sexta-feira, maio 17, 2024

Big Brother

A semana passada abandonei o acompanhamento do Big Brother. Na realidade aquilo espelha bastante do que é atitude dos 20-35 perante a vida. Esta geração de portugueses não me deixa nada satisfeito. Faz-me sentir um desistente. Tenho zero esperança neles para edificar um país melhor. Os valores que têm são (em termos genéricos) assustadores. Para não falarmos do facto de serem pessoas iludidas (provavelmente pela incapacidade de digerir o excesso de informação a que têm acesso, por um lado, e os estímulos da sociedade de consumo fácil, pr outro). A anomia social está instalada.

A famosa e infame Catarina Miranda (pica-miolos por excelência) era alguém que tinha visão e inteligência e fazia um jogo deliberado, mas também ela cedeu à pressão, à incapacidade de tolerar sofrimento, à frustração de não ter o que espera quando o espera. O facto de ela ter "crashado" fez-me perder o encanto que poderia restar. 

Soube ontem que foi expulsa exatamente porque teve uma ação irrefletida derivada da pressão que não conseguiu aguentar, e semelhante à que tentava infligir. O mais curioso é que a pressão sobre ela infligida, nunca foi intencional. Ela estava preparada para a "maldade" do jogo não para sentimentos reais que alguém que ela simpatizes possa nutrir contra (ou mesmo a favor dela). Mais uma miúda que capitulou. São todos iguais, e nenhum deles é grande coisa no quadro maior da vida. Boa sorte a todos, mas suas pequenas esferas e que sejam felizes, que é o que todos andamos cá a tentar fazer.

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