Excertos das Novas Cartas Portuguesas
Segunda carta III
Se fossemos nós
existindo definidas – ou definindo os nossos limites? (…)
bem sabemos, entretanto, que nosso limite é só o tempo,
e que estamos sempre longe de nos definir até à nossa morte.
Absurda é essa ideia de se fazer das pessoas conjuntos fracionáveis,
e se nos dizem todos que absurda é a morte,
Como se compraz alguém de nos fixar num presente sem fim,
bem sabemos, entretanto, que nosso limite é só o tempo,
e que estamos sempre longe de nos definir até à nossa morte.
Absurda é essa ideia de se fazer das pessoas conjuntos fracionáveis,
e se nos dizem todos que absurda é a morte,
Como se compraz alguém de nos fixar num presente sem fim,
num último retrato? (…)
Os homens sempre se teceram e sonharam no que é forma extrovertida,
Os homens sempre se teceram e sonharam no que é forma extrovertida,
no que se erige (..)
Por isso dos poços e das profundezas nada sabem, nada nos sabem (..)
Também ainda não sabemos o que inventar,
de como abandonar essa definição pelos limites (…)
Cada uma sabe a medida do seu uso e da sua defesa, e aí nos entendemos.
Por isso dos poços e das profundezas nada sabem, nada nos sabem (..)
Também ainda não sabemos o que inventar,
de como abandonar essa definição pelos limites (…)
Cada uma sabe a medida do seu uso e da sua defesa, e aí nos entendemos.
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