Fui à página de Facebook do Passos Coelho escrever isto:

Caro Primeiro-Ministro de Portugal,

Gostava de lhe falar de profissões e de ser bom profissional. Há profissões de maior risco e de menor risco. Se um sapateiro for mau profissional, estraga um par de sapatos. O estrago não é perigoso. Se um cirurgião for mau profissional pode matar uma pessoa. Isto já nos faz entrar nas profissões de grande responsabilidade. Diria que ser Primeiro-Ministro é da maior responsabilida e se não se é um bom profissional, hipoteca-se a vida de milhões de pessoas. É com o maior respeito que lhe digo que não é um bom profissional e que deveria deixar o cargo para alguém que faça um pouco de ideia do trabalho de governar uma nação (mesmo que seja alguém no seio do seu partido). Não se preocupe que já ganhou o seu lugar na história de Portugal e com grande relevo (não como um grande estadista mas mais na categoria do terramoto de 1755, ou seja, na categoria das catástrofes). Antes de terminar esta missiva que lhe dirijo, queria apenas pedir-lhe que não faça quem tenha um pouco de vergonha (essa que o seu Governo perdeu há algum tempo) e não nos faça de tolos. Acho horrível que se atire areia para os olhos das pessoas quando a peneira não tapa o sol. Não sei como consegue dormir à noite, eu confesso que tenho alguma sempre que me lembro dos governantes que estão a dirigir o meu destino (esta sensação já não é nova, mas agora ainda pior). É como estar num carro com um alcoólico ao volante. Gostaria de acreditar que alguma coisa vai mudar, em tempos achei que o seu Governo ia ser uma lufada de ar fresco, achei que o novo Primeiro-Ministro era diferente e considerei isso positivo. Afinal o ar fresco era um vento ártico e a diferença mediu-se pela negativa. O actual estado das coisas em Portugal é o que acontece quando pessoas mal preparadas se metem em "bicos de pés". E pelo seu engano, estamos a pagar todos. Somos um dano colateral da mania de grandeza de um grupo que, até agora, se tem revelado muito abaixo da média. Lamento imenso por estar a escrever-llhe esta missiva, não por si, mas por nós Portugueses. Antes não estivesse a escrever nada e que não estivessemos na situação em que estamos.