Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
by Carlos Drummond de Andrade
4 comentários:
Penso que a ausência prende-se com a maturidade de cada um, mas isto sou eu a dizer coisas
Abraço
Tens toda a razão. Achei tão bonito o poema.
Tão bonito :)
Sr. Silvestre,
Poema bonito.
Deveras bonito.
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