Ao fim de 3 meses no novo trabalho verifico que também não é sítio para eu estar e ser feliz. Em teoria tinha tudo para correr bem. A hipótese de trabalhar em direitos humanos pareceu quase milagrosa, mas a verdade é que depois temos de lidar com pessoas. E vá eu dando voltas na função pública, os problemas acabam por ser muito semelhantes, más lideranças, comunicação deficiente, pequenos poderes, etc., etc.
A maioria das pessoas fica o resto da sua vida agarrada ao seu local de trabalho, porque é cómodo ou por medo ou descrença desconhecido. para mim o desconhecido é isso mesmo 'por conhecer' e se aquilo que eu conheço é fraco e não respeito, tenho de continuar a acreditar que o desconhecido tem algo de bom escondido.
É possível que não esteja enganado, ou que sim. Perante uma nova oferta de trabalho esta dúvida persegue-me, o meu CV terá 2 sítios onde fiquei 4 meses e isso é mau. Para quem me quer empregar, fica sem confiança. Porque nas entrevistas parte-se sempre do princípio que os problemas estão com os trabalhadores e não com a instituição empregadora.
Não faço puto ideia do que fazer. Posso aguentar neste marasmo onde não me dão nada (ou dão tarefas desqualificadas) para fazer ou partir. Mas também como estou em mobilidade só seria até final de Setembro.
4 comentários:
Lidar com pessoas... Sem dúvida uma tarefa inglória...
uff...mesmo
Ai Silvestre, só temos mais que ser mulheres, não no corpo mas na alma...levar uns bolinhos, umas tartes, umas quiches...e partilhar com os colegas...quanto aos superiores, só temos de tratá-los como uns reis...era como faziam os antigos conselheiros da nossa monarquia...dar-lhes divertimentos (mulheres, vícios, e muita conversa para se entreterem) e sorrir muito para não nos importunar. Não é ao acaso que o nosso filósofo de craveira, José Gil (Portugal Medo de existir, 2004), refere que os portugueses são os "chineses do ocidente". A China, uma civilização super estratificada socialmente, baseia-se muito no guanxi (confiança) - uma espécie de amizade de compadrio (pode ser pejorativo, mas não é, é como cimento de uma coesão relacional) - e em códigos muito específicos (comportamentos desejáveis, e comportamentos puníveis)...não é muito diferente do nosso Reino ahah...só temos que despertar a mulher (mãezinha santa) que há em nós... Ass.: Talos de Minete
Anda murcha a mulher em mim. Tenho de ver se a rego.
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