Ontem na sessão de terapia tive uma conversa com o meu "eu" de 6 anos. Não pensei que fosse ser tão intenso. A fotografia usada para me ancorar no passado foi tirada no verão antes de entrar para a escola. Tenho um sorriso enorme, um penteado muito feio que a minha mãe me fazia (próprio da altura) e tenho um olhar cheio de esperança e curiosidade. Lembro-me perfeitamente daquela t-shirt vermelha. É estranho que já não me lembrava de mim com aquela expressão. Realmente, com a expressão mais delicada, sem barba, ainda sem o efeito da testosterona, sou igual à minha mãe.
Uma fotografia antiga traz muitas recordações, ainda mais quando o objetivo do exercício é mandar-nos de volta ao passado. De repente estava ali também, naquele momento daquele verão, mas com a diferença de que sei tudo o que se passou nos 43 anos a seguir e ele não sabe nada do que ainda está para vir.
Esta terapia tem sido uma viagem e peras e que bom que estou nesta viagem.
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