segunda-feira, março 15, 2010

Alice no País das Maravilhas


Lá tive o meu momento de Ray Charles hoje (ontem) quando resolvi ir ver a Alice do Tim Burton em 3D. Tirando o ar cómico dos óculos a experiência em 3D é terrível. Fiquei cheio de dores de cabeça. Felizmente consegui estar atento ao filme. O filme não é a maior obra do Tim Burton, mas está muito bem. Gostei do efeito catarse da existência adulta. Gostei da referência à "muiticidade" (muchness no original) que nós temos em crianças e que vamos perdendo à medida que vamos crescendo e vivendo vidas adultas. Esta Alice é sobre uma Alice que todos procuram e sobre uma Alice que, sem estar à procura de si, se encontra. Penso que isto é verídico para quase todos nós. Perdemo-nos sem perceber que o fazemos. Alguns, um dia, por acaso, encontram-se. Recuperam essa ausência de temeridade infantil e a sua "muiticidade".


16/20

1 comentário:

Hugo disse...

Não vi o filme mas adorei o teu comentário.
Tão simples e ao mesmo tempo tão profundo.

Sendo assim irei também armar-me em Ray Charles.

Um abraço deste visitante
Hugo