Nada. Não sai nada desta casca de betão.
Estou armado! Tenho canhões nos dentes,
e uma faca apontada ao coração.
Tenho alarmes em frequência elevada.
Tão alta que nem os cães conseguem ouvir.
Estou armado. Tenho uma crosta autista e
e uma fornalha acesa. Queima.
Nada. Não sai nada. Deixo-me estar quieto.
Enloqueço lentamente e sonho.
Sonho com o muito que me impeço.
São anos de solitária claustrofóbica.
O meu mundo imaginado. Não existo.
Existo? Não quero sair. Não há nada.
Serei arrancado à força? Há vidros,
Granadas. Não será fácil.
Não consigo tocar em nada.
E se sair estarei acordado? Onde estou?
Onde quero ir? Deixo-me estar.
Falsamente seguro deixo-me estar.
Alguém tem uma mão assim tão grande?
by Silvestre
Sem comentários:
Enviar um comentário