Jamais esquecerei o dia com um dos embates emocionais mais violentos da minha vida. De tal forma que ainda sigo dormente, até tenho dificuldades em sentir o que for. As estruturas estão todas a ser abanadas, é momento de instabilidade, não obstante, sinto que assim que sair deles, vai ser claro que o destino não está contra mim, antes pelo contrário. As dificuldades fortalecem e estas todas que têm acontecido precisavam acontecer para que eu me movesse. Os touros quase sempre são assim, passam anos na mesma rotina e não analisam a rotina. É um hábito uma coisa que já está ali e sempre esteve, desde não se sabe quando.
Nunca deixei de sobreviver a nada. Fui sempre demasiado emocional e quis ser sempre um "menino bom", mas apesar disso voltei sempre. O B a dada altura disse-me que a raiva não era má e eu que eu não devia importar-me de expressar a minha raiva e ser mau se tiver de ser. Não sei se alguma vez conseguirei ser mau, mas poderei a libertar a força.
Eu sinto sinceramente que nada acontece por acaso e tudo isto, vai descascar o que é desnecessário, em especial a intransigência que me caracteriza tantas vezes. A teimosia/inflexibilidade nada mais é que uma forma de imobilidade. Vai iniciar-se uma enorme fase de aprendizagem para mim, novas terapias e novos enfoques, e que bom que a aprendizagem é constante ao longo da vida (tenha ela os anos que tiver). Sempre tive medo da minha força e do que ela podia fazer. Não mais. Vem-me à cabeça partes da letra de uma canção.
Tenho medo destes muros
Pensamentos crus e duros
Sempre prontos a julgar
E eu já nem sei rir direito
Toda a graça é um parapeito
Calma, foi em paz que vim.
Sem comentários:
Enviar um comentário