quinta-feira, abril 21, 2022

Hoje estive a assistir a um webinar sobre conciliação

O webinar de título "Conciliar trabalho, família e vida pessoal" teve a intervenção da Presidente cá do burgo. Fez uma intervenção bastante interessante, focando o facto de hoje a administração pública ter de ser gerida como uma empresa privada, uma vez que com a mobilidade os funcionários andam em constante movimento procurando algo melhor (aqueles que querem trabalhar a sério e num ambiente saudável, diria eu).

Curioso foi que a minha própria Presidente pensa que no nosso burgo estão a ser dadas condições para isso. De facto, trabalho num sítio com muita abertura para conciliação de vida pessoal. Mas penso que tanta informalidade prejudicou a qualidade do trabalho. Falta profissionalismo aqui e, no que me toca, não tenho espaço para poder mudar a cultura organizacional.  

A frase feita que mais oiço é "nada é perfeito" e como as coisas não são perfeitas, os amigos acham que eu deveria assentar aqui porque faço muito pouco e é tudo "na boa". Ao fim de quase 3 meses sinto-me infeliz. Não sinto que esteja a aprender nada e não estou a dar nada de mim ao organismo. Antes deste organismo, tinha uma direção perfeitamente burra (sem a menor noção do que o organismo representava) e tinha um diretor que vendo que eu rendia puxava bastante por mim. Não me sentia próximo das pessoas (como aqui também não sinto) apesar de achar todas fixes. No outro trabalho em política, achava a "chefona" maravilhosa, trabalhava com pessoas extraordinárias em nível de competência profissional, senti que cresci imenso, mas não tinha tempo para nada (trabalhava fins de semana e feriados quase sempre). 

Nestes 2 anos e  tive 3 locais de emprego e estou disponível para experimentar um outro. Quero ter a sensação de que pertenço, que ali é o meu local, de que estou a fazer um bom trabalho e não estou estagnado. E vou mudar até encontrar. Se não encontrar sei que não morri na casca.




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