terça-feira, junho 30, 2015

Madonna mais uma vez... O preconceito é lixado.

O que me leva a escrever este post é a reacção despropositada ao último vídeo de Madonna. Bitch, I'm Madonna, tem um argumento muito simples e fiel à letra da música. Fala sobre diversão até ao limite e tem sido visto como "mais um acto desesperado da cantora para parecer aquilo que não é". Esta frase foi dita e escrita por um amigo meu de 32 anos e chocou-me.

"Parecer o que não é". Fiquei a pensar nesta afirmação para ver se havia ali alguma veracidade. Ora bem, como sigo a carreira da Madonna desde 1984, o que vejo naquele vídeo é o que ela sempre foi. Na realidade só poderia ser acusada de ser constante na sua conduta. Nunca foi uma rapariga de classe, sempre utilizou imagens altamente sexualizadas, sempre foi politizada contra os padrões do moral e socialmente correcto, sempre gostou de se divertir de forma enfática exacerbando os símbolos de diversão e dominação. Tudo o que está no vídeo é a Madonna de sempre, ou seja o que sempre foi, até fisicamente: continua loira, com um corpo musculado, usa roupa justa, evidencia o peito, mostra as pernas, etc.

A única coisa que ela não era há 15, 25 ou 30 anos atrás, era uma mulher de 57 anos de idade. O problema está colocado ao contrário. Ela é o que sempre foi e recusa-se a ser aquilo que a moral social exige de mulheres da sua idade (ou seja, o que ela não é). A imagem social/pública de uma mulher a beirar os 60 anos não é aquela que tem. Contudo a dissonância cognitiva não reside nela, reside nos olhos que a observam e no conceito de dignidade etária que está logicamente desadequado e altamente informado pela moral cristã. A divergência tem de ser resolvida por nós revendo o conceito de idade e as imagens associadas ao mesmo.

Mais uma vez, Madonna continua a ser o que sempre foi: uma pioneira. E a esta altura do campeonato está sozinha, porque outras mulheres do seu tempo e do mesmo calibre se afastam da vida pública para evitar o mesmo tipo de tratamento (Sharon Stone, por exemplo). A luta é cada vez mais dura, mas como sempre a abrir portas para quem ainda não chegou onde ela está (neste caso um escalão de idade) e a desafiar os pressupostos normativos estabelecidos.

Não nos esqueçamos que no início dos anos 80 quando o mundo era ainda mais assustadoramente conservador do que é hoje, quando a Lady Diana apertava a mão de pessoas com SIDA, Madonna beijava-as publicamente na cara (ou na boca se fossem amigos); quando ainda era mal visto ser amigo de um gay,  Madonna não só se mostrava em público com eles, como os empregava e falava publicamente do amor livre entre pessoas; quando o racismo ainda era um tema quente nos EUA,  Madonna falava publicamente da igualdade (e em alguns casos superioridade) das raças negra ou hispânica e desafiava convenções apresentando um santo negro no vídeo Like a Prayer; quando as mulheres estavam socialmente proibidas de ser donas da sua sexualidade, Madonna trabalhava no sentido inverso esfregando a sua sexualidade/sensualidade nos olhos da América de Reagan e das feministas que mimetizavam os estereótipos masculinos como forma de poder individual. 

O certo é que tem aguentado 33 anos de críticas, agora ainda mais intensas porque na sociedade ocidental as mulheres de "certa idade" devem ser respeitáveis, mas ser respeitável moralmente é uma coisa a que nunca aspirou (e duvido que algum dia aspire). Deveria estar presente nas gerações jovens a consciência de que a liberdade de expressão de modos e costumes (sexuais e sociais) que têm como certa deve muito à "velha" que hoje tem 57 anos e que, segundo alguns devia sossegar, mas não deixa de "desbravar mato" no que respeita as barreiras sociais/morais que inibem a liberdade individual e os direitos fundamentais das pessoas em geral e das mulheres em particular. 

Duvido que, por vezes, não doa. Lamento que mulheres e jovens se juntem ao coro dos críticos. Como é que ela aguenta tanta porrada não sei, deve ser feita de titânio. Se calhar só há uma explicação... Bitch,.. She's Madonna! 



Espero ser abençoado com  o mesmo espírito inconformista e energia à medida que for envelhecendo. 

Gajos pouco claros - Gajo 3

O gajo 3 conheci-o via Instagram porque comentei uma foto cómica do Gandalf vestido de cor-de rosa. Mandou-me uma mensagem privada, disse que me achava simpático e trocámos algumas mensagens por ali e posteriormente whatsapp porque vivíamos perto e combinamos um café porque ele gostava de conhecer pessoas novas e tínhamos até conhecidos em comum. Incomodou-me o facto de ele se dirigir a mim com a palavra "giraço" em vez do meu nome. Mesmo assim tomámos café juntos um dia, e adicionou-me no Facebook. O café, que durou uns 45 minutos, foi agradável embora a palavra "giraço" fosse usada em demasia. 

No dia a seguir convidou-me para outro café, ao que eu respondi que não podia. Depois de uns 3 convites frustrados disse-me «olha, preciso de saber uma coisa. Não pareces estar muito interessado em mim, é porque sou demasiado novo?» Eu respondi-lhe que não tinha a ver com isso, mas que tinha ido tomar café numa de amizade e sem outras intenções, além do mais tinha uma pessoa em quem estava interessado. Perguntei se isso significava que a nosso processo de conhecimento ficava sem efeito, uma vez que o meu interesse era amizade e nada mais. Disse-me que não que só queria mesmo clarificar as coisas, que adorava conhecer pessoas novas que conduzem sempre a novas experiências.

Fomos falando por FB e whatsapp e sempre numa boa, até que ele me perguntou se já tinha estado com o rapaz em quem eu tinha interesse. Eu disse que não, mas que as coisas importantes levam tempo é por aceitarmos a espera que sabemos que são importantes. Depois disse que com ele teria sido mais rápido. Eu respondi que até poderia ser, mas que não estava interessado em quecas nesta fase da minha vida e apesar de ele ser atraente não seria mais do que isso para mim se tivéssemos algo.

Ele disse-me que não era um fácil e que não iria para a cama comigo sem ser meu namorado. Eu respondi que achava bem que ele pensasse assim. Ele continuou dizendo que tinha tudo para dar a um namorado e que não o deixaria sossegado. Mandou-me uma foto dele nu de costas na cama para mostrar o que tinha para dar e que adorava engolir o «néctar da vida» (palavras dele). Comentei que achava bem que ele fosse dedicado a um namorado e não me alonguei mais.

Os dias foram passando e percebi que o rapaz por quem eu desenvolvi interesse não era o que eu estava à espera. Entretanto tive o meu problema de coluna e apareceu o meu actual namorado sem que eu dissesse ao outro que tinha aparecido uma pessoa nova. Quando publiquei no facebook uma foto nossa, ele mandou-me uma mensagem. «É o teu namorado contigo na fotografia? Finalmente concretizou-se» Eu respondi que sim com um smiley. A boa onda parecia continuar instalada quando ele disse «fico muito contente, espero que sejam muito felizes». Depois disto apagou-me do Facebook e deixou de me seguir no Instagram. Nunca mais falamos e creio que se acabaram os gajos pouco claros. Pelo menos para o meu lado.

A Cor do Hibisco

O primeiro romance de Chimamanda Ngozi Adichie é uma interessante viagem pelo espaço da adolescência que divide a meninice dos sentimentos adultos, protagonizada por uma rapariga controlada por um pai católico repressivo e tirano. Este mundo controlado e limitado vai expandir-se com a convivência com uma tia e primos quase desconhecidos. Não é tao vibrante como o «Americanah», mas nota-se bem o toque quente e luminoso da escrita da autora no primeiro esforço literário.

O estranho caso do cão morto.

Este livro conta a história de um rapaz autista narrada pelo mesmo. Christopher Boone é um rapaz de 15 anos que detesta amarelo e castanho, não gosta que lhe toquem e tem uma mente matemática e uma memória fotográfica poderosíssimas. O autor do livro trabalhou com autistas durante anos e oferece uma história de raro humor, narrada de uma perspectiva a que nunca temos acesso. A escrita respeita a condição do narrador: é seca, simples e objectiva. Tudo o que é subjectivo não tem lugar neste livro onde o assassinato do cão da vizinha vai despoletar uma viragem inimaginável para o narrador. Prende até ao fim. 

terça-feira, junho 23, 2015

Volta ao ginásio

Uma pessoa tem de  aprender a viver com as suas limitações. Voltei na semana passada ao ginásio. Só para coisas aeróbicas simples. Hoje fiz o exame das massas e a muscular esta intacta, apesar de uma cobertura de gordura em algumas partes que antes não existia. Tudo volta ao normal e lá para o fim de Agosto já poderei ser de novo a mesma pessoa. As dores, essas é que ainda vão andar cá por bastante tempo. Mas um tipo habitua-se. Tem de ser. 

Divertida-Mente

Apesar do filme ter um nome verdadeiramente desastroso. A Pixar voltou a apresentar um filme baseado numa ideia bastante interessante, antropomorfizar 5 emoções fundamentais. E fazer-nos perceber que não existem emoções negativas per se. Tudo tem uma função. Não dei gargalhadas, mas saí do cinema com um ar satisfeito e com um pensamento que nunca me tinha ocorrido, mas que não digo para não estragar o final do filme.

15/20

Novo vício

A aplicação Quizz Pic. Adivinhar palavras através de uma imagem.

sexta-feira, junho 19, 2015

Novo passatempo do gato

Cuidadosamente atirar os ímanes que estão colados ao frigorífico para o chão. Um a um. Ele é um tecnicista.

terça-feira, junho 16, 2015

A lutar pela normalidade

Comecei segunda feira a fazer fisioterapia. Também comecei a ir ao ginásio para fazer passadeira, elíptica e bicicleta estática. Comecei a fazer dieta também. Deixei de usar a comida como consolo. Aos poucos vou voltando.... It's Silvestre bitch!  

A baleia assassina afinal é fofinha

A Orca, conhecida por baleia assassina (apesar de ser mais próxima dos golfinhos) é um animal extremamente social (entre os seus, claro está) que gosta de estar em grupo e cuida dos elementos do grupo que não podem caçar, como por exemplo animais deficientes. E dividem a caça, seja um leão marinho ou uma cavala, para que todos comam. No documentário que vi, uma orca raquítica com dificuldades em nadar (ficou assim depois de abalroada por um barco quando era orquinha) é alimentada pelas restantes orcas do grupo e já chegou aos 17 anos. Os investigadores destes cetáceos entretanto descobriram que o cérebro das orcas descodifica emoções. É fofinho, não é? 

Mundo Jurássico

Fui ver este filme com elevadas expectativas porque a tecnologia de hoje permite coisas que em 2001 só se podia sonhar com elas (mais ainda em 1993 quando a série teve início). Por engano fui a uma sessão 3D e posso dizer que achei os dinossauros tão assustadores como o Galo de Barcelos e a renda de Bilros, talvez porque o argumento é uma caca e faz sentir que estamos mergulhados numa estupidez brutal. O melhor do filme é o Chris Pratt (cuja visão abençoada me deixa sempre com um sorriso de contentamento) e não devia. Tudo feito a pacote. A história das criancinhas, a viragem na personagem da tia das criancinhas, o tipo mau, o engraçado, etc. Chatoooooooooooooooooo...

10/20

Ritmo Perfeito 2

Fui ver porque vi o primeiro, sem expectativas porque as sequelas são sempre para "encher chouriços". É bem superior ao primeiro. Tem alguns elementos de nonsense verdadeiramente deliciosos e algumas piadas tão inteligentes que fazem subir a fasquia do típico filme de adolescentes. O melhor de tudo foi ter o meu namorado a dar gargalhadas que enchiam a sala de cinema, ele que normalmente a ver comédias diz que "ri para dentro".  

16/20

terça-feira, junho 02, 2015

Coisas que se vendem no Porto...


Vendem-se proprietários :)

Serralves

Como sempre Serralves não desapontou, mas os seguranças deviam estar mais bem preparados para conter as rixas que se vão formando. Vi miúdos à bulha com narizes partidos, a levar pontapés na cabeça e o segurança sem saber  que fazer. Eu nem me aproximei ou ainda ficava paraplégico de vez.