Este fim de semana estive numa residência para pessoas descapacitadas mentais onde tomei conhecimento de um homem com um deficiência profunda mas tem sexualidade desenvolvida e é gay. Só manifesta atracção sexual por homens, sendo que não tem um nível de compreensão que lhe permita conceptualizar o que é a sexualidade ou a atração sexual. Ele é instintivo, e manifesta-se para com os do seu género apenas. Fiquei a pensar se não seria uma prova mais certeira de que a homossexualidade é uma orientação determinada geneticamente por oposição a quem pensa que é um corportamennto adquirido socialmente. Não deixa de ser interessante.
6 comentários:
Sim, é interessante.
Mas também é interessante observar que o argumento biológico abre uma perigosa porta para ditaduras de limpeza genética.
Felizmente - para todos - a tendência, porque objetiva, da comunidade científica, sobre a qual estão, cada vez mais, fundamentados os pilares das civilizações modernas e modernizadas é a de, assertivamente, aceitar o indíviduo humano como uma mescla damasiado complexa fruto de demasiados fatores internos e externos, cuja combinação é demasiado original e única para ser catalogada e usada por ideologias agregadoras e/ou discriminatórias.
A questão da sexualidade (porque em genética sou entendido e é ramo que estudei ao nível superior) é melhor entendida através de estudos de gémeos monozigóticos (eu namoro com um, por exemplo, e o seu irmão é hetero.)
Não penso ser cientificamente prudente definir a sexualidade e o 'intinto' sexual como apenas 'instintivo'.
É um assunto deveras interessante.
Realmente existem muitos estudos que apontam que a orientação sexual é de facto uma característica genética, mas a comunidade científica ainda não chegou a consenso.
Eu acredito nesta tese, mas devo dizer que agora com o comentário do Alex fiquei confuso.
Não sou especialista como o Alex, se calhar estou a ser simplista, mas sempre achei que a homossexualidade era genética.
eu continuo a pensar que existem ambos os casos. existem os casos em que já nasce com as pessoas, nesses casos nota-se cedo, até pelas brincadeiras de criança.
mas também acho que existem casos em que nunca se manifesta, nunca se percebe até que, por algum motivo, acaba-se por experimentar, seja aos 20 ou aos 30 anos ou a que idade for, e nessa altura se percebe que se gosta, nesse aspecto acho que também é um gosto normal, como gostar de morangos ou de chocolate, como um prato que pensou-se nunca gostar até se experimentar.
se fosse unicamente biológico, como se podia explicar casos de gémeos totalmente idênticos até nível biológico e só um dos 2 ser gay?
Li agora o comentário do Alex e ele até dá o mesmo exemplo que eu sempre dei neste tema. O caso dos gémeos.
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