Acabei de ver esta série sobre um dos mais célebres assassinos em série americanos. A primeira questão que me assola é o porquê de existirem tantos assassinos em série nos EUA. Acho que seria interessante fazer um estudo sobre isto, sobre os elementos que eventualmente alimentam estes comportamentos e violência. A série está muito bem feita a explorar os aspetos familiares por um lado, o dilema moral da família relativamente ao assassino, entre os afetos e a procura da responsabilidade material/emocional pela personalidade do assassino. Por outro lado, é chocante o corporativismo da polícia e o racismo latente (e ativo) nos EUA. O pouco valor das pessoas não brancas para os brancos. O final da série também antevê que nada mudou ao longo destes anos para lá de uma modernização da cidade. Não são ainda reconhecidas as vítimas que a cidade tentou votar ao esquecimento e que, apenas com esta série, ganharam para sempre uma cara e um valor humano. Foi a justiça possível.
Havendo factos que estão encenados para melhor encadeamento da narrativa, a série toca em todo aquilo que é importante e é um importante documento para reflexão.
Sem comentários:
Enviar um comentário