terça-feira, janeiro 23, 2024

Ironias

 


É uma ironia que um dos herdeiros do pensamento de Hitler seja Benjamin Netanyahu. Gostava apenas que a lei da retribuição cósmica fosse verdadeira para o ver pagar pela miséria de um golpe falhado. Não acredito por um segundo que os terceiros melhores serviços secretos do mundo não soubessem o que se passava (ataque Hamas), ainda para mais quando foram avisados com antecedência pelos melhores serviços secretos do mundo (EUA), através do Egipto. Também é muito curioso que a fronteira sempre muito bem guardada por soldados estivesse "miraculosamente" sem nenhuma linha de comando por perto. 

Estando este senhor a ser muito contestado no seu país, um ato heroico de resgate de reféns e uma guerra bem sucedida contra o 'inimigo' seria um brutal golpe de relações públicas a seu favor. Não obstante, o peso do ódio e do desprezo rácico falou mais alto. A desproporção da resposta horrorizou até uma grande camada da população israelita, que agora se vê impedida de expressar o que pensa sob pena de prisão, como em qualquer boa ditadura. 

Há muitos anos atrás Israel teve um grande líder chamado Yitzhak Rabin que tentou uma solução humana para todos, alguém que admiro muito, assim como todos os israelitas que se opõem a esta carnificina e que gostariam de ver o conflito resolvido de forma duradoura e igualitária. Pelo contrário, Benjamin Netanyahu sugeriu esta semana que a Autoridade Palestiniana fosse desativada e que na Palestina existisse apenas um Estado - o de Israel. Os palestinianos seriam colocados numa ilha artificial no mediterrâneo. Não sei até que ponto pode ir a insanidade, a maldade e a falta de noção. 

Embora eu não seja um admirador da cultura muçulmana, sou obrigado a ter o mais profundo pesar e respeito pelos palestinianos e pelo senhor Netanyahu e por todos que o apoiam (interna e externamente) não posso deixar de sentir um profundo nojo. 

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