Há pessoas que quando não foram amadas em criança e têm esse vazio desocupado, mas tapado pelo acontecer da vida, quando amam muito, esperam (como uma criança essa que persiste) a reposição desse amor que tanto mereciam, de alguém que finalmente as vê e às suas necessidades. Mas o que o outro vê é um adulto (homem ou mulher) e que não vai amar a criança, mas sim o adulto que tem diante de si, com as particularidades do amor adulto, que nem sempre é maduro, mas é adulto. Esse amor vem para ser igual entre os dois e por sorte, pode preencher parte do vazio existencial da criança que nunca foi amada. Mas é outra época, outra pessoa, outro amor, e não obstante esse adulto receptor (como uma criança), fica frustrado quando esse amor não vem exatamente como ele quer e precisa, porque as crianças gostam de ser adivinhadas nas suas necessidades. Se não são adivinhadas, porque não têm a capacidade de explicar o que realmente sentem fazem "birras" exigindo esse amor que para elas é tão claro e que os outros não vêem. Isso complica muito a orientação da pessoa que quer oferecer amor porque umas vezes está a amar o adulto (homem ou mulher) e outras vezes a criança. É confuso, e nunca sabe bem o que está a fazer. Podendo errar milhentas. A coerência é impossível nestas condições porque o objeto do sei amor é rotativo em si.
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