sexta-feira, janeiro 31, 2025

Desejar mal ou não

Muitas vezes digo aqui que não desejo mal a ninguém e é verdade. Não desejo mesmo. Também digo que toda a gente tem direito à sua opinião, até mesmo com esta a ser controversa, como não gostar de gays, ou de chineses, ou de judeus ou de cantores de música pimba, etc.

Toda a gente tem direito à sua opinião, eu sou gay e aceito que não gostem de mim por isso. Não é um problema meu. Não aceito é ser atacado por isso, ou que a minha liberdade seja reduzida por isso.

Todos têm as suas opiniões e eu faço parte do todo e, logicamente, tenho as minhas. Já escrevi aqui bastante sobre o que me provoca o conflito em Gaza - emocionalmente - e a opinião que tenho de Benjamin Netanyahu e de quem apoia a política do Estado de Israel. Não tenha nada contra Israel, ou contra israelitas, a menos que eles apoiem a política deste Estado. Aí essas pessoas passam a ser indiferentes para mim, e para expressar a minha indiferença digo que "não me iria importar se essas pessoas morressem de doença penosa". Não quer isto dizer que eu quero que eles morram de doença, apenas quero dizer que numa situação extrema como essa eu não iria querer saber do que se passava com eles (o mesmo aplica-se a Putin, Khamenei, Kim Jong-un, Bolsonaro e outros líderes e simpatizantes de líderes que infligem o sofrimento a terceiros sem o menor arrependimento).

Pessoas que praticam a maldade de forma aberta e revelam a maldade de forma aberta (sem respeito pelos valores mais fundamentais da vida/dignidade humana), não me importo minimamente com o que lhes possa acontecer. Claro que é mais fácil, expressar o meu desprezo dizendo que não me importa que lhes aconteça algo mau, do que dizer que não me importa que lhes saia o Euromilhões. Na realidade, as duas coisas não me importam. Não me interessa nem a felicidade, nem o sofrimento das mesmas. 

Isto não se aplica a anónimos ou pessoas públicas que até podem ser más, mas que não exercitam de forma pública a sua maldade. Agora qualquer um que manifeste ter verdadeiramente má índole, até pode ser anónimo ou com insignificância pública (por exemplo um leitor de blogues que destila ódio nos seus comentários e intervenções apenas porque sim), nesse caso aplica-se a minha máxima de sempre: não quero saber da infelicidade ou felicidade dessa pessoa. E tenho esse direito, tenho apenas o dever de não atacar, oprimir ou suprimir o seu espaço.  



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