Esta notícia assustou-me. O que significa rever a lei do aborto? Eliminá-la tal como foi aprovada permitindo às mulheres uma interrupção voluntária da gravidez em condições seguras e não em vãos de escadas, sabe-se lá às mãos de quem? E o que vem a seguir? A revisão da lei que permite o casamento homossexual? E a seguir? Revisão da lei do divórcio? E a seguir, voltar a meter crucifixos em todas as salas de aula? Como li no blogue da Provocação, sinto-me mesmo a viver no «Portughole»
4 comentários:
“Precisamos de fazer, tal como, de resto, estava previsto, uma avaliação. Estive do lado daqueles que achavam que era preciso legalizar o aborto – não liberalizar -, porque há condições excepcionais que devem ser tidas em conta” – Pedro Passos Coelho
Uma coisa é permitir o aborto em condições que se justifiquem, outra coisa é liberalizar o aborto. É que há raparigas que simplesmente não tomam precauções e depois vão fazer um aborto (ou vários). Tomei conhecimento do caso de uma rapariga que já vai no terceiro.
Quanto a esse filme todo que já estão a fazer do que virá a seguir (qual drama queens) pasme-se com este artigo do jornal i, aquando da eleição de Pedro Passos Coelho como líder do PSD:
http://www.ionline.pt/conteudo/53657-pedro-e-fixe-ou-fracturante
Quando estamos em política, e no caso o PPC tem de piscar o olho à direita, vale um bocado de tudo. É este piscar de olho à direita para os eleitores normais do CDS que me preocupa.
Quanto ao aborto. Acho que foi um passo muito importante. A liberalização do aborto não significa que é "a rodos". Casos vamos sempre conhecer, mas não podemos negar um princípio que em si é bom.
Também conheço pessoas que trabalham em hospitais e que estavam à espera de ver mais abortos do que o que se verifica. De facto, os abortos feitos em lugares pouco próprios transitaram para as unidades de saúde. Era o que eu queria. Deixar de alimentar uma economia subterrânea que também pode arruinar a saúde de muitas mulheres ou mesmo matá-las. Também conheci casos deste. Uma morte, duas mulheres estéreis e uma com problemas uterinos.
As jovens e pessoas pouco previdentes vão continuar a existir, mas as mulheres que tomam uma decisão consciente de não querer ter um filho devem poder decidir sobre o seu corpo e não deixar que outros decidam por si.
Claro que isto dava panos para mangas, e com um drama queen nunca se sabe quanto eheheheh... ;-)
sabes que te digo Silvestre?
estas eleições vão ser como o "Peso Pesado", independentemente de quem ganhar VAMOS PERDER TODOS!
Esta campanha eleitoral está a ser tãããão interessante e tão rica em assuntos que quando não se tem mais nada para dizer (que não tem)...inventa-se assunto.
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