Um filme muito bonito, claramente candidato às nomeações para os óscares, sobre o que era realidade da segregação no Estados do Sul dos EUA nos início dos anos 60. Utilizando a perspectivas das criadas negras de servir que trabalhavam em casa do brancos de classe média alta e alta, coloca-se em relevo o esqueleto do que era o segracionismo da época, mas também o que eram as relações familiares, o papel da mulher e a vincada hierarquia social, mesmo entre brancos. Do início ao fim sentimos a ternura do que representavam estas mulheres negras para as crianças que criavam, as contradições dos brancos que eram obrigados a viver na estrutura, mas que de alguma forma a questionavam, o sofrimento dos negros esmagados nessa proópria estrutura. Talvez tivesse mudado algumas coisas, apesar de gostar muito da actriz protagonista (Emma Stone) sinto que poderia ter ido mais longe. Tudo o resto tem o seu quê de estupendo. Viola Davis é estupenda como sempre e depois, há todo um mundo de fantásticos papéis secundários. Para ver e rever já sem a tensão da primeira visualização (onde somos obrigados a lidar com a cruel face do racismo quando já quase a esquecemos).
17/20
2 comentários:
Também adorei. E concordo contigo quanto ao facto de ser candidato a óscares.
Também adorei! E espero mesmo que seja candidato
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