Finalmente lá consegui ver o filme. Levava expectativas demasiado altas e o efeito que me produziu acabou por não ser o que eu tinha imaginado. Ora bem, quando caiu a ficha técnica comecei a pensar que eu eventualmente não percebi a razão que fez com que o filme ganhasse em Cannes e no Festival de Cinema Independente de Sevilla. O que é que me escapou? Acho que deve ter uma quantidade de elementos metafóricos: a colocação dos personagens como se fosse um palco de teatro, num local sempre fixo e repetitivo em plano, a filosofia do desejo sexual, a transposição das histórias de predadores aquático para o predador no local de cruising. Deve ser por aí. O problema de não ter feito um grande "clic" comigo é que não consigo compreender (se calhar aceitar) a perspectiva do personagem principal. Não consigo ultrapassar a despreocupação dele em função do desejo - sexo sem preservativo, sexo com um assassino que ele apanha em flagrante. Não consigo perceber o facto de não existirem telemóveis, não consigo perceber o facto de um inspector da polícia investigar um crime de forma tão "informal". Compreendo que o filme seja acerca do desejo/ardor sexual e dos mecanismos do mesmo, mas tive dificuldade em relacionar-me com isto na primeira pessoa. Não emergi no filme. Dito isto, acho bastante corajosa a utilização do corpo e das cenas sexuais explícitas - não soam gratuitas dentro do que é a "moral" do argumento.
13/20
3 comentários:
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Onde o viste ?
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Vi no Nimas, fica até dia 18
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Obrigado, parece-me que vai ficar fora de mão. Sou das Caldas da Rainha. Vou esperar pela edição em DVD.
Abraço
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