Estive 9 dias inteiros com a minha família na casa de campo. Foi um desafio daqueles. A família é o melhor que temos, mas juntam-se na mesma casa os donos de 3 casas diferentes com forma distintas de fazer e gerir. Não obstante, a dificuldade do ajuste -porque eu sou o mais "picuinhas" com as coisas arrumadas e preservadas, tenho de admitir - correu bem e tivemos momentos muito felizes.
A minha sobrinha é uma luz e é bom saber que um ser humano daquela categoria saiu desta família. Não sei se fomos nós que fizemos alguma coisa de bom na educação dela (juntamente coma mãe) ou se ela é mesmo um ser especial que espontaneamente vai crescendo como cresce, empática, justa, humana.
O meu irmão, não tenho palavras para o descrever. É alguém que se não fosse meu irmão jamais nos cruzaríamos. Mas isso só mostra que devemos dar oportunidades às pessoas que parecem não ser da nossa tribo. No caso do meu irmão (que parou nos 17 anos mentais), por trás daquele ar de pintas, há um homem com quem podemos sempre contar apesar de rabujar um bocadinho.
A minha mãe devido à doença nos olhos, está talvez no ponto mais inseguro em que já a vi, também revoltada, cansada dos sofrimentos sucessivos. Mas estamos cá nós para ela, porque ela nunca deixou de estar para nós.
A última consideração é que tenho saudades de quando éramos 6 à mesa e não 4. Gostava muito de ver a nossa família crescer de novo, de que houvesse mais amor e mais alegrias com as pessoas que eu e o meu irmão trouxermos. Quem sabe desta vez a família atinge a sua forma final.
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