quarta-feira, novembro 06, 2024

Trauma

Ando com muita raiva ao IG. Eu sei que uso esta App com um intuito totalmente voyeurístico, mas últimos anos os gays usam o IG como Grindr. A culpa não é da aplicação, mas sim de quem a usa dessa forma. Isso faz com que os contactos sejam dúbios e pouco honestos em grande parte das vezes. Gostam das nossas fotos ou querem saltar para dentro da nossa cama? Ao menos o Grindr é para o que é - é uma aplicação honesta e não mente para o que vem. 

A minha última relação foi abalada pela relação pouco saudável que o meu ex tinha com o IG. Agora numa nova relação, parece que não consigo pensar em outra coisa, sendo que as pessoas são diferentes, experiências diferentes. Enfim. Acho que é mesmo trauma. 

quinta-feira, outubro 31, 2024

Constrói-se

Sim, já existe amor.

quarta-feira, outubro 30, 2024

Para memória futura

Estar muito atento aos "Red Flags". A propósito da conversa inundação. Foram vários os "red flags". A questão da empatia. A questão do ficar à porta. A questão de não trabalhar em equipa e ser-se individual.

terça-feira, outubro 29, 2024

Adoro a coreografia do vídeo



You go your way - Perrie

sexta-feira, outubro 25, 2024

Um par improvável, mas correu mesmo bem



I think about it all the time - Charli XCX ft Bon Iver

De novo com aparelho nos dentes

Como ao fim de uma semana os dentes do maxilar inferiores começaram a abrir espaços, eis-me de novo com aparelho nos dentes e desta feita por conta do dentista. Serão mais 6 a 7 meses. Se antes pensava, será que tiro antes dos 50? Agora penso, será que tiro antes dos 51?

E se de repente...

Conhecemos aquela pessoa em que tudo nela grita "red flag" já que a sua energia nos deixa um efeito de desconforto enorme. Não é a primeira vez que isto me acontece, alguém de quem estou muito próximo ser, por sua vez, próximo de uma pessoa muito tóxica e dominadora. Espero que desta vez com melhores resultados. 

quarta-feira, outubro 23, 2024

O casal perfeito

Quem é fã da Nicole Kidman e quem adorou 'Little Big Lies' vai andar louco, como eu, para ver esta minissérie. O problema vai ocorrer quando descobrir, como eu, que a montanha pariu um rato. Tinha tudo para ser excelente e é apenas um "meh". 

O pior é esse final que é um anticlimax e se resolve cedo demais. Não digo mais nada para não fazer spoilers, mas claro que envolve um crime. E é tudo. 

12/20

Whitney Houston: I wanna dance with somebody

Estava muito curioso com esta dramatização da vida da Whitney depois de ter visto o documentário. O filme faz a revista de alguns dos moimentos mais icónicos, mas acho que acabou por falhar bastante por não ter passado pelo que foi o calvário pessoal com as drogas (em que, curiosamente, foi iniciada pelo irmão e não pelo marido como se pensa). A Whitney era uma rapariga de um bairro mau. Era uma "sister from the hood" e isso determinou muito da sua educação e do seu carácter. Claro que era linda e nós sempre a vimos quase como um anjo. Mas havia muita textura por trás da voz e imagem imaculadas.

Uma das melhores vocalistas de sempre e uma pessoa com tantos matizes merecia mais do que um filme raso onde a principal preocupação foi mimetizá-la (e isso foi bem conseguido). Mas acrescenta muito pouco, talvez até diminua a curiosidade sobre a personagem. Vi tudo até ao fim, porque gostava dela.

11/20
 

Tesão

O que me dá tesão é a intimidade, a partilha; sentir-me emocionalmente próximo de alguém. Isto é um conceito difícil de entender para muita gente e em especial difícil de conceber para um homossexual que é ativo. Mas é o que é.  Só tenho de ser fiel a mim. Ponto. 

23 de outubro

Esta data é-me brutalmente familiar e não faço a menor ideia porquê. O meu cérebro trancou aqui qualquer coisa.   

O que está dentro

O último grande sucesso da Netflix tinha tudo para dar certo enquanto grande filme, mas para mim não passa de um thriller psicológico para a geração Tik Tok. As ideias estão lá, os visuais, as personagens tipo; mas a densidade dramática, o argumento à prova de bala, as atuações, deixam a desejar. É um filme para o nosso zeitgeist. Já a qualidade... nem para o nosso nem para outro.

12/20

PhD

E chegou o momento em que decido se quero mesmo avançar com isto ou não. Creio que estou no lugar certo. Mas será que é suficiente o pós-laboral para fazer este trabalho sem deixar de ter uma vida? Ando aqui a pensar nisto com carinho, mas com algum receio também.

terça-feira, outubro 15, 2024

É bom

Quando as pessoas ficam genuinamente felizes por nós. Há, contudo, muitos "velhos do restelo" e contra isso há apenas que acreditar e continuar a lavrar a epopeia que é a nossa vida. Com passo seguro, com fé, com capacidade reflexiva. 

Joker: Folie à deux

Não posso dizer que o filme foi uma desilusão porque eu já sabia ao que ia, mas este Joker serviu apenas como um anticlimax do anterior. A presença da Lady Gaga não se constitui como um valor acrescentado, acho que bem pelo contrário. Não sei bem o que pretendia o realizador. É chato ver um filme que não se percebe bem o propósito, o que acrescenta à trama. Creio que diminuiu o personagem. Não consigo perceber bem. Estou confuso. O filme é quase um musical e quase um filme de tribunal e quase alguma coisa. Nunca é realmente nada de jeito.

11/20

Estive na Madeira

Este fim de semana fui à Madeira. Fui cumprir uma das viagens que já estava comprada desde o namoro último e foi estupendo. Fiquei em casa de um amigo que fiz através do Beto. Nestes 3 dias estive com 5 pessoas de quem gosto muito. Estas pessoas são agora para mim a Madeira. E é tão bom que assim seja. Estive lá sem sentir a falta de mais nada do passado. É um lugar onde me sinto muito bem e onde tenho referências: pessoas de boa índole, com mundo interior. Os momentos que passei sozinho, passei bem. Fui ao cinema, passeei pelos paredões a cantar com os auriculares nos ouvidos, passeei pelas ruas. A minha bolha de amor esteve viva ali e Lisboa esperava-me com encanto também. 

quinta-feira, outubro 10, 2024

Overthinking

Pensar demasiado nas coisas faz mal. Quando deixamos o nosso cérebro em roda viva conduzido pelas nossas emoções é uma caca (para não dizer merda). Acho que às vezes é melhor mesmo sentir o que vai no corpo. Escutar a intuição mais primordial. Acho que algumas das minhas melhores escolhas foram intuitivas e não racionais. Ando a ser racional há demasiado tempo ou a "patinar na maionese" porque o cérebro tenta arranjar justificações para o que intuitivamente parece errado. Acho mesmo que as primeiras impressões são fidedignas. O que diz o corpo? O que diz o espaço dentro do peito? Acho que é melhor escutar estas impressões. Simplificar. 

A vida

 A vida imita a arte.

Air fryer finalmente

Comprei a minha primeira air fryer e ontem tive um cozinheiro lá em casa a fazer um 'crispy chicken' fit delicioso e eu fiz uma abóbora assada para acompanhar. Estou feliz como uma perdiz (é só porque rima, até porque não sei se as perdizes são felizes). Queria ter uma air fryer há muito tempo e como o cozinheiro tinha acabado de comprar uma nova na Amazon, resolvi passar na Rádio Popular e adquirir uma para mim. Com uma sorte dos diabos estava uma das grandes com 50% de desconto (e eu que eu adoro uma boa pechincha). A minha alimentação vai ser menos triste agora, porque basicamente eu comia coisas cruas e coisas cozidas. O assado/frito entra na minha vida de novo e sem gorduras.

quarta-feira, outubro 09, 2024

A história de "o que é para nós será nosso"

Ok. Compreendo o princípio. O que é nosso vai ser sempre nosso e o que não é nosso não vai estar sequer perto, mas a ideia de que o universo nos dá o que precisamos é uma coisa e não fazer nada para isso é outra. É como a célebre frase "Deus ajuda". Sim, Deus ajuda, mas se formos proactivos. A quem fica simplesmente à espera que algo aconteça, não me parece que nem Deus ou o universo ajudem.

A esta altura do campeonato sou também forçado a dizer que para tudo é preciso uma grande sorte. Estar no sítio certo à hora certa. Seja para encontrar um trabalho, um parceiro, um amigo... Sorte. É tudo uma roleta. A vida é esta enorme aleatoriedade, mas para usufruir dessa sorte, ou para que essa sorte aconteça, temos de ir a jogo. Sempre.

terça-feira, outubro 08, 2024

Caju - Liniker


Caju - Liniker


"Será que você sabe que no fundo eu tenho mеdo
De correr sozinha e nunca alcançar?

Eu mе encho de esperança de algo novo que aconteça
Quem despetala a rosa estará lá pro que aconteça?
Nos dias sou carente, completa, suficiente
Quero o amor correspondente pra testemunhar.

Quando eu alçar o voo mais bonito da minha vida
Quem me chamará de amor, de gostosa, de querida?
Que vai me esperar em casa? Polir a joia rara?
Ser o pseudofruto, a pele do caju?"

Inversão de papéis

Depois de uma "string" de dias verdadeiramente fantásticos, o Bruno perguntou-me se eu estava apaixonado por ele ou se estava apaixonado pelo que ele me podia entregar dentro de uma relação. 

É lógico que há um enamoramento, e gosto realmente das características que tem, a sua inteligência,  a sua doçura e gentileza, o físico, a cultura que tem e o facto de ser honesto. Mas ele sente-se desconfortável e acha que é a segunda opção. 

Para mim foi um baque terrível. Isto era o que eu sentia pelo meu ex, que ele gostava de mim apenas pelo que eu lhe proporcionava (o que não era falso). Ver-me nesta inversão de papel foi duro, até porque não corresponde à realidade.

Isto deixou-me muito inseguro. Têm sido dois meses muito intensos, primeiro finalizar uma relação por causa de uma traição, depois fazer esse luto e logo de seguida reencontrar alguém que tem o carácter que sempre desejei e deixar essa pessoa entrar.

É natural que ele tenha medo que eu esteja apenas a curar o que se passou com o Beto, que ele seja o "rebound"  (tem mesmo receio de estar a dar-se e eu depois dizer "afinal não era isto, sorry"). Mas a questão é que eu o respeito a sério e o acho uma pessoa com imenso valor. 

Temos mesmo de perceber como podemos evoluir daqui, ele tem a sua história e eu tenho a minha. Podemos estar a deitar abaixo uma coisa boa por questões de "pele fina". É muito importante que o medo não nos boicote.

Acho vou ser uma espécie de Carrie Bradshaw cinquentona

Não é bem o que eu tinha planeado para a minha vida, mas parece que eu vou transformar-me numa Carrie cinquentona a escrever sobre a minha relação com pessoas do sexo masculino e sobre a minha experiência afetiva com as mesmas. Estou meio a zeros depois de 30 anos de enamoramentos e relacionamentos. A aleatoriedade é enorme. 

Serão as relações e os conhecimentos uma roleta russa ou sou eu que energeticamente atraio tudo o que é difícil ou sou eu que tenho a incapacidade de decidir com quem me relacionar afetivamente?

Esta coisa de não desistir de encontrar a pessoa com quem partilhar a vida é uma cruz. Isto de continuar a acreditar no amor não importa os tombos é uma maldição. Mas a resposta continua a ser afirmativa para estas duas coisas, porque quando deixar de ser é sinal de que uma parte de mim ficou desativada, morta, estéril e não estou disposto a perdê-la.

quarta-feira, outubro 02, 2024

Uma coisa nova que aprendi

Pode dormir-se de conchinha, mas também de mochilinha. Quando um é mais pequeno que o outro e fica a ser a "big spoon" é uma mochilinha. 

terça-feira, outubro 01, 2024

Ainda bem


Ainda bem - Marisa Monte

"Tudo se transformou
Agora você chegou
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar assim..."

segunda-feira, setembro 30, 2024

Bam Bam

Así es la vida, sí
Yeah, that's just life, baby
Yeah, love came around and it knocked me down
But I'm back on my feet
Así es la vida, sí
Yeah, that's just life, baby
I was barely standin', but now I'm dancin'
He's all over me (goza)

Bidi-bam-bam-bam-bam, bam-bam
Bidi-bam-bam-bam-bam, bam-bam
Bidi-bam-bam-bam-bam, bam-bam
Bidi-bam-bam-bam-bam (así es la vida).

Porto

Fui este fim de semana ao Porto e ainda bem. Serralves estava em festa e eu não ia lá há muito tempo. Estive com uma das minhas pessoas favoritas (quem me dera morar na mesma cidade desse meu amigo), conheci pessoas novas. Andei comigo a passear aquelas ruas e que bem me soube. Quando voltei, tive uma enorme vontade de fazer uma paragem na casa de alguém especial que me recebeu de braços abertos e ainda me preparou um jantarinho mega rápido, enquanto eu tomava um duche. Que fim de semana tão feliz.  

Tenho vontade de uma coisa real

A minha última relação obrigou-me a perceber que eu tenho um padrão de homem com quem me relaciono e que esse padrão não é indicado para mim. Eu sou (felizmente e infelizmente)  um romântico, tento sempre ver tudo pela melhor luz, mas a melhor luz pode ser apenas algo momentâneo que se agarra à minha memória como uma representação do real, quando não o é.

Tenho por hábito ter relações que são projetos: o projeto de salvar o outro de uma vida agreste em que não é compreendido ou amado ou valorizado e sou eu que vou compensar tudo isso para ele ser a pessoa maravilhosa que apenas eu sei que ele é. Mas se calhar, tenho de ser forçado a encarar que apenas eu sei disso porque me iludo com o potencial de alguém, alguém que toda a gente percebe ser outra coisa do que eu estou a ver. 

Ninguém se deve apaixonar pelo que pode ser, mas sim pelo que é. E eu a querer sempre reabilitar o que é menos bom concentro-me no potencial e fico com isso como realidade, que mais tarde rebenta na minha cara. 

Vai daí que agora e também devido ao trabalho feito com a psicóloga, tenho as coisas trabalhadas de modo a ser diferente e isso é bom. Pelo menos fui capaz de abandonar uma má situação ao primeiro sinal incontornável de desrespeito. E não abdico agora e no futuro de ser tratado com reciprocidade. Por isso, a atenção ao que realmente é está aqui e reforçada. Tenho mesmo vontade de uma coisa real/verdadeira e isso está nas minhas mãos. Deixar que, pelo menos, a minha perceção seja eficiente, que é a única coisa que eu controlo. 

Grécia

As minha férias em Creta foram dos melhores momentos que já passei. O que se partilhou lá (não só com os amigos que foram comigo, mas com os amigos gregos que tão pouco vejo) foi belo e extraordinário. eu estava a precisar daquelas conversas. Se alguma vez fiz um reset direto foi desta vez. As praias, as águas, a natureza, o sol foram de uma beleza indiscritível. Foi mesmo um descanso bom, e neste processo também fiz uma reflexão sobre o que foi a minha vida no último ano e sobre o que almejo para o meu futuro.

Vim tão cheio de paz, tão tranquilo, e chegando cá a paz manteve-se. E esta vibração foi aquilo de que eu precisava para me abrir à ideia de uma aproximação ao Bruno que manifestou a intenção de um conhecimento mais estreito entre nós. 

sexta-feira, setembro 13, 2024

O Bruno

O Bruno foi um rapaz com que me envolvi antes do Beto, mega corpo, muito giro, adora livros (lê um por semana). As coisas ficaram muito esquisitas entre nós depois de eu começar a namorar o meu ex. Mas há duas semanas, por causa de um post sobre um poema lindo, voltamos a falar. Ele explicou-me as razões pelas quais ficamos num "clima estranho". Eu compreendi e aceitei, falei também do porquê de ter ficado magoado com isso, ele compreendeu e aceitou. 

De alguma forma ele percebeu que eu não estou bem e tem sido gentil comigo. Trabalhamos no prédio ao lado um do outro, estamos no mesmo ginásio, mas não nos vemos com regularidade por causa dos nossos horários.  

Eu disse que tinha adorado umas calças que ele tinha vestido na sua última viagem de férias na Sicília e ele trouxe-me hoje num saco, não só essas calças, mas mais uma quantidade de camisas que acho que eu poderia gostar com uma vibe praia. Isto para eu levar para a Grécia amanhã. Fiquei comovido. Foi um ato de bondade gratuito. E sensibilizou-me a consideração que no último ano acabei por ter em tão pouca quantidade.

Vêm aí as férias

Creta será o destino do meu maior período de férias deste ano. Não é nada do que eu tinha imaginado que seria, mas tudo bem. Vou tentar sacar o máximo de tudo e recondicionar o período para um tempo de procurar conexões, mas agora comigo mesmo. É também uma conexão e provavelmente a mais importante. 

quinta-feira, setembro 12, 2024

Consciência

Tenho uma consciência muito mais apurada das minhas fronteiras e do que considero uma transgressão. 

Next...

A sensação que tenho é a de que estou sentado no chão de uma sala com 11 portas e eu não sei para qual me dirigir. Estou inteiro, sei quem sou, sei o que quero e o que pretendo encontrar, mas estou completamente "sem pistas". Então aproveito para me deixar ficar. Descansar o corpo e as pernas, sentado no chão. Não faço mesmo ideia sobre o caminho a tomar. 

Sei que estou cansado de me meter por caminhos que acabam sempre efémeros (uns mais fugazes que outros). O vislumbre de um novo investimento a ter de ser feito deixa-me ali entre o cauteloso e o preguiçoso. De momento só me apetece descansar e ficar em solo sagrado. Terreno protegido do bem e do mal, neutro. Onde não há alegria, mas também não há tristeza.  É a minha câmara hiperbárica. É o preâmbulo de um novo final que há-de acontecer. É uma sensação de "nada" que é boa, mas é uma sensação de estar perdido ou fora do fluxo real das coisas. 

Não faço ideia de qual deverá ser o próximo passo.  
Não sei quando me volto a mexer.

Sim, é verdade

As pessoas boas podem cometer atos de incrível crueldade.

segunda-feira, setembro 09, 2024

Cheio de amor

Este fim de semana estive na Madeira, vinha armado com toda a minha mágoa para buscar algumas coisas minhas e para colocar um ponto final na minha história com o Beto. O que se passou foi todo o oposto e ainda bem. O Beto procurou um psicólogo e em um mês eu vi uma diferença enorme nele. E foi capaz de colocar por palavras o que antes nunca tinha sido capaz de fazer.

O Beto ama-me muito e sempre amou, mas não tem as ferramentas para estar numa relação. Tem primeiro de resolver problemas muito importantes e estruturais na sua vida, problemas estes que inviabilizam a sua permanência numa relação com estabilidade emocional e sem ativar traumas do passado.

Assim, saio deste fim de semana muito aliviado. Foi muito ao contrário do que esperava. Acabou a mágoa, só a pessoa que nos inflige a dor é que a pode retirar e ele fez isso com todo o esmero e carinho. Não continuamos a nossa vida a dois, mas sabemos que estamos os dois cheios de amor, de respeito e de consideração por cada um.  

Vamos seguir o nosso caminhos sozinhos, porque somos as pessoas certas numa altura errada, mas a bolha de amor está aqui, não rebentou e é bom acabar sem tristezas e ressentimentos. A mágoa foi toda limpa. Estou sereno e ficamos bem um com o outro, a desejar o melhor na vida de cada um. Ele continuará o seu caminho com a terapeuta. Prometemos que não vamos deixar de viver, à espera de que ele resolva as suas questões, vamos procurar a nossa felicidade com a bênção de cada um.  Se isto que aconteceu entre nós tiver mesmo de efetivar, um dia mais tarde - certamente - iremos cruzar-nos de novo.

Foi uma história muito bonita e foi tudo verdade. O Beto nunca mais será o mesmo, como ele mesmo me disse, salvei-lhe a vida, salvei-o do destino que ele teria se nunca me tivesse conhecido.