Há sempre uma música para cada situação. Há sempre um acorde, uma nota, uma melodia sussurrada. A música habita ao nosso redor nas suas maias variadas formas. Pensamos que é o nosso ouvido que determina tudo aquilo que ouvimos, mas não. O cérebro, esse sim é o grande maestro da sinfonia das nossas vidas. Sempre pensei que havia uma música para cada estado de espírito, mas pensei mais um pouco e concluí que existe um estado de espírito para cada música (ou tipo de música). São os estados de espírito que nos tornam sensíveis a determinado tipo de sons. Cada canção de amor, cada balada de abandono, cada hino de alegria são determinada pelas nossas emoções. Há dias em que não ouvimos quase nada. Aquela ou a outra música deixam de fazer sentido e apenas a pequena batida no fundo do carro, o barulho do vento nas folhas, as cascas de árvore a cair para o chão se tornam audíveis. Há sempre uma música um som. Há sempre uma emoção. Até a apatia tem acordes guardados para si.
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