Era uma vez a Estela. A Estela conheceu a Mara. Um amor que veio de dentro para fora. Quando o que cada pessoa quer ouvir encaixa com que outra pessoa tem para dizer, dá-se uma explosão. Iniciou-se uma paixão mais veloz que o vento, mais rápida que um raio. Choques meteóricos e relâmpagos incandescentes cruzaram os céus no dia em que trocaram o primeiro beijo. Um dia, talvez erradamente, ambas acharam que não mais faziam a outra sentir estrelas. E foi assim que deixaram as estrelas cair do seu céu. Um céu sem estrelas. A Estela e a Mara ficaram sem luz no céu conjunto que partilhavam. Mas se elas pensarem bem, não têm razão para ficar tristes. Às vezes há fenómenos a que se chamam efemérides. São coisas muito especiais, que têm poucas probabilidades de acontecer, mas que acontecem numa dada altura por um motivo muito forte.
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A meu ver, a Estela e a Mara são como duas estrelas. A estrela do norte e a estrela do sul. Por alguma razão cósmica elas encontraram-se para desempenhar uma função muito importante na vida da outra, mesmo não sendo para sempre. E apesar de ambas não terem conseguido viver no pólo oposto do qual faziam sentido, tenho a certeza de que as duas, cada uma em seu pólo, vão poder e querer continuar a brilhar para a outra. A vida de cada uma mudou por influência da outra. Isso nunca poderá ser apagado.
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