Gostos não se discutem, mas este é para mim até agora o melhor álbum do ano. Ainda o vejo melhor que as ofertas de James Blake apenas porque a entrega emocional desta miúda é extraordinária. No seu primeiro álbum constam versões e apenas um original, mas deixa o seu cunho pessoal em cada uma delas. Entre a fragilidade e o punjente, os arranjos precisos dão nova vida a um conjunto de canções que revelam o seu bom gosto musical e que a distinguem de outras adolescentes que têm vindo a aparecer nos últimos anos com uma oferta muito mais radio friendly e menos interessante a meu ver.
A maturidade da voz é apoiada por uma competência instrumental forte, nomeadamente ao piano, cujos arranjos nos transportam entre o onírico e uma realidade nostálgica e outonal, mas sem nunca perder a cor e um certo calor proveniente da emoção expressa no canto. Ponho-me a escutar este CD e parece que não há mais nada. É como se alguém me pegasse ao colo e está tudo bem. Uma janela de evasão.
2 comentários:
Concordo plenamente...
É por estas e por outras que vale a pena vir cá com frequência!
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