Respondi a um twitter do Presidente Biden a chamar-lhe hipócrita a ele aos líderes do países politicamente/economicamente poderosos. Quem têm poder para acabar com esta sangria que se passa na Palestina, e não se importam um pêssego com isso.
Um amigo meu disse-me, hoje, que não quer saber deste conflito porque não é conosco, eles que se matem lá porque nós estamos na Europa. Isto deixou-me bastante chocado. Porque se um dia formos nós a estar sob ataque e sem defesas, quem pode ajudar também pode dizer "é lá com eles, eles que se entendam ou se matem".
A falta de empatia por seres humanos deixa-me azedo. Um conhecido disse-me "os árabes nem têm os mesmos costumes que nós, são culturalmente diferentes, os israelitas é que são como nós". A verdade é que eu nem gosto de visitar países árabes por não concordar com muitos aspetos da cultura, mas porra, são pessoas. Antes destas merdas da religião, somos todos pessoas. E os governos de Israel se não espalham o terror há décadas (com a honrosa exceção de Yitzhak Rabin e Shimon Peres), não sei então que fazem.
Se Espanha invadisse Portugal, o mundo árabe estaria a cagar-se para nós, mas trata-se de uma questão moral e se os outros são imorais eu tenho de ser imoral só porque sim? Não temos cinco anos de idade e não vamos andar no "eu vou fazer-te a ti o que fazes a mim".
Na realidade eu devia estar descansado a curtir a minha vida pacata num país pacato, mas há gente a sofrer desnecessariamente em África, no médio Oriente, na Ásia e quando sei disso toca-me, quando é um atropelo enorme aos direitos fundamentais (e quando percebo que algo poderia sem feito a esse respeito) toca-me ainda mais.
O que eu estou a precisar é de ir para os copos. Agora já devem andar os serviços secretos que vasculham a internet a ver tudo o que eu disse e fiz nos últimos 20 anos. Mas tinha de dizer o que estava a sentir. Às vezes tenho destas coisas. Agora já está.
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