da minha vida foi importante para mim, mas com quem houve perda de intimidade, pois a pessoa acabou por se revelar diferente do que eu imaginava. O corpo físico está lá, é a cara da pessoa, mas a pessoa é uma espécie de névoa. Ela existe sem existir. Não se consegue reconhecer a pessoa que um dia existiu. Nada mais há do que um reflexo ou uma memória longínqua daquilo que foi.
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