domingo, junho 01, 2008

Bahok - Akram Khan

Se a dança da Pina Bausch pode ser considerada visceral e decomposta, a de Akram Khan será muscular, cheia e de uma beleza fluida.

E se de repente um determinado lugar no mundo fosse uma Torre de Babel? Nada melhor que um aeroporto para servir de metáfora, um lugar onde ninguém pertence, onde quase toda a gente é estrangeira. E nessa situação? Quem somos? No limite o que transportamos connosco? A importância da nossa origem torna-se mais premente que qualquer outra coisa.

A ideia de um lar, as nossas memórias e o corpo que as transporta é a base desta incrível peça de nome Bahok, que também é filosófica. Muito provavelmente tem o melhor primeiro terço de espetáculo que já vi nos últimos anos. Acaba muito bem. Venha o próximo espetáculo. Não o conhecia, por isso, muito prazer Sr. Akram Khan.

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