Como não tinha gostado por aí além do último filme de Álmodovar, foi com grande espectativa que fui ver La piel que habito. Pensava que seria algo noir dentro do seu género de sempre, mas não. É um thriller, é negro, mas não tem o humor de Volver. Incomoda. A história é pesada e levanta várias questões interessantes, sobre ética, identidade, amor, limites, sanidade. A realização está estupenda e a direcção de actores segue a linha de qualidade a que já nos habituou. Posso dizer que não gostei de uma personagem porque senti que era um pouco cliché, mas o clima "Hitchcockeano" tudo acaba por perdoar. Soma-se a isso a piscadela de olho ao Frankenstein de Mary Shelley e outras referências da história do cinema e literatura. Porque é difícil de digerir, não tinha percebido que gostei do filme como acabei por gostar. Noir, muito noir...
17/20
1 comentário:
fiquei com o interesse aguçado...
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