Não obstante o mérito da iniciativa, não deixei de sentir uma certa tristeza. Os espetáculos foram bons, mas tive um gosto na boca a «Festa do Avante» (a tal festa comunista à qual toda a gente vai porque é cool e não porque é comunista). O Live Earth deixou-me essa inquietação. Pensar que estamos todos unidos porque é cool, mas amnhã, depois de amanhã, ninguém se lembra de ser um bocadinho mais verde. É como o natal. Somos todos caridosos, compreensivos e bondosos, e depois pára até que chegue o próximo Natal.
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Tenho a ideia de que já não conseguimos viver sem as mais detalhadas comodidades. Tenho amigos que fazem reciclagem e depois têm carros a gasóleo porque é mais económico, mesmo sabendo que o gasóleo é mais poluente que a gasolina. Dá muito trabalho cuidar do planeta, e não sei se com o estilo de vida que levamos no mundo ocidental seremos capazes de prestar esse cuidado. A terra está doente, para já é uma "gripe" que teima em não passar, para quando a "pneumonia"? Como será a Terra dos nossos filhos e dos nossos netos?
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