Passei hoje a tarde no Museu Colecção Berardo e aconselho vivamente a quem puder, para que passe lá. A colecção é belissima e está muito bem organizada. Não sei se consigo explicar todo o entusiasmo que senti. Fazer a visita com o acompanhamento de uma guia foi uma excelente ideia. Ouvir falar de arte, não é o mesmo que ouvir falar do objecto, não é o mesmo que falar da ideia do objecto. Foi bom sentir a existência dessas pessoas que também conseguem perceber o que existe para lá de um quadro com riscas, que um quadro com 8 quadrados pode ser uma forte critica social, que um quadro preto pode na realidade não ser tão simples como aparenta. Vou lá voltar e apreciar cada secção, beber todas as ideias expressas, sorver essa ausência de regras da arte contemporânea. Não são apenas obras que lá estão. São homens, são mulheres, são ideias brilhantes, mentes sensíveis. É indiscritível respirar toda aquele criatividade. Houve gente que pensou e ousou. Essas pessoas enriqueceram a ideia de mundo que temos. Nada é o que aparenta. A arte é tudo isso, o que é, o que não, o que poderia ser e todos os matizes intermédios.
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